Reportagens

Ibama multa proprietário que domesticou araras azuis para atrair turistas

Aves eram usadas por empreendimento turístico para atrair visitantes e moravam em um carro velho. Fiscais encontraram comida inadequada usada para alimentar as araras

Claudia Gaigher ·
9 de dezembro de 2022 · 1 anos atrás

Imagina estar em um lugar conservado onde os animais silvestres se mostram despreocupadamente. O turismo de experiência atrai pessoas para lugares como Bonito, em Mato Grosso do Sul, justamente para se encantar com a natureza conservada e ver animais em vida livre, em seu habitat.  Agora imagina poder desfrutar de águas claras e passeios de barco e, no fim do dia, ainda interagir com exuberantes araras azuis (Anodorhynchus hyacinthinus), com direito a conseguir tirar uma foto com elas pousadas no braço? pois passeios como esse são vendidos na região, sem que os turistas conheçam os métodos usados para garantir a presença do animal no local.

Esta semana, entre segunda e quarta-feira (07), fiscais do Ibama foram atrás de denúncias de passeios que estavam usando animais silvestres como chamariz para atrair visitantes. Um vídeo que alcançou mais de 2 milhões de curtidas em uma rede social mostra o dono de um atrativo turístico com araras azuis no colo, ninando como se fossem bebês. É fofo, mas ilegal.

O vídeo e denúncias chamaram a atenção da fiscalização do Ibama.

O atrativo em questão fica em Bonito, Mato Grosso do Sul, cidade mundialmente reconhecida como capital do turismo sustentável. Na página do passeio na internet e na rede social há fotos de turistas e vídeos com as pessoas posando com as araras azuis nos braços, na cabeça, no colo. Olhando depressa, as fotos eram de interação fofa entre ave silvestre e humano, mas o que os fiscais encontraram foram indícios de maus tratos e práticas ilegais contra a fauna silvestre.

Os fiscais chegaram na fazenda Água Limpa, onde é feito o passeio chamado Cachoeiras do Rio do Peixe, saindo da cidade de Bonito, pela rodovia MS 178. São 35 km até o atrativo, um dos mais antigos da cidade. Além das dezenas de quedas d’água com tufas calcárias, almoço caseiro, e muito banho de rio, os turistas têm contato com os animais silvestres da região. E as araras azuis são as estrelas.

Foto: Bruno Carvalho.

“Que situação terrível das araras…Elas são super domesticadas e acostumadas com o dono do passeio. Que dó dos bichos… Esses bichos moram dentro de um carro velho imundo, estão comendo arroz, feijão e pão. Horrível”, disse o biólogo Bruno Carvalho, do Instituto Arara Azul, que acompanhou os analistas do Ibama na fiscalização.

Os fiscais flagraram recipientes com restos de comida, arroz e feijão e frutas servidas para as araras azuis. A bióloga Neiva Guedes, pesquisadora e presidente do Instituto Arara Azul, ficou chocada com o que foi revelado na fiscalização. “Arroz e feijão não é comida de arara azul, elas são especialistas em castanhas de acuri e bocaiuva, só comem essas castanhas aqui no Pantanal, e ele [o fiscalizado] está mudando o hábito alimentar delas, amansando para fazer selfs. Isso não deve ser feito com nenhum animal silvestre”, diz. 

Os fiscais do Ibama também reuniram imagens amplamente divulgadas na internet e sites de agências promovendo o encontro com animais silvestres em Bonito. Em comunicado, o órgão detalhou os resultados da operação.

“Foram encontradas duas araras azuis em condições impróprias dentro de um carro no empreendimento Cachoeiras do Rio do Peixe com alimentação inadequada. Apesar das araras estarem livres, a equipe de fiscalização verificou que estão domesticadas, o que permite o uso das aves para tirar fotos com turistas. A utilização de animais silvestres sem autorização de autoridade ambiental no Brasil é crime, de acordo com a Lei Federal de Crimes Ambientais n. 9.605/1998 e Decreto Federal 6.514/2008, que prevê detenção de seis meses a um ano, e multa.”

Mantendo os animais por perto

Arroz, feijão e mangas no capô do carro: alimentos são inadequados para as araras. Foto: Bruno Carvalho.

Ainda segundo os fiscais, há indícios de ceva na região, quando animais silvestres são alimentados com ração ou qualquer tipo de alimento fora de sua dieta natural para habituá-los a estar sempre naquele mesmo lugar à vista de todos.

“Os bichos são muito dóceis somente com o dono do passeio. Quando a gente tentou se aproximar, elas voaram para cima de um galho e por isso não conseguimos coletar sangue das aves, mas nos preocupou o aspecto geral das araras, elas vivem no meio da imundície”, explicou Bruno Carvalho, do Instituto Arara Azul.

Segundo a bióloga Neiva Guedes, a coleta de sangue das araras encontradas pelos fiscais seria importante para identificar a origem das aves. Há anos o Instituto Arara Azul colabora com a formação de um banco de dados para análise de DNA, sob a orientação da Dra. Cristina Y. Miyaki, professora, pesquisadores e Laboratórios de Genética e Biologia Molecular da Universidade de São Paulo (USP). Um dos resultados desse trabalho é a identificação do local de origem das araras azuis através do exame de sangue. Com o banco de dados, é possível determinar em qual região do Brasil essa ave nasceu, e assim rastrear as araras azuis e saber se elas são nativas da região onde estão ou se foram capturadas ilegalmente e levadas do Pantanal para outro bioma. Bonito está na área de ocorrência dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, longe do Pantanal.

O atrativo onde as araras azuis foram encontradas tem autorização de funcionamento expedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para receber visitantes para contemplação, banho de cachoeira e rio, mas não para manuseio e utilização de animais silvestres. Os pacotes eram vendidos como passeio de contemplação das paisagens naturais e banho de cachoeira. O dia com almoço incluído custa mais de 290 reais por pessoa. A rotina era tomar banho de cachoeira, almoçar e depois tirar foto com as araras azuis e até alimentá-las e registrar um encontro com macacos prego.

O Ibama autuou o dono em 105 mil reais pelo uso de araras azuis. A justificativa dada pelos proprietários do passeio foi de que as araras são livres e escolheram o carro velho como moradia. Tentamos falar com o advogado que representa o atrativo, mas ele não quis se pronunciar. O espaço segue aberto.

Bruno Carvalho, pesquisador associado do Instituto Arara Azul que acompanhou a fiscalização, não acredita nesta versão, principalmente porque as araras estavam domesticadas e comiam alimentos fora da dieta natural dessa espécie. “Os alimentos não são adequados, diferente do que elas comem na natureza, e a gente vê que a plumagem está opaca, bem diferente da cor exuberante que a gente vê na natureza”, explica.

Durante os dias de fiscalização, seis agências de turismo em Bonito, uma pessoa física e um empreendimento de turismo foram autuados por uso comercial da fauna silvestre em condições de abuso. Foram aplicadas multas que no total somam R$ 524 mil reais. O órgão estadual, o Imasul, também foi informado das irregularidades e crime ambiental para que tome as providências.

Experiência encantadora

Interagir deve ser uma experiência encantadora para quem nunca teve a oportunidade de estar tão perto de uma ave tão esplêndida.

A gestora de redes sociais Ariana Arandia visitou o atrativo em 2020 e registrou em vídeo e fotos o momento em que ela fez pose com três araras azuis nos ombros e braços. Na época, a turista publicou essas fotos em sua rede social e deu entrevista para um site de notícias de Mato Grosso do Sul.

Eu perguntei para Ariana como foi esse encontro. “Quando cheguei ao atrativo fui informada que as araras não moravam lá e os guias avisaram que as aves apareciam às vezes. Aí levei sorte e elas apareceram nesse dia. Simplesmente amei. Fui outras vezes passar o dia no Rio do Peixe e não vi elas lá”, disse a gestora, que também é artesã.

A turista Mariana Pagani fez o passeio e interagiu com as araras. Foto: Arquivo pessoal.

Já Mariana Pagani visitou Bonito em fevereiro. Ela sempre busca em suas viagens conhecer os lugares, apreciar a cultura, o contato com a natureza. Ela fez fotos com as araras azuis no ombro e descreveu como se sentiu.

“Pra mim esse encontro foi sensacional, além de todos os outros lugares deslumbrantes em Bonito, com vistas fascinantes e muita proximidade com a natureza, eu queria muito esse contato com as araras, pegar, dar comida, fazer carinho, enfim. Essa experiência pra mim foi incrível, se pudesse eu ficaria o dia inteiro curtindo elas. O que achei muito interessante é que esse contato é disponibilizado para os visitantes, mas é informado que se elas não aparecerem ou não quiserem interagir isso é muito respeitado por eles, além de todo carinho entre o pessoal da fazenda com elas. Eu amei, achei fantástico, maravilhoso, no mesmo passeio foi possível também contato com os macaquinhos, dar comida… foi incrível também.”

A experiência de se sentir mãe natureza e ter aves assim nos braços, ou um macaco no colo, ou uma anta pertinho pode mesmo ser inesquecível, mas está longe de representar um comportamento sustentável e saudável.

Araras quase foram extintas pelo tráfico

Neiva Guedes pesquisa e monitora araras-azuis-grande há 32 anos. As descobertas científicas da sua equipe são reconhecidas mundialmente e servem de referência para diversos projetos de pesquisa e conservação de araras espalhados no mundo. Ela explica que são mais de três décadas de trabalho com apoio de proprietários de fazendas pantaneiras, instituições de pesquisa, da população em geral e muita divulgação para conscientizar as pessoas de que a arara azul não é bicho de estimação.

Nos anos de 1980, milhares de araras azuis grandes foram capturadas e vendidas no mercado ilegal de animais silvestres simplesmente porque alguém queria ter uma ave dessa em casa. Por pouco a espécie não foi extinta. Quando Neiva começou a pesquisa no Pantanal, a estimativa era de que restavam pouco mais de 1.500 araras azuis grandes livres na natureza. Graças à dedicação e ao conhecimento produzido pelos pesquisadores, hoje essa espécie saiu da lista dos animais ameaçados no Brasil, mas continua na lista vermelha mundial classificada como Vulnerável à extinção pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). No Brasil, a espécie corre o risco de voltar a ser classificada como Vulnerável à extinção porque nos últimos anos, além da captura ilegal, os incêndios no Pantanal afetaram drasticamente os locais de nidificação e alimentação dessa espécie. Em março do ano passado, outro alerta acendeu a luz vermelha como mais um perigo: as pesquisadoras publicaram um artigo científico na Scientific Reports, da Nature, uma das mais renomadas publicações científicas do mundo, relatando que araras azuis grandes mortas no Pantanal tinham quadro compatível com envenenamento. Na época em que as carcaças foram encontradas, foram coletas amostras do fígado, baço e estômago e as amostras enviadas para análise no Centro de Serviço Toxicológico Ceatox, Unesp Botucatu, uma referência em análise de pesticidas e agrotóxicos no Brasil. O resultado revelou a presença de organofosforados e constatou que as araras azuis tinham morrido envenenadas por componentes químicos presentes em agrotóxicos.

Para a pesquisadora Neiva Guedes, uma ave tão rara e frágil ser usada como isca para atrair turistas é mais um motivo de preocupação para quem luta pela conservação da espécie. “Esse tipo de comportamento de amansar ou domesticar animais silvestres para self, que era o que estava acontecendo neste empreendimento, não é legal porque ele não é responsável, ele não é sustentável, ele não é ecológico. Primeiro porque está mudando o comportamento do bicho, tirando-o da natureza, da sua função principal que é nascer, crescer e se reproduzir, pra fazer uma foto bonita pras pessoas postarem. No turismo responsável, as pessoas devem ir pra natureza para apreciar o bicho no ambiente onde ele vive, comendo, se reproduzindo, brigando, mas natural e não modificar o ambiente dele”, declarou.

Mais do que o risco para os animais silvestres, a pesquisadora alerta que interagir com animais de vida livre é perigoso também para as pessoas. Os animais silvestres vivem em equilíbrio em seu habitat, e quando esse equilíbrio se quebra por interferência das pessoas, podem transmitir doenças para o ser humano, e depois esses animais acabam sendo perseguidos e até mortos por representarem ameaças à saúde das pessoas. O ideal é encontrar o equilíbrio nessa convivência, respeitando os limites de aproximação e interação. Neiva alerta os turistas: “Muitas vezes as pessoas vão em um empreendimento desses de boa-fé, achando que estão fazendo um turismo ecológico, sustentável e responsável, mas na realidade é totalmente inadequado e não é um turismo que a gente recomenda. Não é justo e não é correto domesticar ou cevar araras ou qualquer animal silvestre só pra turista tirar foto” .

Minha experiência com arara azul domesticada

Por Claudia Gaigher

Eu cheguei em Mato Grosso do Sul como repórter em 1998 e estava no auge essa possibilidade de interação com a fauna. Na época achei maravilhoso ter a oportunidade de registrar e imortalizar esses encontros. Mas com os anos, viajando com os pesquisadores e aprendendo com eles sobre as descobertas feitas em inúmeros estudos, hoje entendo a mudança de abordagem quando o assunto é turismo de observação de fauna e fotos com animais silvestres.

É como um troféu, exibir um vídeo ou uma foto de um animal. Muitos querem interagir e registrar o momento com araras azuis no colo, com um macaco lindinho que furtivamente pegou a comida na mão do visitante ou até acariciar uma anta enorme.

Mas qual é o limite dessa aproximação?

Por experiência própria posso dizer que tocar, pegar no colo, deixar pousar no ombro, acariciar, não é o mais indicado.

Em 2018, uma arara canindé acostumada com os moradores da fazenda estava perto da gente e o funcionário a trouxe no braço e passou pro meu ombro. Ela pousou mansamente e brincou com o meu cabelo. Eu fazia uma reportagem em uma fazenda em Maracaju, Mato Grosso do Sul. A pauta nem era sobre animais silvestres, era sobre vacas. Mas por acaso tinha lá na sede essa arara Canindé que vivia por ali. Eu achei pitoresco uma arara de vida livre pousada no meu ombro. Foram alguns minutos. A arara logo saiu e voltou pro seu canto no quintal em volta da sede da fazenda. Na hora eu senti a garganta arranhar como se eu tivesse engasgado e eu percebi que tinha inalado alguma coisa. Mas passou o incômodo nas narinas e segui trabalhando. Não levei isso a sério.

Terminei a reportagem.

Dias depois comecei com uma tosse seca acompanhada de uma febre não muito alta. Segui a vida nas viagens de trabalho e consultei um otorrinolaringologista que me prescreveu um remédio pra gripe. Mas a tosse não passou, aumentou de intensidade e a febre também.

Duas semanas depois, mesmo tendo tomado antibiótico pra gripe, eu permanecia prostrada na cama, suando frio, sem voz porque os acessos de tosse afrouxaram as minhas cordas vocais. Eu tinha calafrios e uma imensa dificuldade para respirar. Fui parar em um pneumologista. Meu estado era deplorável, grave. Eu mal conseguia respirar, fazia muita força para o ar entrar nos pulmões. Dar dois ou três passos era um esforço imenso e eu ficava arfando.

O pneumologista fez uma broncoscopia, coletou amostras de secreção e fez o diagnóstico: eu estava com Psitacose. Conhecida também como a ‘febre do papagaio’, clamidiose, psitacose ou ornitose. É uma doença causada pela bactéria Chlamydia psittaci. Uma zoonose transmitida por aves silvestres, particularmente por pscitacídeos, que são os periquitos, papagaios, araras, calopsitas.

Naquele dia que a arara Canindé pousou no meu ombro, eu inalei alguma penugem com fezes ressecadas da tal arara e essa bactéria se instalou em meus pulmões, provocando uma pneumonia. Como o diagnóstico foi tardio, quem vai pensar que peguei uma doença de uma arara silvestre? o quadro estava avançado e além dos remédios para inalações feitas três vezes ao dia, eu tive de tomar por mais de um mês a medicação específica para conter essa bactéria e não ter recidiva. Levei quase um ano para voltar a respirar normalmente e me livrar de um cansaço constante.

Conto essa passagem pessoal porque eu sou acostumada a viajar e estar em contato com a natureza e animais silvestres. Mas essa experiência serviu de alerta pra entender por que os pesquisadores pedem tanto para as pessoas não tratarem animais silvestres como bichinho de estimação, nem que seja apenas por alguns minutos durante um encontro para uma foto inesquecível durante um passeio de férias.

  • Claudia Gaigher

    Jornalista ambiental especializada na cobertura dos biomas brasileiros, em especial o Pantanal

Leia também

Reportagens
18 de agosto de 2020

Fogo no Pantanal ameaça um dos maiores santuários da arara-azul

Desde o final de julho de 2020 as queimadas ameaçam a Fazenda do São Francisco do Perigara, uma das mais importantes áreas para as araras-azuis no Pantanal

Notícias
13 de setembro de 2019

Incêndio no Pantanal atinge 61% do Refúgio Ecológico Caiman, santuário das araras azuis

Fazenda desenvolve trabalhos na preservação de onças e araras e é um importante ponto do turístico ecológico no Pantanal. Desde segunda, 35 mil hectares foram queimados

Reportagens
29 de novembro de 2022

Desmate do Pantanal reduz grupos do papagaio-verdadeiro

Longo estudo constatou uma redução de um terço na renovação de populações onde o bioma foi prejudicado por desmate e pastagens exóticas. Espécie também é forte vítima do tráfico

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Comentários 2

  1. Marcelo diz:

    Conhecemos seu Moacir desde sempre, a reportagem não fala a verdadeira verdade … Os animais sempre solto na fazenda dele …
    Ele ajuda na preservação dos animais, principalmente as araras… Elas sempre soltas …
    Poderia orientar ele como proceder, e ajudar a montar um Crass, porém julgar e expor não se revolve os problemas …
    Agora quero ver oeco fazer uma matéria sobre o avanço da lavoura que está destruindo habitat dos animais silvestre, várias casas de araras, e muitos animais destruído de um dia para o outro!
    Temos que incentivar os que querem ajudar, não ganhar visualização com a materia que nao conta toda a história do seu Moacir!
    Vou esperar a Materia falando sobre o avanço das lavouras na serra da Bodoquena, e o desastre irreversível que estão com a fauna local


    1. Paulo Albuquerque Filho diz:

      Matou a pau no comentário. Tanta irregularidade por aí, causando danos irreversíveis ao meio ambiente e o senhor IBAMA aparece pra lacrar junto com outros lacradores. Há muitos anos as araras, não só azuis, como vermelhas, canindés e até híbridas fazem parte desse atrativo, o Ibama deveria orientar em vez de sair multando. Conheço há muitos anos Senhor Moacir, a fazenda Água Limpa e o atrativo Cachoeiras do Rio do Peixe , nunca presenciei maus tratos, muito pelo contrário. Mas volto a repetir, se realmente fosse esse o caso, deveria ser melhor orientado o proprietário. E outra se a moda pega, vai ter muito atrativo sendo multado, pois esse tipo de prática existe em centenas de atrativos.