Menos poluição, mais vida

Que o ar sujo mata, os paulistas já sabem. Pesquisas do professor Paulo Saldiva, da USP, mostram que morrem em média 3.500 pessoas por ano na cidade, por causa da má qualidade do ar. Agora, uma equipe da Bringham Young University, em Provo (Utah), estabeleceu uma relação ainda mais fina entre poluição do ar e mortalidade. Estudando as 51 maiores regiões metropolitanas do Estados Unidos, em dois momentos de alta poluição, 1979-1983, e de poluição em queda, 1999-2000. Descobriram que uma pequena redução, de apenas 10 microgramas por metro cúbico na concentração de material particulado fino aumenta a expectativa de vida em sete meses e meio. Trocando um miúdos: a política de melhoria da qualidade do ar metropolitano nos Estados Unidos aumentou em 15% a expectativa de vida da população. O estudo está publicado no New England Journal of Medicine. Confira aqui (em inglês).

Por Salada Verde
29 de janeiro de 2009

Satélites que enganam?

O ambientalista e colunista d'O Eco, Germano Woehl Jr, deixou um comentário na reportagem “O verde que envolve Santa Catarina”, publicada nesta terça (27). Em seu texto, utiliza um trecho escrito por Fernando Fernandez (biólogo, também colunista deste site) para argumentar que as imagens de satélite podem ser usadas como instrumentos de governos que desejam provar a eficácia de suas políticas de conservação. Muitas vezes, no entanto, elas não refletem a realidade. É o caso, por exemplo, da imagem acima. Por ela, parece que o morro onde se situa a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário Rã-Bugio, de propriedade da Ong presidida por Woehl, é repleto de Mata Atlântica primária. Mas, na verdade, “há vários talhões de reflorestamentos de pinus, eucalipto e plantações de banana” no entorno, diz Woehl.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Escolha de Sofia

Uma decisão do governo de Chade está deixando os habitantes do pequeno país africano desesperados: o uso de carvão vegetal foi banido por conta do abuso no desmatamento. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ali Souleiman Dabye, a decisão foi tomada porque mais de 60% da cobertura vegetal da nação foram derrubados para a obtenção da matéria-prima. Agora, a população reclama que não consegue mais achar o produto para fazer seus alimentos. “Eu estou usando ítens selvagens que eu planto, como frutos de palmáceas. Mas eles nos deixam doentes, não queimam corretamente e deixam um cheiro repugnante , além de fumaça”, disse Nangali Helene, moradora da capital N'Djamena, para a BBC.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Novos habitantes chegam a santuário

O santuário do projeto de Proteção aos Grandes Primatas (GAP) recebeu quatro novos moradores neste mês de janeiro. Depois de se “aposentarem” das atividades no circo Mágico Moscou, o leão Zeus, a tigresa Chitara, a ursa Fofa e o babuíno Babu finalmente foram enviados para os recintos construídos de acordo com as necessidades de cada um. Todos são maiores do que o exigido pela legislação ambiental brasileira e contam com características da vida selvagem, como tocas e piscinas.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Catastrofismo e o oceano de possibilidades

Nos últimos dias, têm pipocado novos estudos sobre clima e meio ambiente. Primeiro foi o jornal Proceedings of the National Academy of Sciences a dizer que o aquecimento global é “irreversível”. Depois veio o governo alemão informar que autorizou um experimento de fertilização dos oceanos para produção de algas consumidoras de CO2. Por último, a consultoria McKinsey & Company soltou estudo que garante que o mundo precisa destinar 1% de todo seu PIB para conter os efeitos do aquecimento nas próximas décadas – o que pode ultrapassar 1 trilhão de dólares, em 2030. Como o cidadão comum deve se comportar diante do cenário? Devemos apostar os recursos em sistemas de segurança em caso de catástrofes ou investir em experimentos para frear o aquecimento? O Blog Ethicaliving, do jornal britânico The Guardian, sugere que aprendamos com tais pesquisas e atuemos, mesmo que em escala micro, olhando para debaixo de nossos próprios sofás.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Temperatura em alta na Antártica

Observatório da Terra, da Nasa, exibe imagem com temperaturas em alta no continente gelado. Península onde Brasil desenvolve pesquisas é um dos focos de calor.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Áreas verdes conectadas

A Prefeitura de São Paulo estuda a implementação de uma medida que pode atrair muita gente aos parques paulistanos. Até junho, pretende instalar serviço de internet sem fio (Wi-Fi) em três áreas verdes: os parques Ibirapuera, na zona sul; Chico Mendes e Raul Seixas, na zona leste.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Prioridade de investimento

Apesar de ser interessante, a medida pode gerar controvérsia. Isso porque o Parque Chico Mendes foi considerado um dos piores da cidade em estudo feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), como mostrou O Eco. Os motivos para tal título está na precariedade da estrutura oferecida ao público. Má conservação de equipamentos esportivos, falta de bebedouros funcionando e banheiros em péssimas condições não são atrativos para ninguém. Quem vai querer usar internet, e de quebra desfrutar da natureza, em situações como esta?

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Crise afeta meio ambiente

Se por um lado a crise financeira internacional trouxe ganhos ao meio ambiente, com a queda na atividade econômica e a consequente diminuição de emissões, por outro ela pode ser muito negativa. Reportagem do jornal alemão Der Spiegel, traduzida pelo Estadão, mostra que muitas empresas começaram a vender seus créditos de carbono adquiridos com a emissão reduzida para fazer caixa e enfrentar os tempos de crédito escasso. O resultado é uma sobreoferta de certificados, o que fez com que o preço da tonelada de carbono caísse de 38,94 dólares para cerca de 15,6 dólares. Com isso, muitas empresas estão substituindo suas energias limpas e custosas por energia suja e barata; enquanto outras se sentem desestimuladas a investir em tecnologias de controle de poluição, já que está mais barato poluir.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009

Remos em descanso

Os gaúchos Hiram Reis e Silva (58) e Romeu Henrique Chala (48) encerraram nessa segunda (26), em Manaus (AM), sua jornada de 1.600 quilômetros descendo as águas do Rio Solimões. Eles partiram em 1º de dezembro de Tabatinga (AM), na fronteira com Peru e Colômbia.Relatos da aventura e imagens da chegada quase solitária podem ser conferidas aqui.

Por Salada Verde
28 de janeiro de 2009