Agentes brasileiros voaram de Brasília (DF) na manhã da terça-feira (22) e retornaram no fim da tarde de quarta-feira (23) para o Aeroporto de Guarulhos (SP) com 7 micos-leões dourados e 5 araras-azuis-de-lear.
Os animais foram apreendidos nos arredores da capital Paramaribo em meados de julho e teriam lá chegado por rotas de tráfico desde o Brasil que cruzaram a Guiana, já na Amazônia, como adiantou ((o))eco.
A operação traria 29 aves, mas 24 foram roubadas logo antes da volta. Ainda ninguém foi detido pela polícia surinamesa e não há detalhes sobre o destino dos animais. Órgãos policiais e ambientais brasileiros acompanham o caso.
A pilhagem das aves engrossa representações da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS) ao Ministério Público Federal (MPF) pedindo ações céleres do poder público para protegê-las.
Esta semana, o deputado federal Felipe Becari (União-SP) cobrou explicações dos ministros Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Flávio Dino, da Justiça, sobre o sumiço das araras no Suriname.
“Se as araras foram apreendidas pelo governo do Suriname em julho, por que a operação de resgate brasileira só se deu ao final do mês de agosto? O que explica este lapso temporal?”, questiona o parlamentar.
Em maio, 3 araras-de-lear foram apreendidas em Bangladesh, no sul da Ásia. Como ((o))eco contou, autoridades de lá informaram este mês a ((o))eco que as aves morreram. O governo brasileiro não teria obtido contato com a administração bengalesa, até agora.
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