
Em 1962, a bióloga norte-americana Rachel Carlson lançou o livro que, para muitos, é o embrião do movimento ambientalista mundial: “Primavera Silenciosa”. Através de análises acuradas, ela descobriu que o DDT (pesticida mais usado na época em cultivos agrícolas) causava câncer em animais e seres humanos. Alguns anos depois, o fertilizante que deu ao químico suíço Paul Hermann Müller, seu descobridor, o Nobel de medicina em 1948 foi banido de diversas nações – inclusive os Estados Unidos.
Usado para combater vírus como o da malária e dengue, o DDT foi proibido na agricultura brasileira em 1985. Na ocasião, porém, seu uso continuou liberado para o controle de doenças. O panorama mudou nesta sexta-feira, quando o Diário Oficial da União publicou a Lei 11.936, assinada pelo presidente Lula. A partir de agora, estão proibidos no país “a fabricação, a exportação, a manutenção em estoque, a comercialização e o uso de diclorodifeniltricloretano (DDT)”.
Todos os estoques deste pesticida espalhados pelo Brasil terão trinta dias para a incineração – com os devidos cuidados contra a poluição do ambiente e “riscos para a saúde humana e animal”. A notícia é ótima. Pena que demorou tanto para sair.
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Bom dia, apenas um pequeno detalhe o DDT é um pesticida e não um fertilizantes com está no texto.