Fim de discussão

Outra história com base em imagem da Nasa. Não é propriamente uma fotografia, mas um scan produzido feito pelo sistema de radiotransmissão em microondas, um dos sensores carregados pelo satélite Acqua. Ela põe fim a uma polêmica que grassou entre os meios científicos na semana passada sobre se o gelo que cobre o Ártico, pela primeira vez desde que a região começou a ser observada por satélites, havia se retraído ao ponto de tornar-se circumnavegável. O Acqua  confirmou que sim.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Os pontos do debate

A discussão sobre a extensão desta retração do gelo no Ártico, na verdade, girava em torno de tecnicalidades. O gelo não derreteu a ponto de transformar o Ártico numa ilha, como chegou a ser noticiado. Ele retraiu-se nas bordas apenas o suficiente para abrir passagens pelo mar em toda a sua volta. Uma vez o detalhe explicado, os cientistas se acalmaram. Mas só nesse ponto. Por alguns dias, seguiram debatendo se essa era ou não a maior retração de gelo ocorrida no Ártico. Aparentemente não é. Andrew Revkin, em seu blog DotEarth, no The New York Times, tem um post com ótima explicação sobre as desavenças científicas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Regra

Em tempo, a Organização Mundial de Metereologia, para fins de navegação, define como águas abertas qualquer área de mar com menos de 10% de gelo cobrindo sua superfície.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

O detalhe da separação

O Earth Observatory também tem fotografias, feitas pelo satélite Acqua, que detalham esse processo de desintegração das cinco prateleiras de gelo que há muito ligam o Ártico ao Canadá. A primeira imagem, tirada em 22 de julho, mostra o gelo entrando ainda pela costa canadense. Na segunda, feita 37 dias depois, uma fina estria de mar começa a separar terra e gelo.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Mudanças climáticas a 40 graus

Nesta terça-feira de calor intenso começou em Cuiabá um seminário promovido pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto Centro de Vida (ICV) para discutir as conseqüências das mudanças climáticas para a agricultura. Produtores rurais, pesquisadores, representantes indígenas, estudantes e jornalistas compareceram à abertura do evento, que termina nesta quinta-feira. Segundo Marcio Santilli, do ISA, a intenção é tentar abrir nos próximos dois anos discussões em diferentes cidades brasileiras para conhecer as maiores fragilidades ambientais e sociais decorrentes das mudanças no clima e encaminhar propostas para elaboração de políticas públicas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Céu azul

Em sua breve apresentação de boas vindas, o secretário de meio ambiente de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan, não perdeu a oportunidade de discursar sobre o papel do governo Maggi na redução do desmatamento no estado, que ainda lidera com folga o ranking dos mais devastadores da Amazônia. Como sinal dos tempos, pediu que os visitantes olhassem para cima e vissem o céu azul, uma benção para o estado que, tradicionalmente nos meses de setembro fica encoberto pela fumaça das queimadas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Amazônia a 300 metros

Se Mato Grosso andou fazendo mesmo seu dever de casa é uma questão bastante controversa, mas no que se refere a pesquisa cientifica o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA) quer dar um passo a mais. Segundo o pesquisador Antonio Manzi, o Brasil quer instalar uma torre de 300 metros na floresta amazônica para realizar estudos sobre química da atmosfera e física da turbulência (processos de trocas entre a superfície e a atmosfera), em parceria com o governo alemão. Os recursos devem ser assegurados em novembro, assim como a definição da instalação da torre em algum canto que tenha energia elétrica no estado do Amazonas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Um rio à beira do colapso

O rio Corumbataí, que nasce em Rio Claro, interior de São Paulo, e desagua no Piracicaba, está passando por um período de mortandade de peixes. Milhares deles amanheceram ontem mortos ao longo de uma extensão de 10 quilômetros. É sinal de que a qualidade de suas águas está entrando em colapso. E os moradores da região parecem ter consciência disso. Reportagem da Gazeta de Piracicaba mostra que a maioria há muito deixou de comer peixes que nadam no Corumbataí.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Cerrado

A Proposta de Emenda à Constituição 115/95 perambula pelo Congresso há 13 anos. Por isso, Cerrado e Caatinga ainda estão fora da lista oficial de Patrimônios Nacionais. Poucos parlamentares tentam colocá-la em votação, enquanto a pressão contrária à preservação dos bens naturais do país segue vencendo a queda de braço. Amanhã é Dia do Cerrado, mas o bioma permanece sem monitoramento por satélite, com poucas áreas protegidas e visto como formação de valor menor. E pior, moeda de troca das tentativas de proteção da Amazônia.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008