Análises
26 de janeiro de 2006

Proteger o quê? VII

De Leonan BernardiniMaria Tereza,Meu nome é Leonan e espero que lembres de mim, a última vez que tivemos contato foi na reserva do SESC Pantanal em 1999, na minha última tentativa de atuar profissionalmente com conservação, experiência aquela que me levou definitivamente a optar por trabalhar com meio ambiente apenas em área industrial e ter conservação quase como um hobby. Mas li tua coluna intitulada "Proteger o quê?" e me permito tecer alguns comentários.Tecnicamente não sou, nem nunca fui, contra caça amadora, conheço muitos caçadores e sou amigo de alguns deles, mas a ética não é um comportamento predominante e homogêneo entre esse grupo, o que permite muitos argumentos contra ou a favor, a maioria, obviamente, de ordem ética, situação essa que a caça não se sustenta.Mas os argumentos técnicos que tu usaste na coluna também são questionáveis e alguns não se sustentam muito. Por exemplo:- as populações de aves sinergéticas no Rio Grande do Sul necessitam da caça para a manutenção de suas populações sob controle, a redução/destruição dos locais de alimentação e reprodução e uso maciço de agrotóxicos se encarregam de fazer isso há muito tempo.- a manutenção da caça mantém íntegros os banhados, isso pode ter sido nos anos 70 e início dos 80, quando existia o projeto pró-várzea e as áreas de várzeas, fundos de vales e outros, estavam sendo dizimados com dinheiro público. Hoje os conceitos e a legislação são outros e podem obrigar a uma "mudança" de consciência.Duvido também que o argumento de que o aluguel de campos e banhados é uma forma segura de manter campos e banhados seja verdadeiro, já que a caça dura, teoricamente, poucos meses, enquanto a mesma área alterada pode receber culturas de inverno e verão, como a dupla soja/trigo, normalmente bem rentável.Clique aqui para ler esta carta na íntegra

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2006
Notícias
26 de janeiro de 2006

Bem-vindo ao seu país

Projeto Unicom-Amazônia leva alunos de vários cursos da PUC-Rio para estágios de até quatro meses em Manaus. Eles são apresentados a um Brasil desconhecido.

Por Elza Albuquerque
26 de janeiro de 2006
Reportagens
26 de janeiro de 2006

Nos finalmentes

Rica em peixes e algas calcáreas, Santa Cruz (ES) pode ganhar duas reservas ambientais. Ambientalistas já derrotaram mineradora. Falta convencer os pescadores.

Por Fernanda Couzemenco
26 de janeiro de 2006
Reportagens
26 de janeiro de 2006

Mensagem subliminar

Um pequeno selo colorido aparece rapidamente nas propagandas de carros na televisão. Nem adianta prestar atenção: não dá para adivinhar do que se trata.

Por Juliana Tinoco
26 de janeiro de 2006
Reportagens
26 de janeiro de 2006

Frente fria

A aproximação do IV Ano Polar Internacional pode ser uma chance para o Brasil ampliar suas ações na Antártica. O desafio é sobreviver acampado a 50º negativos.

Por Cristina Ávila
26 de janeiro de 2006
Notícias
25 de janeiro de 2006

Toma lá, dá cá

Em regime de urgência, a Câmara dos Deputados aprovou diminuir a área do Parque Nacional de Brasília de um lado e aumentá-lo do outro. A Unidade de Conservação perderá 382 hectares já quase sem vegetação e invadidos, pelo próprio Governo Federal – já que a área abriga até a Granja do Torto- e ganhará em troca 11 mil hectares bem preservados. Saiu no lucro.

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2006
Notícias
25 de janeiro de 2006

Interesses em jogo

Mas para o Parque Nacional de Brasília ser definitivamente ampliado para 41 mil hectares ainda é necessário o aval do Senado. As chances são grandes já que parte da área desapropriada será usada para a construção da Cidade Digital, setor na capital voltado para instalação de empresas de informática e que envolverá muito dinheiro.

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2006
Notícias
25 de janeiro de 2006

Salto mortal

Alguém aí se lembra do que era o Projeto de Lei (PL) de Gestão de Florestas Públicas? Pois é. Seu texto prevê a exploração madeireira em regime de manejo em áreas florestais do estado e da União e é considerado a salvação da lavoura para a conservação da Amazônia pelo Ministério do Meio Ambiente. Tanto assim que ele foi tramitar em maio no Congresso em regime de urgência constitucional. Apesar disso, deu tantas voltas que acabou subindo no telhado. Hoje, tudo indica que ele saltou. Ou melhor, foi empurrado lá de cima pelo seu relator, Senador José Agripino, do PFL do Rio Grande do Norte.

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2006
Notícias
25 de janeiro de 2006

Moeda

Agripino meteu três emendas no texto do projeto, o que força o seu reenvio para nova votação na Câmara. Isso, obviamente, vai atrasar ainda mais sua eventual aprovação. Mas esse é até o menor dos problemas. Uma das emendas inviabiliza o projeto. Ela diz que toda concessão de exploração de floresta pública com área superior a 2 mil e 500 hectares, precisa ser aprovado no Senado. Isso significa que praticamente qualquer pedido de concessão teria que passar por suas excelências, pois é tecnicamente impossível operar em regime de manejo em áreas abaixo desse limite de extensão.

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2006
Notícias
25 de janeiro de 2006

Dúvida

Não se sabe se o senador deixou essa terceira emenda passar por burrice ou por vontade de dar aos seus colegas de trabalho mais uma moeda para eles poderem trocar no supermercado da política nacional.

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2006
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