O relatório Projeções do Clima do Reino Unido 2009 foi divulgado hoje em Londres e mostra que, sem ações globais urgentes para reduzir a poluição que causa o aquecimento do planeta, o Reino Unido pode enfrentar invernos com temperaturas mais altas e mais chuvosos, verões mais quentes e secos, erosões no litoral e um clima em geral mais severo. Conforme as estimativas do governo britânico, o país deverá experimentar, por volta de 2080, um aumento nas temperaturas médias de verão entre 2 e 6 ºC, uma redução de 22% no índice médio de chuvas no sudeste do país no verão e um aumento de 16% nas chuvas no nordeste durante o inverno, além de um auumento de 36 centímetros no nível das marés. Isso com um cenário de elevação média no lançamento de gases estufa no globo. Se a emissão seguir desenfreada, as temperaturas poderiam chegar a 12 ºC além nos dias mais quentes do verão. Os picos ultrapassariam os 40 ºC em Londres, em julho e agosto.
“Não resta dúvida, as mudanças climáticas são o maior desafio que o mundo enfrenta hoje. As mudanças climáticas já estão acontecendo. Os dez anos mais quentes já observados ao redor do globo foram registrados a partir da década de 1990. Esta evidência científica mostra não apenas que precisamos combater as causas das mudnaçcas climáticas, mas que precisamos lidar com as consequências. As Projeções do Clima do Reino Unido 2009 irão permitir que nos certifiquemos de ter uma infra-estrutura resiliente, seja na projeção de prédios escolares ou na proteção de novas usinas de nergia, na manutenção do suprimento de água potável, ajuste da agricultura para verões mais secos ou no entendimento de como teremos que nos adaptar em nossas casas e empresas”, disse o secretário do Meio Ambiente britânico Hilary Benn, conrforme nota distribuída pela embaixada do país em Brasília.
Evidências como essas encurtam o tempo e elevam a pressão global por ações contra as mudanças do clima. Para isso, também é fundamental um acordo efetivo na Conferência das Partes sobre o Clima das Nações Unidas, em Copenhague, em dezembro.
“A ciência está nos pressionando mais forte que nunca para alcançarmos um acordo global em Copenhague, em dezembro. Essas projeções somam-se ao acachapante conjunto de evidências científicas que afirmam que a humanidade precisa cortar emissões de carbono para evitar um futuro de padrões climáticos extremos que poderiam ameaçar a vida de populações ao redor do planeta, além de colocar em perigo fauna, flora e vida marinha”, disse o ministro britânico de Energia e Mudanças Climáticas Ed Miliband, também segundo aquela embaixada.
Veja aqui o plano do Reino Unido para combate às mudanças do clima.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




