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Claudio Maretti toma posse como presidente do ICMBio

Geólogo trabalha há 30 anos com áreas protegidas, tem reconhecimento internacional e deixa cargo no WWF. Cerimônia ocorreu na tarde de quinta.

Redação ((o))eco ·
22 de maio de 2015 · 10 anos atrás

Maretti e a ministra Izabella Teixeira, durante cerimônia de posse realizada hoje. Foto: Paulo de Araújo/MMA
Maretti e a ministra Izabella Teixeira, durante cerimônia de posse realizada hoje. Foto: Paulo de Araújo/MMA

Oficialmente, o Instituto Chico Mendes trocou de comando na última sexta-feira (15), quando saiu a nomeação no Diário Oficial da União. Mas o ritual de troca ocorreu na tarde desta quinta-feira, quando Cláudio Maretti, tomou posse como o novo presidente do ICMBio, na presença da ministra Izabella Teixeira, de Francisco Gaetanio, Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Roberto Vizentin, seu antecessor.

Vizentin fez questão de entregar o broche do ICMBio e sua caneta a Maretti: “Nós não temos a mudança de faixa, mas temos nossas tradições”.

A ministra alongou-se no discurso de agradecimento a Vizentin por sua gestão. Segundo a ministra, ele chegou ao ICMBio quando o órgão passava por uma fase difícil: “É até injusto eu ter pedido para você sair, Vizentin, no exato momento em que as coisas começam a caminhar”.

Izabella afirmou que hoje a situação é mais tranquila do que em 2012, mas que o órgão terá “um ano muito duro” por causa do ajuste fiscal.

Já empossado, o novo presidente destacou como objetivos o aumento da eficácia, estruturação estratégica, coesão técnica e a defesa da do respeito ao instituto. No discurso, foi emotivo e agregador:

A sociedade preza a biodiversidade, defende a natureza e quer boas unidades de conservação, mas também, ou sobretudo, porque elas representam paz, liberdade, saúde mental e física, lazer, prazer, reconexões com seus íntimos, adoração divina… Porque somos parte da natureza. Porque a biodiversidade é parte de nós” (Leia o discurso de posse na íntegra)

Currículo

Cláudio Maretti é especialista em gestão ambiental e trabalha há 30 anos com áreas protegidas, zoneamento e comunidades locais. Antes de assumir a presidência do ICMBio, foi líder por 4 anos da Iniciativa Amazônia Viva (Living Amazon Initiative – LAI) da Rede WWF. Ao todo, trabalhou 12 anos no WWF.

Formado em geologia pela Universidade de São Paulo (USP), Maretti fez mestrado em geotecnia e doutorado em geografia humana, com tese sobre gestão territorial comunitária no oeste africano.

Participou ativamente da implementação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), considerado o maior esforço de conservação local da biodiversidade no mundo, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e financiado com recursos do Global Environment Facility (GEF), do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), da Rede WWF e do Fundo Amazônia.

Ele também é membro do Conselho Mundial da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN). Em novembro de 2014, no Congresso Mundial de Parques, Maretti recebeu o Fred Packard Award em reconhecimento à carreira dedicada a áreas protegidas.

 

 

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