Os últimos naturalistas
A pintura da família Demonte resiste ao tempo e às novas tecnologias. Há quase 50 anos, eles aliam ciência e arte para registrar a fauna e a flora brasileiras. →
A volta do Brasil Grande
Em Curitiba, holandês propõe sistema mundial de unidades de conservação para enfrentar as extinções que se aproximam. O Brasil é a Arca de Noé do aquecimento global. →
Abaixo os pesticidas
Fazendas orgânicas aumentam a biodiversidade, de bactérias a mamíferos. Essa é a conclusão de pesquisadores independentes que examinaram dezenas de estudos sobre o assunto feitos na Europa, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia. Eles especulam que mesmo a adoção parcial de práticas orgânicas pode gerar grandes benefícios para os ecossistemas em torno delas. Nos casos ingleses, as práticas orgânicas beneficiaram particularmente os pássaros, muito afetados pelos pesticidas e métodos de agricultura modernos. Mas espécies como besouros, morcegos e minhocas também ganharam. New Scientist (gratuito). →
Problemas em série
A BBC Online (gratuito) produziu uma série de matérias sobre os maiores problemas ambientais que a humanidade enfrenta . Os bichos-papões mais cotados foram: escassez de comida, de água, de energia , mudanças climáticas, poluição e o extermínio da biodiversidade. A primeira reportagem é sobre como o crescimento populacional da espécie humana tomou o espaço das demais e provocou o que está sendo chamado de a sexta grande onda de extinção. →
O jardim da subversão
Ambientalista forjado na luta pela preservação das baleias francas estréia coluna de jardinagem argumentando que plantar pode e deve ser um ato subversivo →
Parabéns
De: Maricéia Barbosa Silva Caro Editor,Sou Engenheira Florestal, trabalho com recuperação de áreas degradadas em Minas Gerais. Venho acompanhando as publicações no site e os artigos da Dra. Maria Tereza vêm me despertando atenção, no entanto ao ler o artigo sobre as ações desenfreadas na busca do desenvolvimento, muitas vezes intitulado "desenvolvimento sustentável", me senti carregando a bandeira! Não sou contrária ao desenvolvimento do país, contanto que o governo atual assuma a postura de guardião da maior área de floresta tropical do planeta e inicie o desenvolvimento sim, direcionado à: criação de unidades de conservação, de uso indireto, municipais, estaduais e federais, incentivo a exploração do turismo ecologico, programas especiais para pequenos produtores, criação unidades de conservação de uso direto, desenvolvimento científico para o aumento da produtividade (maior produtividade menor área) dentre outras, pois a biodiversidade agrega valor econômico e valor social ao país.A medida que o governo iniciar uma "luta" conservacionista ajudando o Brasil a continuar com o título do país com maior diversidade biológica do planeta, aí sim, estaremos a caminho do "desenvolvimento sustentável".Obrigada a todos os colunistas do site, e espero que através do O Eco mais pessoas despertem para a realidade do país. →
Biopirataria
Prisão de alemão que tentava levar ovos de aranha caranguejeira revela inexistência de leis brasileiras contra a biopirataria. Ele foi solto sem processo ou multa e ainda pode voltar ao Brasil quando quiser. →
Estupidez no fundo do mar
A modernização da indústria pesqueira tem efeitos desastrosos para a biodiversidade marinha. Em 50 anos a população de peixes nos oceanos diminuiu 90% →
Gênio do mar
Albert Einstein era, além de gênio, bom poeta e um inveterado viajante de navio. Juntou todas essas qualidades para produzir um belo poema em homenagem ao mar →
Garimpo em área preservada
Garimpos e áreas desmatadas foram descobertos por uma equipe de pesquisadores dentro do Parque Nacional da Amazônia e das Florestas Nacionais de Itaituba I e II, que juntas formam um corredor de biodiversidade de 1,5 milhão de hectares. O grupo fazia um sobrevôo sobre a área e conseguiu identificar várias clareiras e garimpos em funcionamento. Alguns até com pistas de pouso. As duas Florestas estão muito perto de rodovias como a BR-163, Santarém Cuiabá e a Transamazônica. Essas estradas facilitam a extração e o escoamento dos recursos retirados ilegalmente das florestas. →
Abelhas de risco
Da caixa-postal: A vida das abelhas silvestres no Brasil não é nada tranqüila, mesmo em áreas preservadas. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção por conta da apicultura que, defendida como uma atividade inofensiva, está invadindo as áreas de preservação e exterminando as abelhas nativas, que sucumbem ao competirem com as abelhas africanizadas. Alguns apicultores adicionam um gesto cruel à sua prática: colocam próximo ao apiário um ovo de galinha com veneno injetado, para matar um mamífero chamado irara, que é doido por mel. Há estudos científicos comprovando que algumas espécies de abelha silvestre são agentes polinizadores específicos de árvores da Mata Atlântica. O desaparecimento delas acarretaria uma grave mudança no ecossistema. Quem deu o alerta foi Germano Woehl Jr., fundador do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade e que mantém reservas ambientais particulares. →
Índio quer soja
Os Parecis, de Mato Grosso, solicitaram à Funai autorização para plantar soja em sua reserva. Quem pensa em biodiversidade quando se pode lucrar em dólar? →
Se o mar acabar, acabou o Brasil
Uma canoa despertou a vocação de oceanógrafo. Com ela, veio a certeza que os brasileiros há muito comprometem uma das coisas que melhor define nosso país →
Pantanal
De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Maravilhosa a matéria de Marcos Sá Corrêa sobre o Pantanal e RPPNs da Ecotrópica. Que sortudo: ver e fotografar uma onça nadando. Um reparo: o Parque Nacional do Pantanal não foi estabelecido sem estudos e não pegou só terras debaixo da água, por ignorância. Os estudos da criação deste Parque Nacional foram feitos por professores da Universidade de Viçosa, sob a batuta do professor Griffth e por especialistas famosos como o Dr. José Manoel Carvalho de Vasconcelos, que teve cargos importantes na área ambiental, tanto no Brasil como em Portugal e até na Comunidade Econômica Européia. Destes estudos participaram também o Dr. Gary Wetterberg e quem escreve esta.A idéia sempre foi de se criar um Parque Nacional pegando todo o perfil do Pantanal, ou seja, terras mais altas, as mais inundáveis ou as mais baixas e a Serra do Amolar, na outra margem do rio. Assim, desde o começo se pretendeu englobar as fazendas Acurizal, Doroché, Penha e Boabaide. As negociações para a compra pelo IBDF da fazenda Acurizal feitas com o então proprietário, Horácio Coimbra, dono do Café Pelé, não progrediram e foi impossível à época comprar-se as demais. Felizmente a TNC comprou e doou para a Ecotrópica as fazendas acima mencionadas, com exceção da antiga Boabaide, que foram reconhecidas como Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Esta iniciativa e luta da Ecotrópica resolveu o problema da efetividade do Parque Nacional em uma demonstração clara que o setor privado pode contribuir em muito com a conservação da biodiversidade e todos saímos ganhando. →
Mato Ralo
Em agosto, boa parte do Mato Grosso virou cinza. Até o dia 25, justamente durante o chamado período de restrições às queimadas, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) flagraram nada menos do 54.369 focos de incêndio no estado. Outros números também chamaram a atenção nos dados do INPE. Houve 450 focos de incêndio em Unidades de Conservação. Deles, 272 aconteceram na mesma área, o Parque Estadual do Cristalino, dono da mais rica amostra de biodiversidade da Amazônia. Nos últimos meses, vem crescendo a pressão de sem-terras e fazendeiros nos limites do Parque. Querem invadir as terras e torná-las produtivas. Impedidos de pôr os pés em área protegida, estão mandando o fogo em seu lugar, para adiantar o serviço. →
