Análises
21 de fevereiro de 2006

Noronha vale a pena

De Aline Andrade Olá Sérgio,Li sua coluna sobre Noronha e senti falta de uma temática complicada que é a falta de autonomia dos noronhenses sobre a gestão da ilha. Quem governa Noronha é o governo de Pernambuco, certo? A comunidade conta, no máximo, com a presença de dois conselheiros, se não me engano, na folha da administração. Uma grande reclamação de meu amigo Daniel, pescador que nos encantou com pesca de snorkel de garopinha na Cacimba e com o sashimi mais fresco do mundo, é justamente a exclusão dos locais nas tomadas de decisão sobre o futuro da ilha. Diferentemente de alguns noronhenses que conheci e que sonham em morar no Recife, Daniel pretende ficar até seus últimos dias na ilha e não vê solução outra que montar sua própria pousada num futuro longínquo, em terreno que pretende adquirir legalmente por tempo de uso. Reclama da falta de entusiasmo e união entre os locais que estão sempre submetidos às ações do Ibama que, por sua vez, parece não dialogar muito com a comunidade e fecha os olhos para as infrações abertamente cometidas por agentes do eixo Recife-Rio de Janeiro. Não há instrução alguma no sentido da comunidade se organizar em busca de seus interesses como, por exemplo, preços diferenciados de combustível e alimentos, uma das suas grandes reclamações. Não entendo como um governo de Estado ausente pode ter mais autoridade sobre os cuidados da ilha do que aqueles que residem e dependem de seus recursos naturais para sobreviver... Gostaria de saber sua opinião sobre o problema que, a meu ver, esbarra em grande parte com o que vc abordou na coluna dessa semana.Li, também a coluna sobre a questão dos parques e Áreas de Preservação Ambiental, etc, fizemos, em um dos programas que apresento aqui na TV em JF, onde buscamos esclarecer a importância do Urbanismo para a construção da cidadania, abordamos nossos parques e reservas ecológicas e, em uma das muitas tristes conclusões a que pudemos chegar, percebemos que existe um problema crucial de categorização das mesmas de acordo com suas especificidades e interesses. Um erro de nomenclatura emperra todo o desenvolvimento de políticas ambientais valorosas para a cidade e região. Outro ponto: a prefeitura não dialoga com Universidade e outros núcleos de produção de conhecimento para obtençao de dados técnicos e pareceres sobre essas áreas. Como pode? Ela isola acreditando preservar, afastando a população de um contato direto com a natureza e de uma consequente valorização desses espaços para a cidade e para a qualidade de vida urbana. É o caos. Estou realmente muito assustada com as informações que venho adquirindo através dos programas. O problema se estende para a preservação das bacias e mananciais, tão abundantes e fundamentais para toda a região. Não sei por onde começar a denunciar, ou reclamar, ou propor mudanças. Sei que não podemos deixar como está. O prefeito é super populista e só quer saber mesmo de "ficar bem na fita". A impressão que tenho é a de que ninguém sabe o que faz dentro da Prefeitura. E acho que não estou muito longe da verdade.Abraços.

Por Redação ((o))eco
21 de fevereiro de 2006
Colunas
21 de fevereiro de 2006

Intenções vãs

Lei das concessões florestais é apresentada como salvação da Amazônia. Mas iniciativas semelhantes sempre fracassaram no mundo. Nosso problema é o caos social.

Por Marc Dourojeanni
21 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Caminho Livre

A justiça derrubou a liminar que impedia a criação de três unidades de conservação no Paraná. Não há mais como recorrer. O Parque Nacional dos Campos Gerais, a Reserva Biológica das Araucárias e o Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi vão sair do papel. As unidades fazem parte de um conjunto de oito áreas protegidas propostas pelo Ministério do Meio Ambiente para proteção de remanescentes de mata atlântica com araucárias.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Pedras no sapato

A criação das três unidades foi parar na justiça por protesto de produtores rurais e madeireiros, que afirmaram que ficariam sem o ganha-pão. Outras duas unidades - a Reserva Biológica das Perobas e o Refúgio da Vida Silvestre dos Campos de Palmas - enfrentaram o mesmo problema, mas também receberam aval da Justiça para existir. Juntas, as oito unidades protegerão 540 mil hectares de Mata Atlântica.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Território do crime

O The New York Times iniciou a publicação de uma série de reportagens dando conta do avanço do crime, traficantes de drogas à frente, nas reservas indígenas dos Estados Unidos. O que os atraiu para lá, além do abrigo de vastas extensões de terras ainda inexploradas, é o status autônomo das reservas, que cria imensas confusões sobre jurisdição policial, e a alegria com que são recebidos por várias lideranças idígenas. Como são inimputáveis em suas áreas, a não ser se forem julgados pelas próprias tribos, abraçam o crime incentivados pela impunidade.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Parceria

Dia 22 a Fundação SOS Mata Atlântica e a Gol vão assinar um contrato para o plantio de 15 mil árvores nativas em Piracicaba, São Paulo. A SOS define as mudas e o local e a companhia aérea financia a inteligente ação.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Gangorra

Justo agora que o preço do barrril estava despencando, separatistas nigerianos seqüestram funcionários de petrolíferas estrangeiras, atacam instalações de refino e exploração no país e provocam uma redução de 1/ 5 nas suas exportações de petróleo. Resultado, o preço voltou a subir diante da ameaça da escassez do produto no mercado futuro. É bom para o meio ambiente, mas péssimo para a balança de pagamentos da Nigéria. E os guerrilheiros andam prometendo novas ações. A notícia é do Mail & Guardian.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Três pólos

É o que se pode chamar de uma fria. O britânico Jim MCNeill vai percorrer, em viagem solitária, 1.609 quilômetros no Pólo Norte. Ou melhor, nos...

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Pintado de branco

O parque americano de Yosemite, sagrado reduto de montanhistas de todo o mundo, ganha desafios a mais para os esportistas durante o inverno, quando...

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Ir ao Norte

Para fugir da neve, que tal o Tocantins? O site 360 Graus mostra que, além de bela, a região do deserto do Jalapão oferece opções de práticas...

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Emergência

Depois de ver suas florestas queimarem como nunca por causa de uma seca atípica em setembro, o Acre enfrenta inundações. A região mais atingida é a própria capital. Vinte e quatro bairros de Rio Branco estão alagados e 8 mil casas inundadas. Na manhã desta segunda-feira, o rio Acre transbordou ao subir 2 metros acima de seu nível máximo. Segundo a secretaria estadual de meio ambiente, 25 mil pessoas foram atingidas. Mas o número já pode ter ultrapassado a casa dos 30 mil.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
Notícias
20 de fevereiro de 2006

Mais chuvas

A secretaria estadual de meio ambiente acreana espera mais chuvas nos próximos cinco dias, embora com menor intensidade. Os municípios mais afetados são Rio Branco, Brasiléia, Epitaciolânda, Xapuri e Sena Madureira.

Por Redação ((o))eco
20 de fevereiro de 2006
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