Um estudo publicado na revista Nature Communications concluiu que, de 2000 a 2019, foram gastos, em média, 140 bilhões de dólares por ano foram gastos em danos causados por tempestades, ondas de calor, secas, deslizamentos e outros eventos climáticos extremos. O estudo também constatou que mais de um bilhão de pessoas foram afetadas por impactos climáticos ao longo de vinte anos.
Essa conta, tanto de custos financeiros quanto humanos, pode ser ainda maior, já que há falta de dados vindo de países em desenvolvimento, dizem os pesquisadores.
O professor Ilan Noy, da Victoria University of Wellington, na Nova Zelândia, responsável pelo estudo juntamente com Rebecca Newman, afirmou ao The Guardian que, apesar da estimativa principal de 140 bilhões de dólares já ser um grande número, essa referência pode ser um “eufemismo significativo”, devido à falta de dados de pessoas mortas ou danos econômicos em alguns locais. O número de mortes por ondas de calor, por exemplo, só estavam disponíveis na Europa. “Não temos ideia de quantas pessoas morreram devido às ondas de calor em toda a África Subsaariana.”
A pesquisa foi realizada a partir do cruzamento de informações de quanto as mudanças climáticas agravou os fenômenos meteorológicos e dados econômicos de perdas, tanto de vidas quanto de bens materiais.
*Editado às 18h10 do dia 11 de outubro para corrigir uma informação. Ao contrário do que afirmamos antes, a estimativa não é 140 bilhões de dólares em 20 anos, mas um custo de U$ 140 bi por ano nos últimos 20 anos.
Leia também
O ano dos extremos – 2023 já está marcado pela fúria da natureza
Ainda nem acabou, mas 2023 já contabiliza recordes de temperatura e eventos climáticos extremos. ((o))eco compilou os principais deles (até agora) →
Onda de calor atinge nove estados brasileiros
Temperaturas podem ficar 5°C acima da média até o fim da semana →
Eventos extremos e governança climática
Preparar a humanidade para enfrentar eventos extremos implica a capacidade de estruturar a governança e construir estruturas defensivas eficientes. É comum que governos ineficientes justifiquem a inação com meias medidas →