Refúgio Silvestre
Um importante passo para a criação do Refúgio de Vida Silvestre Corredor do Pelotas, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, será dado esta semana. Isso porque ocorrem as audiências públicas nos dois estados, momento decisivo no trâmite de regularização de uma unidade de conservação. A área é de extrema importância para a manutenção da biodiversidade e do fluxo genético da fauna e flora da região. →
Diversidade
De acordo com o chefe da expedição, Mario Cohn-Haft, o local abriga cerca de 510 espécies de aves. O valor foi alcançado após análises de outras visitas de campo realizadas pela mesma equipe e por outros especialistas. De acordo com ele, o período no parque rico em biodiversidade foi muito proveitoso. “A região tem muitos ecossistemas, o que contribui para um número maior de pássaros, já que cada tipo se adapta a uma realidade”, diz. Entre os terrenos, é possível encontrar mata de terra firme, várzea, campina, campinarana, rios e capoeira. →
Anjos negros
O senso comum não vê morcegos como animais ‘amigos’ do Homem. Mas ao passo que pesquisas avançam, o mamífero revela-se uma espécie que presta importantes serviços ambientais. →
RPPNs paulistas
Atualmente, São Paulo possui 33 RPPNs criadas pelo governo federal. Com o lançamento do Programa Estadual de Apoio às RPPNs do Estado de São Paulo, em outubro de 2006, foram criadas mais estas quatro, que agora recebem certificação. Segundo Flávio Ojidos, diretor de Relações Institucionais da Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo (Frepesp), este é um momento importante para a conservação da biodiversidade em terras particulares do Estado, já que a criação de RPPNs pelo Estado se dá "de forma mais simples e rápida para o proprietário", o que acaba funcionando como um incentivo à preservação. →
Valeu a briga
As entidades que brigaram por punição à Petrobras comemoram. Entre elas estão as Secretarias de Meio Ambiente de São Paulo e Minas Gerais, municipal de SP, Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Greenpeace, ONG Amigos da Terra, Instituto Akatu, Movimento Nossa São Paulo (www.nossasaopaulo.org.br), SOS Mata Atlântica, a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e Instituto Brasileiro de Advocacia Pública. →
Sumatra devastada
Guardando uma biodiversidade riquíssima debaixo de suas copas, as florestas de Sumatra têm cerca de 600 mil hectares dilacerados a cada dia. Em sua seção de vídeos ambientais, batizada de Green TV, o diário The Independent postou um filme de pouco mais de um minuto que dá uma pitada do desespero por que passa a fauna local. No lugar dos sons naturais emitidos por pássaros, macacos e rios, a barulheira provocada por incêndios, motosserras e tratores deixam os bichos em polvorosa. Afinal, em apenas um século, eles perderam nada menos que 16 milhões de hectares de sua casa. →
Assembleísmo
Apesar da quase totalidade de suas deliberações pedir o mero cumprimento da legislação ambiental, a Conferência Nacional do Meio Ambiente, que está em sua terceira edição, continua sendo promovida a todo vapor pelo Ministério do Meio Ambiente. O órgão público gastou mundos e fundos para envolver mais de 110 mil pessoas em seu “processo preparatório”. Mais dinheiro público será gasto para trazer dois mil “delegados” à Brasília, em maio. Só o evento final de uma conferência desta envergadora custa em torno de R$ 6 milhões, valor semelhante ao aluguel do prédio onde a ministra Marina Silva quer alojar seu polêmico Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. →
Recuperar Abrolhos
Segundo o chefe do Parna de Abrolhos (BA), Marcello Lourenço, há cerca de três anos a área protegida aguarda um novo processo para concessão dos serviços de turismo. A iniciativa está nas mãos da Coordenação-geral de Visitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - IChiBio. Conforme Lourenço, Abrolhos é um dos parques com revitalização prioritária para o IChiBio, ao lado de Fernando de Noronha (PE) e Tijuca (RJ). Um edital para recuperar a mais rica área em corais do Atlântico Sul pode sair em maio. →
Para os jovens
Nesta terça-feira, o Museu Paraense Emílio Goeldi dá a largada ao 4º Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas (PJMA). O tema será Biodiversidade Amazônica e, entre os participantes, nada de cientistas: a proposta é voltada para alunos do ensino médio e fundamental do estado. O adolescente que fizer o trabalho mais bacana vai encher o porquinho com prêmios que vão de mil a dois mil reais. As inscrições podem ser feitas até 18 de setembro, e os resultados saem no mês seguinte, quando a instituição comemora seus 142 anos de existência. →
Planos para Madagascar
Para mensurar a importância da biodiversidade de Madagascar, basta apresentar um dado: 80% das mais de 30 mil espécies conhecidas por ali são endêmicas. Com o objetivo de evitar o sumiço dessa vida selvagem, 22 pesquisadores de seis países carregaram uma parafernália para lá de moderna até a região. Com imagens de satélites e softwares especiais, um mapa foi traçado apontando as áreas mais ameaçadas por atividades econômicas – sim, as árvores de lá caem como aqui – e analisando minuciosamente a distribuição dos bichos e plantas. Os resultados vão indicar ao governo os pontos chaves onde devem ser criadas unidades de conservação. O site The Guardian reuniu 16 fotos de fauna e flora um tanto exóticas que foram encontradas durante as expedições. →
Vem confusão por aí
Mas quem acha que a CNI saiu perdendo nessa pode estar muito enganado. Basta ler o voto completo do STF. A maioria votou pela exclusão da frase “não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos na implantação de empreendimento” no 1º artigo do artigo 36. O que isso significa? Que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que, desde os tempos em que ainda se chamava Ibama, está lutando para se capitalizar com compensações ambientais, poderá minguar sem dinheiro, ou no mínimo demorará anos para receber compensações questionadas pela justiça. Quem vai financiar as unidades de conservação? →
O planejador de áreas protegidas – com Kenton Miller
O americano Kenton Miller é considerado o pai do planejamento de áreas protegidas. Para conservar a biodiversidade, recomenda treinamento e criatividade aos chefes de parques. →
Garimpo na Amazônia
Teve início no último dia 18 uma grande operação de desocupação do rio Puruí, afluente do Japurá, situado no estado do Amazonas. Fiscais do Ibama e membros do Exército Brasileiro uniram forças para prender garimpeiros da região que usam dragas e máquinas fixas em suas atividades ilegais. Esses equipamentos ajudam a destruir um dos maiores refúgios da biodiversidade brasileira. →
Todo mundo na Amazônia
Na fronteira de desmatamento, hotel de selva Cristalino (MT) ensina que investir na riqueza da biodiversidade faz bem à cultura e à economia. Falta só cativar mais brasileiros. →
Verdes e brancos
Liderando uma das mais ricas ONGs ambientalistas dos Estados Unidos (a The Nature Conservancy), o cientista Sanjayan está preocupado com outras questões além da biodiversidade. O especialista de pele mulata afirmou ao site da Time que a liderança do movimento ambientalista está muito restrita à elite branca. Para Sanjayan, se houvesse mais rostos negros falando sobre meio ambiente, mais jovens de pele escura iriam se identificar e abraçar a causa. Professor universitário e autor de diversos artigos escritos para publicações como New York Times e revista Nature, ele acredita que sua cor ajudou a difundir as idéias da The Nature Conservancy em regiões mais pobres, como a África, e diz que a “diversidade de vozes” é fundamental para que o discurso ambientalista não caia na irrelevância. →
