Um ano após o lançamento, o Programa Adote um Parque, do Ministério do Meio Ambiente, só conseguiu a oficialização de apenas uma adoção, feita pela Coca-Cola. Outras sete propostas seguem paralisadas. O fracasso da iniciativa foi tema de uma nota técnica lançada semana passada pelo Política por Inteiro.
O programa busca a adoção, por pessoas físicas ou jurídicas – nacionais ou estrangeiras – de uma das 132 unidades de conservação na Amazônia, por até cinco anos. Apesar de incluir pessoas físicas no decreto de criação, o chamamento para a primeira etapa do programa (Portaria MMA 73/2021) só permitiu a adoção por empresas. Ao todo, 8 delas participaram do processo, embora apenas a Coca-Cola tenha chegado à adoção de fato – da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Javari Buriti, no Amazonas, por 658 mil reais. O restante que participou da assinatura do protocolo de intenções está com o processo de adoção parado.
Até mesmo a segunda etapa do programa, lançada no fim do ano passado com foco na adoção de trilhas em Unidades de Conservação na Caatinga, segue no limbo. Até o momento não houve propostas.
Além da baixa efetividade, a nota técnica feita pelo Política por Inteiro destaca outros problemas no programa, como a falta de informações públicas sobre seu progresso e a falta de consulta às comunidades tradicionais que moram nestas unidades de conservação e que deveriam ser ouvidas se desejam participar do programa. Em agosto de 2021, ((o))eco fez uma reportagem sobre como o Adote não estava respeitando o direito de consulta das comunidades tradicionais.
Leia o relatório do Política por Inteiro na íntegra:
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