A homenagem de ((o))eco esta semana vai para o canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), um pássaro caracterizado pelo amarelo forte de suas penas e pelo seu canto melódico. Outrossim chamado de canário-da-terra, no Brasil, ocorre do Maranhão até o Rio Grande do Sul e, na América do Sul, é encontrado na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e nas Guianas.
Esta ave tem em média 13,5 centímetros e pesa 20 gramas. Seu habitat preferido são as regiões áridas, como os campos secos, a Caatinga e áreas de Cerrado. Sua alimentação principal são sementes. Na reprodução, a fêmea põe cerca de 4 ovos, chocados por um período de 15 dias. Seus ninhos são cavidades ou até mesmo outros ninhos abandonados, como casas de joão-de-barro vazias.
São pássaros agressivos na hora de defender o ninho ou de disputar uma fêmea com outro macho. Por ser bom de briga, este canário é usado em disputas violentas entre pássaros, para apostar no vencedor. Essa prática bárbara e ilegal costuma deixar as aves feridas e deve ser denunciada à Polícia e ao Ibama.
A beleza e o canto também fazem com que o canário-da-terra seja comumente engaiolado, ainda que sem a licença obrigatória do IBAMA. Até agora, não corre risco de extinção, o que não torna menos cruel o seu cativeiro ou uso como animal de briga.
Leia Também
Cantoria da covardia nas feiras de passarinhos
Mil canários apreendidos no MS
Leia também
Confirmado: 2024 foi o primeiro ano em que aquecimento da Terra ultrapassou 1,5ºC
Relatório do Serviço Meteorológico Europeu Copernicus confirma 2024 como o ano mais quente já registrado e o primeiro a superar a meta do Acordo de Paris →
Morte de bugios por febre amarela acende alerta da doença em SP
Quatro bugios encontrados mortos em Ribeirão Preto (SP) alertam para circulação do vírus da febre amarela na região. Organizações de saúde recomendam a vacinação da população →
A falácia das instituições no ecoturismo: lições não aprendidas
A gestão ambiental precisa ir além de medidas pontuais. Enquanto discursos vazios persistirem, o ecoturismo sustentável continuará sendo uma promessa distante →