O blog do The Wall Street Journal que acompanha meio ambiente diz que o que mais assusta o empresariado globalizado não é a discussão sobre o aquecimento global e de quem é a culpa. O que arrepia essa turma é uma proposta para se criar uma corte internacional de crimes ambientais nos moldes do Tribunal →
Bill Clinton fez ontem palestra na Unbiversidade de Las Vegas. Falou muita coisa. Para nós, o importante veio no final. Clinton condenou o uso do milho para fazer etanol. Disse que os Estados Unidos não vão resolver sua dependência do petróleo criando novos problemas. Mas afirmou que a América Latina e o Caribe deveriam plantar cana para fazer combustível. Disse que a idéia não era sua, mas de Luis Inácio Lula da Silva, nosso presidente. A reportagem está no blog Dot Earth. →
No Youtube, um vídeo mostra um candidato a virar a próxima celebridade do mundo animal na midia internacional. Trata-se de um filhote de baleia jubarte com duas semanas de idade. Ontem, ele foi flagrado solitário, rondando barcos próximo de Sidney, na Austrália. A mãe não estava por perto, o que levou a imprensa a dizer que ele estava confundindo os barcos com ela. Fundcionearios do serviço de parques australiano preferiram não fazer especulações. Estão mais preocupados em achar um jeito de garantir a sobrevivência do filhote. Se ele não engolir leite de baleia logo, morrerá. →
Já são conhecidos os vencedores da licitação para o manejo da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. O resultado foi anunciado hoje em Brasília e não teve grandes novidades. O escolhido para usar os recursos naturais do lote de 17 mil hectares foi a Alex Madeira, enquanto a Sacura levou a melhor na disputa da área com 35 mil hectares. A vitória mais tranqüila, no entanto, foi a da Amata, que era o único concorrente ao terreno de 46 mil hectares. A partir de agora, os perdedores têm cinco dias úteis para questionar o resultado. Caso não haja reclamações, a expectativa do Serviço Florestal Brasileiro é que os contratos sejam assinados em, no máximo, um mês. Depois disso, as empresas terão 40 anos para usufruir das terras passando por auditorias e fiscalizações com o sistema Detex, capaz de monitorar o corte seletivo na mata. →
Pela primeira vez, cientistas britânicos e irlandeses decidiram que é hora de investigar com cuidado as águas-vivas. De acordo com reportagem do jornal The Independent, a população de um dos seres menos conhecidos do universo marinho está crescendo em níveis assustadores na costa do Reino Unido – fato que atrapalha o turismo e a aqüicultura. Há suspeitas de que a mortandade recorde de peixes tenha relação direta com a profusão das águas-vivas, mas essa possibilidade ainda não está confirmada. A matéria também lista oito espécies do animal invasor que ameaça a diversidade da região, com as características específicas de cada uma. →
Um novo livro sobre como combater as mudanças climáticas com eficiência promete convocar um público diferente para o tema. Com o auxílio de muitas imagens e cores, os autores de “Acme Climate Action: Introducing The Unique Acme Climate Action Method” tentam encorajar novos ativistas ambientais a praticar ações sustentáveis. Para tanto, fornecem não apenas conteúdo teórico, mas ferramentas para o trabalho – como adesivos com a frase “Desligue isso”, que ajuda as famílias a não esquecer de apagar os aparelhos eletrônicos. Como dizem os próprios realizadores, o livro tem “46 razões para agir, oito comprometimentos e um único objetivo”. →
Depois de mais de um ano de discussões, o governo da cidade de São Paulo finalmente chegou ao texto final do Projeto de Lei que institui uma Política Municipal de Mudança do Clima. O documento reúne propostas para as áreas de transporte, geração de energia, gerenciamento de resíduos, saúde, construção e contratação sustentável, por exemplo. A meta estabelecida pelo documento é a redução, até 2012, de 30% das emissões de gases de efeito estufa. Para isso, foram definidas diretrizes como ampliação da oferta de transporte público, restrição gradativa do acesso de veículos particulares ao centro da cidade, melhoria no gerenciamento de resíduos e projetos arquitetônicos desenvolvidos com critérios de eficiência energética e sustentabilidade. Nenhuma das medidas sugeridas traz novidades. A viabilidade de praticamente todas já vem sendo discutida há anos no município e sempre esbarra em questões como financiamento para implantação e vontade política. O projeto foi enviado à Câmara na última quinta-feira e a expectativa é que seja votado antes do final do ano. →
Além da poluição orgânica e por substâncias tóxicas no mar, pesquisadores espanhóis deram início à uma nova modalidade de pesquisa no país que pode ser útil em outra partes do mundo. Desde o começo deste ano, eles trabalham em um “mapa acústico submarino”, que identificou zonas nas quais o nível de ruído chega a 150 decibéis – em humanos, sons acima de 50 decibéis já começam a provocar incômodo. A situação é preocupante porque afeta o comportamento de cetáceos. Com problemas auditivos, os animais não são capazes de identificar a aproximação de embarcações, o que aumenta a possibilidade de colisão. O site do jornal El Mundo preparou um vídeo que reproduz os sons de um barco pesqueiro, um ferry-boat e um navio mercante. Assista. →
O pesquisador Evandro Ferreira acabou de retornar de uma viagem ao Parque Estadual Chandless, no Acre, e postou em seu blog uma notícia quente sobre queimadas em seu estado natal. Só que estas não têm nada a ver com fogo. Durante as expedições científicas para elaboração do plano de manejo da unidade de conservação foram registradas formações vegetais chamadas de ‘queimadas’, um tipo de igapó parcialmente alagado, como se fosse clareira no meio da mata. São áreas, segundo ele, ainda desconhecidas pela ciência. Confira no blog Ambiente Acreano. →
O Incra andou divulgando que até 2011 vai solicitar mais de oito mil licenças ambientais para seus assentamentos de reforma agrária. Isso faz parte de um plano de ação ambiental que o instituto elaborou para colaborar com o Plano Amazônia Sustentável (PAS). Uma coisa é o Incra pedir as licenças, outra bem diferente são os estados licenciarem os assentamentos. Os lotes do Incra quites com o a legislação ambiental são raros em todo o país. Só em Mato Grosso, dos 533 assentamentos criados pelo instituto em seis milhões de hectares, apenas um tem licença ambiental. Fica em Feliz Natal, uma das cidades com mais altos índices de desmatamento no estado. →
