
No evento, que reuniu prefeitos, secretários municipais de meio ambiente e autoridades do governo federal, além da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi feito um balanço das ações em 2010 e o estabelecimento de novas iniciativas para o próximo ano. Ficou prevista a criação, em 2011, de um sistema de monitoramento municipal. A ideia é acompanhar de perto a evolução da redução das áreas desmatadas e poder cobrar dos governos estaduais e federal que sejam cumpridos os acordos da operação. O município de Paragominas, no sul do Pará, foi o primeiro a sair da lista dos maiores desmatadores. Comparado com o período anterior, houve uma redução de 13% da área desmatada. Algumas ações que permitiram a saída de Paragominas da lista foram o georreferenciamento de todas as propriedades do município, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para 80% das propriedades e a redução de 300 para 16 o número de serrarias em atividade.
Segundo Paulo Cabral, secretário-executivo da Arco Verde, em 2011, o esforço do governo, estados e municípios será no sentido de levar assistência técnica, crédito, transferência de tecnologia e avançar na regularização fundiária. As ações, que envolvem 14 órgãos públicos, têm como meta a mudança da economia nesses municípios.
De acordo com os números apontados no balanço, a Operação Arco, conjunto de medidas que começou com o mutirão realizado em 2009, empreendeu ao todo cerca de duas mil ações, das quais mais de 85% foram concluídas e as demais são de longo prazo ou contínuas. O programa Terra Legal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, promoveu a regularização fundiária de mais de 285 propriedade rurais e 17 urbanas, e tem cadastradas 21 mil propriedades.
Izabella Teixeira disse na ocasião que a queda do desmatamento da Amazônia, em especial nos municípios da operação, é o resultado das atividades de comando e controle e de alternativas de desenvolvimento sustentável.(Nathalia Clark)
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