Notícias
3 de maio de 2005

Temporada de emendas

Nesta terça-feira, 3 de maio, em mais uma reunião realizada na Câmara dos Deputados sobre a Gestão das Florestas Públicas, representantes dos governos do Acre, Pará, Amazonas e Tocantins sugeriram mudanças no projeto de lei proposto pelo governo (PL 4776/05). O secretário de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Virgílio Viana, defendeu concessões de longo prazo para a exploração das florestas públicas, desde que haja mecanismos de cancelamento dessas permissões. Para ele, seriam necessárias duas colheitas florestais, ou seja, 30 anos, para estabelecer o vínculo produtivo, enquanto o texto atual do projeto prevê concessões de apenas cinco anos. O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Pará, Gabriel Guerreiro, defendeu uma nova distribuição dos recursos oriundos das concessões de florestas, mas defendeu o projeto. "Ele contém avanços, principalmente ao regulamentar que as concessões não geram direito fundiário", afirmou. O secretário entregou ao relator do projeto de lei, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um documento contendo sugestões de emendas. Sem contar a reunião desta terça, o PL já recebeu 313 sugestões de emendas. As próximas reuniões sobre o assunto na Câmara vão receber pesquisadores e representantes de universidades (5 de maio) e juristas especializados em meio ambiente (10 de maio).

Por Carolina Mourão Lorenzo Aldé
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Boticário abre vagas

A Fundação O Boticário de proteção à Natureza está abrindo processo de seleção para três vagas de emprego: Analista de Captação de Recursos, Analista de Projetos de Incentivo à Conservação de Terras Privadas e Analista de Projetos para Reservas Privadas. As duas primeiras para atuação na sede da empresa, em Curitiba, e a última no interior de Goiás. Os interessados em captação de recursos devem ser formados e com pós-graduação em Administração, Comunicação ou Terceiro Setor. Aos que almejam a segunda opção, é exigido o diploma em Engenharia Florestal, Direito ou áreas afins, além de um diploma de pós-graduação. A última opção requer diploma em Engenharia Florestal ou Agronômica, Biologia ou qualquer área ligada à atuação em conservação da natureza e ciências agrárias. Todas as vagas pedem experiência de trabalho, além de requisitos específicos. A inscrição deve ser feita pelo site do Boticário. Para a vaga de Analista de Captação de Recursos o prazo vai até dia 9 de maio. As outras vagas têm inscrição aberta até o dia 15.

Por Juliana Redação ((o))eco
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Que nem bicho

Pesquisa de cientistas canadenses indica que os pais, como a esmagadora maioria dos animais, tendem a cuidar melhor de seus filhos quando eles podem ser estéticamente qualificados como espécimes humanos bonitos. Eles acompanharam metódicamente as visitas de famílias pré-escolhidas com crianças ao supermercado. As feias em geral ganhavam menos atenção e recebiam bem menos cuidados. Os pais, de acordo com as estatísticas levantadas, parecem estar mais influenciados pela beleza dos filhotes. Com as mães ao lado, os feios sofrem menos. A pesquisa foi recebida com ceticismo por vários centros de estudo de população de universidades americanas. Acham precipitada qualquer análise que ligue seus resultados à uma fórmula geral da teoria da evolução. Notícia do The New York Times.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Temperos de risco

A Vigilância Sanitária inglesa, diz o Guardian, prepara um esquema para testar todos os temperos importados pela Grã-Bretanha. Suspeita que a maioria recebe, em seus países de origem, corantes para torná-los mais atraentes aos olhos do consumidor. O problema é que algumas dessas substâncias são altamente cancerígenas.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Greenpeace de luto

Bob Hunter, um dos fundadores do Greenpeace nos anos 70, morreu no Canadá aos 63 anos de idade. A causa foi câncer de próstata. O Environmental News Service tem obituário alentado, mostrando que Hunter foi um dos primeiros a achar que o assunto ecologia poderia ser popular e que era o grande cérebro por detrás de todo o marketing que acabou tornando o Greenpeace uma marca reconhecida mundialmente.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

O retorno

Um caso de poliomielite, conta reportagem do The New York Times, foi detectado na Indonésia. É sério. A doença está demonstrando vigor que há muito supunha-se controlado. A Indonésia é o 16º país onde ela ressurgiu nos últimos anos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Sumindo

A paixão mundial pela cozinha japonesa e as tecnologias usadas na pesca de peixe – de satélites a sonares submarinos – demoraram apenas 35 anos para levar o atum azul da categoria de espécie vulnerável à de ameaçado de extinção. O The New York Times descreve a luta de um grupo de pesquisadores americanos que usa também invenções de ponta para seguir o atum azul pelo mar e tentar descobrir meios de salvá-lo.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

O custo da areia

Doenças que as pessoas pegam quando vão às praias, de micose à infecções estomacais, têm um preço. Pelo menos na Califórnia, diz reportagem do The Los Angeles Times. Cada sujeito que vai à praia no estado gasta por ano para cuidar de seqüelas de saúde por conta do lazer à beira-mar cerca de 36 dólares. O cálculo foi feito por pesquisadores da Universidade de Irvine, na Califórnia e serve para que o departamento de saúde aloque dinheiro em seu orçamento para o tratamento deste tipo de problemas.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Limpeza

Começou em Punta del Leste reunião de 130 países para discutir meios de banir mundialmente 12 pesticidas hoje considerados de alta periculosidade. É mais um capítulo da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, designação dada a pesticidas que continuam a causar efeitos longo tempo após seu uso. Varrer os 12 piores da face da Terra deverá custar bilhões de dólares, segundo reportagem do Environmental News Service.

Por Manoel Francisco Brito
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Menos poluição no ar

A Petrobras lançou um óleo diesel que lança 75% menos enxofre no ar do que o vendido nos postos. Antes, o combustível liberava duas mil partes (ppm) de enxofre, agora 500 ppm. Ainda assim, é um óleo bastante poluente se comparado aos utilizados na União Européia, onde o nível de emissão permitido é de 50 ppm, conta reportagem de O Valor (só para assinantes). O Conama pretende reduzir o teor de enxofre no óleo diesel para o mesmo nível do bloco até 2009.

Por Carolina Elia
3 de maio de 2005
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3 de maio de 2005

Cacos de um terremoto

Nos últimos 185 mil anos, a região do Mar Morto não sofreu mais do que 18 grandes terremotos. Uma média de um a cada 10 mil a 14 mil anos, diz um estudo realizado por geólogos israelenses que usaram rochas quebradas e rachaduras em cavernas para decifrar o enigma. Segundo a Folha de São Paulo (exige assinatura), só foram registrados os tremores com mais de 7 graus na escala Richter.

Por Carolina Elia
3 de maio de 2005
Análises
3 de maio de 2005

Sufoco na Serra…

De Roney Perez dos Santos Centro Excursionista Universitário Um fenômeno curioso está ocorrendo no Brasil, toda atividade ao ar livre (ecoqualquercoisa) tem que ser acompanhada por um "guia experiente". Primeiro: guia é um termo seqüestrado pelo pessoal do turismo e só pode ser utilizado por aqueles que passaram por um curso reconhecido pela EMBRATUR e hoje pelo Ministério do Turismo, mesmo sem nenhum conhecimento do que é guiar em ambientes naturais. É uma profissão regulamentada. Segundo: expediente é uma palavra forte considerando a média. A maioria sabe muito pouco alem do caminho. A vivência em um ambiente natural exige algum conhecimento e bom senso e perder-se faz parte dos riscos assumidos nestes ambientes. Ainda mais nas trilhas brasileiras que carecem de marcações corretas, mapas e descrições detalhadas. Em parques a questão é mais séria, pois a culpa das trilhas não sinalizadas, ausência de qualquer informação e uma fiscalização frouxa é do cidadão e não da administração. Quando alguém se perde logo surge esta conversa: Eles deveriam contratar um guia! Deveriam?Nas minhas caminhadas prefiro algumas indicações, uma carta topográfica e uma bússola (uso GPS por diversão) e perder-se faz parte da da atividade. Este mito do guia é reforçado pelo discurso sociambientalista que impõe o guia (chamado de monitor ou condutor de visitantes para não afrontar os guias de profissão) como a solução mágica para o ecoturismo. As populações locais migram das culturas de subsistência para o turismo ambientalmente responsável. Na teoria é perfeito, na prática nem tanto. As associações criam lobies para obrigar a contratação de serviços, mesmo que os turistas não queiram ou para trilhas desnecessárias. As justificativas vão da pobreza a um serviço de polícia, vigiando o visitante para não cometer danos ao ambiente. Tudo facilmente questionável. Não é difícil pensar que é uma estratégia de privatização velada de áreas públicas colocando todos os visitantes como débeis e criminosos.A imprensa brasileira, famosa por repetir coisas sem questiona-las, colocou a morte do dentista brasileiro, no Aconcagua, como a falta de guias. Absoluta idiotice. É um esporte em que o risco é indissociável. Eles arriscaram e perderam. No mesmo período mais dois grupos -com guias- estavam em dificuldades, mas somente um site de notícias entrou nestes detalhes. O livro "no ar rarefeito" mostra bem a situação que pode levar a mercantilização de algumas atividades esportivas e de natureza.Na Europa, EUA e tantos outros países a contratação de serviços de guia s é totalmente opcional e não é por falta de riscos. Nos parques americanos existem ursos, sempre ávidos por comida. Não é motivo para não fazer as trilhas, mesmo só. A administração o informa dos cuidados e lhe deseja boa sorte.O caso das senhoras poderia não ter acontecido se a trilha fosse minimamente sinalizada, ou que existisse um mapinha indicando as bifurcações. Curioso também que quando alguém bate o carro, as pessoas não comentam algo como: - Deveria ter contratado um motorista...Atenciosamente;

Por Redação ((o))eco
3 de maio de 2005
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