Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui seis biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Mas para os 13 candidatos à presidência, apenas metade deles foram citados de alguma forma no programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral. Caatinga, Pampa e Pantanal não entraram no programa de nenhum candidato.
A Amazônia é lembrada nos planos dos candidatos Alckmin (PSDB), Boulos (PSOL), Meirelles (MDB), Amoedo (Novo), João Goulart Filho (PPL) e Haddad (PT). Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente e que tem a sustentabilidade um dos pilares de seu programa, surpreende por só mencionar o Cerrado. João Goulart Filho e Guilherme Boulos são os únicos que citam mais de um bioma. Além da Amazônia, o primeiro também cita o Cerrado e o segundo vai além e cita Cerrado e Mata Atlântica.
Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Jair Bolsonaro (PSL) e Vera Lúcia (PSTU) não citam nenhum bioma no programa de governo.
Os esquecidos
O Pampa é um dos seis biomas brasileiros e o único presente em apenas um Estado da Federação. Além do Rio Grande do Sul, se estende por todo Uruguai e por partes do Paraguai e Argentina. A paisagem campestre, que caracteriza esse bioma, já dominou 63% do território gaúcho (cerca de 178.243 km²), mas hoje mais da metade desta área se encontra degradada.
O Pantanal, por sua vez, é a maior planície de inundação contínua do planeta e o bioma com a menor extensão territorial no Brasil, representa menos de 2% do território brasileiro.
Já a Caatinga ocupa cerca de 844 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território do país, e engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. É o único bioma exclusivamente brasileiro, o que torna seu patrimônio biológico importante para o planeta.
*Editado às 22h56, do dia 05/10/2018
Leia Também
‘Mito do gestor’ empobrecerá debate político nas eleições de 2018
Uma chance para os ex-financiadores de campanha provarem seu amor pelo Brasil
Leia também
Uma chance para os ex-financiadores de campanha provarem seu amor pelo Brasil
Os bilhões que foram gastos para financiar políticos em 2014 poderiam ser revertidos para ajudar na meta de reflorestar 12 milhões de hectares →
‘Mito do gestor’ empobrecerá debate político nas eleições de 2018
Além das habilidades de gestão, devemos perguntar que valores os candidatos usarão para governar e refletir se o Brasil será mais justo a partir destes valores →
Eleições 2018: ISA envia suas propostas aos presidenciáveis
Instituto Socioambiental já entregou aos candidatos o documento com as suas recomendações com foco na questão dos quilombos, terras indígenas, parques, reservas e áreas públicas →
Ah, perdão se me expressei mal. Não é que afirmei que a matéria estaria errada, mas estava apenas propondo classificações alternativas àquelas convencionadas como oficiais, pois creio que melhor refletem a realidade. Sds
Tudo bem, Pragmatismo, os leitores de oeco costumam levantar essa bandeira sobre as controvérsias do que é ou não um bioma. E você acaba de me dar uma ideia para uma reportagem. Muito obrigada
Como aparece Amazonia não citada pela Marina da REDE sendo que ela tem uma trajetória, uma historia com a amazonia como seringueira e ambientalista MUNDIALMENTE reconhecida. essa materia e um desserviço. Todo mundo sabe de todos candidatxs, quem é comprometido com o meio ambiente.
"candidatxs"…. que preguiça!
Pampa não é bioma, e sim uma formação aberta de Mata Atlântica. Pantanal não é bioma, e sim um Cerrado sazonalmente inundado. Isso não muda em nada a importância desses ambientes, apenas uma questão de classificação. Em tempo, o que chamamos de bioma no Brasil na verdade são "domínios", por ex: Cerrado é um dos domínios do bioma savana no mundo. Amazônia é um domínio do bioma floresta tropical úmida ("tropical rainforest"), e por aí vai…