Notícias
22 de maio de 2006

Um começo

Os clientes da Bunge aceitaram esperar, desde que a empresa começasse já a implementar programas-piloto para controlar e monitorar o respeito de seus fornecedores à legislação de meio ambiente e fundiária do Brasil. A empresa concordou. Breve, vai implantar um projeto para fazer justamente isso. Será no Maranhão, zona de transição de cerrado para floresta amazônica e uma das recentes fronteiras agrícolas abertas pela expansão do plantio do grão.

Por Redação ((o))eco
22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Capitulando

Enquanto isso, a Cargill segue na contramão, tentando buscar caminho para legalizar os plantadores de soja da região de Santarém, que além do desmate ilegal de 80 mil hectares de florestas primárias e secundárias, ocupam terras griladas. Mas a empresa começa a dar sinais de que pode rever sua política.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Conversa

Na semana passada, enquanto seus funcionários confrontavam ativistas do Greenpeace que bloquearam o seu terminal portuário em Santarém – aliás construído sem o devido Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – a direção da empresa ligou para o escritório da Ong em Londres se dizendo preocupada com a situação e pedindo uma conversa. Como resposta, ouviram que papo só se a Cargill topasse trazer uma proposta para reverter o incentivo que dá à ilegalidade que cerca a produção da soja no Oeste do Pará. Seus diretores pediram prazo de duas semanas.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Pressão

O Greenpeace, apesar do telefonema, continuou botando pressão. Comprou 4 toneladas de soja e nesta segunda-feira, despejou tudo no portão de um grande depósito do grão que a Cargill mantém em Surrey, na Inglaterra, para paralisar suas operações. Os ativistas da Ong também bloquearam os portões de uma unidade da Sun Valley em Orleans, na França. A empresa é uma subsidiária da Cargill.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Respeito à lei

Se a Bunge colocar em prática o que anda prometendo aos seus compradores no Primeiro Mundo, é uma ótima notícia. A questão não é ser contra o plantio da soja no Brasil, mas exigir que ele pare de ser feito no mais completo arrepio da lei. A expansão de sua fronteira rumo ao Norte tem sido selvagem. Setenta e cinco por cento dos desmatamentos detectados nos últimos cinco anos no Mato Grosso, a maioria feita para implantar a monocultura de grãos, foram irregulares. Idem na região de Santarém, onde 80 mil hectares de florestas primárias e secundárias sucumbiram no mesmo período à expansão do grão.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Dane-se

No caso específico do Oeste do Pará, a Cargill meteu-se diretamente no fomento do plantio do grão, estendendo financiamento aos produtores, em flagrante violação de uma política de governo de não permitir que pessoas com terras em situação fundiária irregular, peguem dinheiro de terceiros para custear qualquer tipo de produção em cima delas. O sistema financeiro nacional está proibido por portaria do Incra de dezembro de 2004 de emprestar dinheiro a quem só tenha o protocolo do registro de pedido de legalização de posse no órgão. A Cargill não se sentiu impedida pela medida e abriu seus cofres para sustentar a expansão da soja em Santarém.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Queda

A repressão dos órgãos federais aos desmatamentos ilegais provocados pelas siderúrgicas instaladas no leste do Pará – que usam a madeira para produzir o carvão que aquece seus fornos – está indo melhor do que o esperado. A contínua ação das autoridades na região já reduziu a produção de ferro-gusa à metade do que era no ano passado. Os empresários tentaram argumentar com Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ibama, pedindo tempo para se adequarem à legislação. Ouviram que não há conversa possível se ela incluir perdão para eles continuarem operando irregularmente pelo menos por mais um período.

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Sem saída

Os donos das Siderúrgicas decidiram, semana passada, apelar a ouvidos governamentais que consideravam mais simpáticos à sua causa. Marcharam rumo à Casa Civil, de Dilma Roussef, para ver se a partir de lá convenciam o governo a abrandar a repressão. Propuseram inclusive alternativas doidas, como resgatar a madeira que jaz sob as águas da represa

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22 de maio de 2006
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22 de maio de 2006

Nova pressão

Quem anda também, pelas mesmas razões das siderúrgicas no Pará, sentindo a mão pesada do governo são os produtores de gesso no pólo que existe na Serra do Araripe, no Ceará. Há muito desmatavam impunemente a região para usar a lenha para produzir o carvão que move a indústria local. Ficou mais difícil. Tão difícil que procuraram o governo para ver se era possível tornar a repressão na região mais leve, até se achar uma alternativa para que eles se adaptem à legislação. A resposta foi não.

Por Redação ((o))eco
22 de maio de 2006
Colunas
19 de maio de 2006

Para além do horizonte

Vitor Negrete era montanhista experiente. Sua morte no Everest serve para recordar uma carreira que rompeu horizontes e deixa qualquer um sonhando acordado.

Por Ana Araujo
19 de maio de 2006
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