De Marcelo Szpilman
Prezada Silvia Pilz,
Gostaria de esclarecer alguns pontos sobre a nota abaixo veiculada em sua coluna em 10 de dezembro de 2005.
Os cursos on-line foram uma experiência de 2 anos que infelizmente não deu certo. Por isso foi cancelado. No entanto, dizer que “não sabe o quanto paga e nem o vai aprender” é no mínimo um sarcasmo irresponsável. O Instituto é uma entidade séria e ministra cursos na área de meio ambiente há mais de oito anos e já certificou mais de 3 mil alunos. Todos os nosso cursos são anunciados com o valor e o programa.
Quanto a receber meus artigos sobre tubarões, devo esclarecer que não são só sobre os tubarões mas sim sobre diversos assuntos relacionados ao ambiente marinho. Inclusive para o próprio site O Eco. Como temos um projeto de preservação de tubarões, onde um dos objetivos é desmitificar o animal e mostrar sua importância para o meio ambiente, faz parte do nosso trabalho escrever e divulgar artigos sobre o tema. Obviamente, os artigos podem ou não agradar a todos. Podem ou não ser lidos. Aliás, como devem ser os seus artigos e os artigos do site O Eco. Ou será que você não divulga ou não em interesse em divulgar seus artigos?
Todas as nossas mensagens têm um link para solicitar a remoção do e-mail daqueles que não têm interesse em recebê-las. Você está em nosso mailing, porém nunca recebi uma solicitação de sua parte para remover seu e-mail. Mesmo assim, vou remover seu e-mail de nosso mailing e poupar-lhe esse transtorno para você.
De qualquer forma fico admirado em ver uma jornalista que atua na área de meio ambiente “jogando contra” uma causa que é muito importante, ainda que muitas vezes não compreendida. Só para seu conhecimento, quando você fala na campanha “adote uma tartaruga” do Tamar, criada em 1994, deve ter em mente que nós do Instituto Aqualung criamos junto essa campanha e fomos os primeiros a colocá-la em prática, incluindo as lojas Aqualung. São 17 anos atuando nessa área, tempo em que já ajudamos diversos projetos ecológicos. Temos conhecimento de causa quando se fala em tartaruga-marinha, golfinho, baleia, peixe-boi, peixes e tubarões.
Quanto à carne de tubarão, é muito boa. Provavelmente você também já comeu sem saber ao pedir um filé de badejo no restaurante. Come-se filé de cação há centenas de anos e não há mal algum nisso, contanto que não sejam espécies ameaçadas de extinção. Na próxima semana vou divulgar um artigo sobre culinária responsável, mas felizmente você não o receberá.
Ats,
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →



