Fogo no Amolar, de novo

A Serra do Amolar, no Pantanal, voltou a queimar. Segundo as primeiras informações, um raio teria caído na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Penha, administrada pela Ecotrópica, no último domingo. A região ainda está bastante seca e sofre as consequências do incêndio que arrasou com 25 mil hectares entre 12 de setembro e 2 de outubro deste ano.

Por Salada Verde
29 de outubro de 2008

Placar do fogo

Falando em fogo, nem a aproximação de novembro está representando grandes alívios para outras áreas protegidas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso ainda lidera o ranking das queimadas, com 1.096 focos, seguido pelo Pará e Minas Gerais. O país registra ao todo 4.358 focos de calor.

Por Salada Verde
29 de outubro de 2008

Alegação recusada

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou os argumentos da Votorantim para que seja interrompido o processo penal que a empresa responde por poluir o ar com óxido de zinco e a água com gases danosos, entre 1986 e 2004 em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. Os advogados alegam que o processo não é cabível nos termos atuais porque o delito começou antes da vigência da lei de crimes ambientais, instituida em 1998.

Por Salada Verde
29 de outubro de 2008

Bioma brasileirinho

A Caatinga é exclusivamente brasileira, não é registrada em nenhum país vizinho ou fora do Continente. Apesar disso, de ser lar de 28 milhões de pesssoas e de cobrir cerca de 850 mil quilômetros quadrados do Brasil (11% do território), o bioma é o menos estudado entre seus pares. No entanto, as pesquisas já feitas apontam mais de 900 tipos de plantas, quase 150 mamíferos e mais de 500 aves. Que fartura! Pois, hoje Ministério do Meio Ambiente e a ong The Nature Conservancy lançaram um mapa com as áreas protegidas e terras indígenas que hoje cobrem apenas 7% da região e apertaram as mãos prometendo mais estudos voltado à implementação de novas unidades de conservação. Segundo o ministro Carlos Minc, uma lista de prioridades para o bioma será enviada à Presidência da República. Quem quiser conferir o mapa de áreas protegidas e terras indígenas na Caatinga, basta clicar aqui (~4,7Mb/PDF).

Por Salada Verde
29 de outubro de 2008

Cavernas quase no ponto

O presidente do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Rômulo Mello,  disse hoje que a minuta do novo decreto que regulará a proteção e uso das cerca de cem mil cavernas brasileiras etá praticamente fechada entre ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia e Casa Civil. O debate governista se concentra na proteção às cavidades de relevância média, já que espeleólogos, biólogos e outros pesquisadores apontam o texto como ameaçador a oito entre dez lapas nacionais. A legislação anterior, de 1990, na teoria, bloqueava o acesso a toda e qualquer cavernas; na prática, essas formações era livremente destruídas país afora, pela agricultura, empreendimentos energéticos e mineração. "Havia movimento para simplesmente suspender a lei anterior. Se a nova minuta sair do jeito que foi acertada, será melhor do que antes. Pois o uso das cavernas estará vinculado ao licenciamento, com participação de todos os órgãos ambientais", disse Mello.

Por Salada Verde
29 de outubro de 2008

Indisponibilidade hídrica

Uma das novidades do relatório deste ano foi abordar também os impactos dos hábitos humanos na disponibilidade hídrica global. Cerca de 50 países já enfrentam dificuldades na obtenção de água potável em níveis moderados ou graves, e o número de pessoas que sofrem com escassez sazonal deste bem deve aumentar como consequencia das mudanças climáticas. Além disso, o crescimento da população mundial e o aumento do consumo fizeram dobrar a exploração humana sobre os recursos naturais nos últimos 45 anos. Por tudo que demonstra o relatório, a ONG conclui que nem o objetivo mais modesto da Convenção de Diversidade Biológica – o de reduzir até 2010 o ritmo da perda de biodiversidade – será cumprido.

Por Salada Verde
28 de outubro de 2008

Relatório-catástrofe

A WWF acaba de lançar seu relatório anual Planeta Vivo, com informações atualizadas sobre a saúde da natureza global. Através de índices temáticos criados para monitorar o estado da biodiversidade, a ONG mostra, por exemplo, que nos últimos 35 anos a biodiversidade no mundo reduziu a um terço. A degradação provocada pelos homens atualmente extrapola em 30% a capacidade da Terra em se regenerar. Ainda segundo a WWF, se o consumo humano sobre os recuros do planeta continuarem no mesmo ritmo, por volta do ano de 2030 nós precisaremos do equivalente a duas Terras para manter nosso estilo de vida.

Por Salada Verde
28 de outubro de 2008

Abordagem temática

Desde meados dos anos 70, o índice de espécies terrestres revela diminuição de 33% nas populações de vertebrados até 2005. Boa parte dessa redução ocorreu nas zonas tropicais. No mesmo período, o índice de espécies marinhas mostra que o declínio foi de 14% em virtude da pesca predatória, poluição e aumento da temperatura dos oceanos. Outro estudo diz que 40% dos mares do mundo estão criticamente impactados por atividades humanas. Nos rios e corpos de água doce a queda de espécies foi de 35%, sendo que se estima para as áreas úmidas que esse percentual chegue a 50%. O relatório ainda apresenta índices separados por ambientes geográficos e grupos de animais. Todos eles desanimadores. Para conferir na íntegra o estudo de 48 páginas, basta clicar aqui.

Por Salada Verde
28 de outubro de 2008

Pressão em Brasília

O Instituto Socioambiental (ISA) acaba de soltar a notícia de que 84 índios enawene nawe estão a caminho de Brasília para exigir uma espécie de moratória para novos empreendimentos hidrelétricos em Mato Grosso. No dia 11 de outubro, o grupo ateou fogo ao canteiro de obras da PCH Telegráfica, em construção no rio Juruena, em protesto contra o prosseguimento das negociações de compensação ambiental do complexo hidrelétrico – mergulhado em polêmicas por irregularidades no licenciamento estadual. Eles também reclamam da existência de outras dezenas de projetos hidrelétricos previstos para a região, sobre os quais foram informados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apenas em julho deste ano.

Por Salada Verde
28 de outubro de 2008

Exemplo goiano

Segundo o ISA, a idéia é implementar uma moratória como a que vigora em Goiás desde 2004. Após um termo de ajuste de conduta entre a agência goiana de meio ambiente, estado e Ministério Público Federal, ficou acertado que os processos de licenciamento de empreendimentos hidrelétricos só sejam iniciados após a realização de estudos integrados de bacias hidrográficas, para avaliação de impactos cumulativos. No caso de Mato Grosso, esse tipo de avaliação foi solicitada depois de muita reclamação por supostas facilitações do estado no licenciamento de mais de 10 usinas em sequencia no rio Juruena, e graças à intervenção do MPF. A avaliação foi feita às pressas, serviu para renovar as licenças ambientais prévias dos empreendimentos e este ano foi duramente criticada por um parecer da Funai quanto a inconsistências técnicas e erros grosseiros.

Por Salada Verde
28 de outubro de 2008