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Newsletter O Eco+ | Edição #172, Novembro/2023
05 de novembro de 2023
Um levantamento inédito da repórter Cristiane Prizibisczki para ((o))eco mostrou que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tem apenas cinco servidores para monitorar o desmatamento no país inteiro. Distribuídos entre PRODES, DETER e TerraClass, existem outros 10 servidores concursados, mas em regime de dedicação parcial. O que vem segurando o monitoramento é um grupo de 74 profissionais bolsistas do CNPq que recebem salários de, no máximo, R$ 5,5 mil – a depender da titulação – e não possuem direito a outros benefícios trabalhistas. Não fosse a situação trabalhista precária, os bolsistas ainda tiveram de lidar nos últimos dias com a possibilidade de seus contratos não serem renovados a tempo, conforme mostramos recentemente.
Outra pauta que vem sendo mostrada em ((o))eco é a de afogamento de silvestres em canais de irrigação. O repórter Aldem Bourscheit mostra que centenas de milhares de animais são resgatados nas obras da transposição de águas do Rio São Francisco, mas não haveria afogamentos nos canais graças a acompanhamento técnico e infraestrutura indicados no licenciamento. “Trechos forrados com pedras e uma grande maioria de canais com mantas de borracha sob a alvenaria permitem a saída dos espécimes. Também há túneis para passagem dos animais e equipes monitoram os impactos desde o começo das obras”, lista o professor Luiz Cezar Pereira, coordenador-geral do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) da UNIVASF.
E por falar em silvestres, pequenos mamíferos vêm evitando uma área no Parque Estadual Rio da Onça, no Paraná, que serviu como lixão até meados dos anos 1990. Passadas cerca de três décadas, os depósitos irregulares de plástico, isopor e outros itens seguem entre a vegetação e o solo da Mata Atlântica, um dos biomas mais afetados por ações humanas no país.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
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· Destaques ·
INPE tem apenas 5 servidores exclusivos para monitorar desmatamento no país
Transposição do S. Francisco conteve afogamentos de animais silvestres
Pequenos mamíferos evitam área em reserva onde havia lixão nos anos 90
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· Conservação no Mundo ·
O sumiço de um país. Tuvalu, um país formado por um conjunto de ilhas na Polinésia, deve ser engolido pelo oceano em menos de 100 anos. As três ilhas de coral e seis atóis que compõem o país têm uma área total de terra inferior a 26 km². No atual ritmo de subida do nível do mar, algumas estimativas sugerem que metade da área terrestre da capital, Funafuti, será inundada pelas águas das marés dentro de três décadas. Tuvalu formulou o “Projeto Futuro Agora” (trad. livre), um conjunto de três grandes iniciativas destinadas a preservar sua nação e cultura no caso do pior cenário possível. [TheGuardian]
Multiplicando águas-vivas. No Reino Unido, o número de medusas encontradas em praias aumentou 32% no último ano. Pesquisadores apontam que as mudanças climáticas favorecem esse crescimento, aumentando a temperatura dos oceanos. A longo prazo, essa mudança pode alterar também as populações de peixes do país. [BBC]
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· Animal da Semana ·
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O animal da semana é o peixe-boi-amazônico!
Existem três espécies de peixe-boi reconhecidas no mundo: peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) e o peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis).
Apesar do nome, o peixe-boi não é peixe, e sim um mamífero-aquático. As espécies dessa família chegam a medir 4 metros de comprimento e pesar 800 kg. Toda essa grandeza pode ser justificada por estes animais possuírem um ancestral comum com os elefantes. Entretanto, mesmo com esse corpo robusto, os peixes-boi nadam numa velocidade de 5 a 8 km/h e realizam manobras com certa fluidez, devido a cauda achatada.
🎨 Gabriela Güllich (@fenggler)
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· Dicas Culturais ·
• Pra ler •
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Glossário da Justiça Climática | Plataforma Latino-Americana e do Caribe para a Justiça Climática
Buscando contribuir para ampliar a compreensão do problema e promover ações concretas dos povos e organizações sociais, o Glossário de Justiça Climática é um documento composto por cinco seçõe: i) Jargão climático; ii) Falsas soluções; iii) Estratégias das empresas e dos Estados; iv) Justiça climática; e v) Propostas e soluções do povo.
• Pra ouvir •
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Conversa com gestores – Tudo que você gostaria de saber sobre as UCs Paulistas | Conservação em Prosa
As pesquisas científicas são ferramentas importantíssimas para solucionar as problemáticas da nossa sociedade. Nas Unidades de Conservação Costeiras e Marinhas, elas também são fundamentais para o presente e futuro da gestão da região. Nesse episódio, a equipe do Conservação em Prosa conversa com os responsáveis pela gestão de UCs do litoral paulista para compreender a relação entre geração de conhecimento e a tomada de decisão em áreas protegidas.
• Pra assistir •
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Transição Energética pode e deve ser sem fósseis | ClimaInfo
A equipe #ClimaSemFake entrevista Ramón Méndez sobre a transição energética no Uruguai que, apoiada em políticas públicas e sem o uso de gás fóssil, já chegou a 98% de fontes renováveis. Ramón Méndez é físico e diretor executivo da IVY, foi secretário de Energia do Uruguai em dois governos: Tabaré Vásquez e Pepe Mujica.