O estado do Rio de Janeiro recuperou 40,92 quilômetros quadrados (km²), a área é maior que o município de Mesquita, localizado na baixada fluminense. É como se, em 30 anos, o estado tivesse recuperado, espontaneamente ou por reflorestamento, o tamanho de quase 26 parques do Ibirapuera. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (06) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), faz uma avaliação detalhada sobre a regeneração da Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro.
Segundo o Atlas, o município de Casimiro de Abreu apresentou mais áreas regeneradas dentro do período avaliado, correspondendo a um total de 267 ha. Em seguida vem a cidade de Itaperuna (com 223 ha), Duas Barras (220 ha), Rio de Janeiro (209 ha) e Vassouras (203 ha).
O estudo foi realizado com base no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma. O Atlas utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e de geoprocessamento para monitorar remanescentes florestais acima de 3 hectares (ha).
Política ambiental
No estado do Rio de Janeiro, restam apenas 18,7% de Mata Atlântica. Em 3 décadas, foram desmatados 186.345 mil hectares de florestas no estado. Embora vilão, nos últimos anos o estado conseguiu a façanha de atingir o chamado desmatamento líquido zero, que são quando estados, outrora grandes desmatadores, conseguem diminuir a perda de florestas para números menores que 100 hectares. Entre 2014 e 2015, o Rio perdeu apenas 27 hectares de florestas. O sucesso pode ser explicado com um conjunto de políticas públicas ambientais implementadas, como a criação de novas áreas protegidas, incluindo o incentivo para criação de reservas particulares (RPPNs), e o fortalecimento do serviço de guardas-parques, que agora segue ameaçado.
Nova Friburgo e Silva Jardim, por exemplo, contam com 20 reservas privadas cada uma. Hoje, estado, há um total de 150 RPPNs.
“Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos. Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou se decorreu de iniciativas de restauração florestal, é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, afirma a diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota.
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Que notícia boa Sabrina. Fiquei contente em saber desse estudo.
Continuem assim!
O site " OECO " algum tempo está ficando estranho .
Aqui deveria se defender o meio-ambiente , mas pelo contrário aqui tem mais gente que apoia madeireiras , caçadores , mineradoras etc. O Brasil acabando com seu maior patrimônio e um site chamado " OECO " como se estivesse incentivando para acabar com tudo.
Pelo amor de Deus , excelente iniciativa , mas isso não é nada! do que eu estou vendo , a região do Imbé no Norte do Estado, esta´ cada vez mais cortado de trilhas, e mais desmatado, com animais sumindo junto com a mata. Uma exploração de "turismo ecológico" está violentando a mata cada vez mais, enquanto , imobiliárias " rurais" criam "condomínios juntos à Natureza"!! Tenham dó! não é aceitável esse papo de "condominios junto `a Natureza. Ao contrário tragam a Natureza para a Cidade e para junto aos condominios urbanos. Plantes árvores por todo lado. Nas matas não tem que plantar apenas árvores mas é necessário recuperar o sistema. Umas árvores plantadas não formam um sistema biologico ativo. Culpo o Descaso da politica dos últimos anos , seguindo um viés mais ideológico , deixaram de lado os interesses da Nação básicos