A equipe do Zooparque Itatiba comemora o primeiro nascimento de filhotes de lêmures-preto-e-branco (Varecia variegata) no país. Originário de Madagastar, na África, a espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção pela lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Os filhotes, um macho e uma fêmea, nasceram no dia 27 de agosto e estão sob os cuidados naturais da mãe.
“A fêmea está cuidando muito bem de seus filhotes sozinha e não foi necessária nenhuma intervenção da equipe do zoo durante todo o período de gestação, nascimento e cuidados neonatais”, explica a bióloga Camila Piovani, coordenadora do Departamento de Biologia e Educação do Zooparque.
Na instituição existem dois machos de lêmures preto-e-branco adultos e duas fêmeas. Os animais foram importados de um zoológico da Áustria. No ano passado, eles formaram casais. Logo depois, um dos casais iniciou a reprodução.
A gestação da primata foi acompanhada de perto pelos profissionais do zoo, que evitaram interferir ao máximo no processo. O tempo médio de gestação da espécie é de 14 semanas e meia.
A fêmea e os filhotes passam bem. A mãe tenta proteger ao máximo os filhotes e procura escondê-los assim que percebe a presença de estranhos. “Em mais algumas semanas os filhotes vão começar a explorar o recinto junto com a mãe e ficará cada vez mais fácil observá-los”, afirma Camila.
Em julho, o Zooparque Itatiba comemorou o nascimento de 4 filhotes de pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) sem a ajuda de seres humanos. A espécie é uma das aves mais raras e ameaçadas do mundo. A reprodução em cativeiro é um dos principais objetivos de programas de conservação, pois é uma chance de, futuramente, esses animais conseguem ser reintroduzidos na natureza.
Conseguir que uma espécie ameaçada se reproduza na natureza é um dos objetivos dos projetos de conservação. Isso dá esperança de que a espécie pode ser salva da extinção, já que esses filhotes ou os filhos deles poderão ser reintroduzidos futuramente na natureza.
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