Áreas de proteção desprotegidas
E por falar em litoral paulista, termina em uma semana o prazo de convocação da Fundação Florestal para que membros da sociedade civil se habilitem ao processo de formação dos Conselhos Gestores das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Marinhas, criadas em outubro passado. Tal processo, que deveria ser democrático e imparcial, pode ter resultados negativos ao meio ambiente, segundo o oceanógrafo Fabrício Gandini, diretor do Instituto Maramar, de Santos. Isso porque ele já começou torto. No litoral-centro, por exemplo, foram realizadas apenas duas reuniões prévias à abertura do edital, número insuficiente para o esclarecimento das populações que dependem dos recursos do mar para sobreviver e deveriam estar representadas no conselho, como comunidades pesqueiras. Um conselho despreocupado com a conservação já tem se delineado, segundo o oceanógrafo. →