
Um novo derrame de petróleo ocorreu dentro da Reserva Nacional Pacaya Samiria, no Peru, no Bloco 8X, no mês de novembro, mas só foi conhecido no dia 4 deste mês, quando membros do programa de vigilância ambiental da Associação Cocama de Desenvolvimento e Conservação San Pablo de Tipishca (ACODECOSPAT) visitaram a área com funcionários da reserva.
O vazamento ocorreu no Bloco 8X operado pela empresa Pluspetrol Norte, entre o quilômetro 7 e 8 de um oleoduto que corta a reserva, na mesma área que sofreu outro derrame no mês de maio. Nas fotografias disponibilizadas pela Associação Cocama é possível comprovar os impactos causados pelos vazamentos e o desmatamento feito para os trabalhos de limpeza e mitigação da área.
De acordo com Pío Quinto, vigilante ambiental da Associação Cocama, que participou da operação inicial, quando chegaram ao local do vazamento encontraram dois técnicos da Pluspetrol Norte recolhendo o petróleo e armazenando-o em galões. A informação saiu em uma nota da organização Povos Indígenas Amazônicos Unidos para a Defesa de seus Territórios (PUINAMUDT).
Clique nas imagens para ampliá-las e ler as legendas | |||
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Ainda segundo a nota, o derrame do hidrocarboneto poderia ter sido causado “pelo mal estado do duto que transporta o petróleo ou a intervenção ineficaz da Pluspetrol para solucionar as causas do primeiro derrame, meses atrás [em maio]”.
Funcionários da Reserva Pacaya Samiria que estiveram na área contaminada informaram que existe uma zona de cerca de 4 hectares desmatados, que faz parte das atividades de recuperação do vazamento de petróleo. No entanto, o desmatamento seria criminoso e feito sem autorização nem conhecimento dos responsáveis pela reserva.
Até o momento, nem a petroleira Pluspetrol, nem o Ministério do Ambiente do Peru deram informações sobre o vazamento.
Mapa Bloco 8x na Reserva Pacaya Samiria
Leia também
Peru: metais pesados e óleo contaminam Rio Corrientes
Amazônia peruana: tecnologia promete reduzir impacto dos poços de petróleo
Vazamento nas montanhas do Equador pode ter chegado ao Peru
Leia também

“Brasil não pode ser petroestado e líder climático ao mesmo tempo”, alerta Suely Araújo
Em meio às discussões da COP 30, ex-presidente do Ibama critica a expansão petrolífera e aponta riscos da exploração na Foz do Amazonas →

“O poder da juventude está em aproximar realidades cotidianas dos espaços de decisão”
Cientista ambiental da Rede Favela Sustentável avalia papel do jovem no enfrentamento da crise climática, tema-foco do IV Fórum Terra 2030 →

Onda de apoio a Marina Silva após ataques sofridos no Senado une ministras, governadoras e sociedade civil
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima foi alvo de violência política e de gênero durante audiência de comissão →