Serão, no mínimo, muito interessantes as audiências públicas que serão programadas pela comissão especial do Código Florestal na Câmara, com as empresas Bradesco, Volkswagen, Coca-cola, Colgate-Palmolive, American Express, Aracruz, Bunge, Klabin, Sadia, Companhia Siderúrgica Nacional, Caemi Mineração e Metalurgia e Votorantim. Explicamos. É porque esses grupos, além de financiarem a ong SOS Mata Atlântica, como apontou o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), e também deputados da nova frente parlamentar nacionalista, como mostrou O Eco, também apoiam entidades civis em ações pontuais ou permanentes.
Por exemplo, a Klabin apoia a SOS Mata Atlântica e financiou parte das campanhas de Duarte Nogueira (PSDB/SP), Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), Eduardo Sciarra (DEM/PR), Odacir Zonta (PP/SC), Cezar Silvestri (PPS/PR), Osmar Júnior (PCdoB/PI), André Vargas (PT/PR) e Valdir Colatto (PMDB/SC). A Bunge, que apoio campanhas de Duarte Nogueira (PSDB/SP), Moacir Micheletto (PMDB/PR), Júlio Cesar (DEM/PI), José Maia Filho (DEM/PI) e Waldemir Moka (PMDB/MS), é parceira da ong Conservação Internacional na chamada Aliança BioCerrado. A Bunge também integra a Abiove – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, parceira do Greenpeace, Conservação Internacional, Ipam – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, The Nature Conservancy e WWF na moratória da soja na Amazônia.
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As cores do novo ambientalismo
Arautos do nacionalismo
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