Criado no ano passado, o Dia Mundial do Albatroz (19 de junho) é uma data para chamar atenção da população sobre os riscos que albatrozes e petréis correm nos oceanos. O mau manuseio dos equipamentos de pesca e a poluição dos mares com plásticos e outros resíduos estão entre os fatores que agravam a situação desses animais. Diante deste cenário, a ação terá como tema, neste ano, “Garantindo Pescarias Compatíveis com a Conservação dos Albatrozes”.
O objetivo da temática da data, em 2021, é mostrar as melhores práticas na pesca para a conservação de albatrozes e petréis. Em busca de alimentos, essas aves ficam com os bicos presos em anzóis ao tentarem comer moluscos vivos usados como iscas na pescaria. Em muitas ocasiões, elas têm seus bicos decepados ou morrem afogadas.
Estima-se que a má conduta de pescadores mata aproximadamente 40 mil albatrozes e petréis anualmente.
Em seu segundo ano, a ação vai destacar em seus materiais informativos duas espécies: o Albatroz-de-Tristão (Diomedea dabbenena), típicos das Ilhas Gough e o Albatroz-de-Galápagos (Phoebastria irrorata), espécie endêmica da região do Equador. Ambos foram classificados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como criticamente em perigo de extinção.
A data foi instituída pelo Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), formado pela união dos 13 países por onde as aves passam para se alimentar. Além do Brasil, a Argentina, a Austrália, a África do Sul, o Chile, a Espanha, o Equador, a França, a Nova Zelândia, a Noruega, o Peru, o Reino Unido e o Uruguai são signatários do acordo. O ACAP conta com o apoio de Tatiana Neves, coordenadora do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras.
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