Reunidos em Londres em meados deste mês, representantes do Brasil, Colômbia, França, Alemanha, Gana, Indonésia, Malásia, Noruega e Reino Unido, ongs e Banco Mundial avançaram no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, sigla em Inglês).
Apresentada na 28ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção sobre Mudança do Clima, a proposta multinacional espera que o Fundo angarie o hoje equivalente a mais de R$ 700 bilhões, de doações e de governos.
O dinheiro deverá pagar os países por cada hectare de floresta tropical mantido ou restaurado.
Na reunião em Londres, organizada pelas Nações Unidas, foram debatidos pontos como os critérios ambientais para os repasses dos recursos, arranjos financeiros e governança do Fundo.
“O TFFF, que será complementar a mecanismos como o REDD+ e mercados de carbono, será lançado para a COP30, que o Brasil sediará em Belém, no Pará, em novembro”, disse em sua Rede Social a Secretária Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Como ((o))eco mostrou em sua cobertura da 16a Conferência das Partes (COP16) da Convenção da Diversidade Biológica, na Colômbia, em novembro passado, o montante atualmente projetado para o TFFF é metade do proposto pelo Brasil na COP28 do Clima.
Leia também

Fundo de investimentos inovador pode injetar mais recursos para manter e restaurar florestas
A proposta é mobilizada por Brasil e outros 11 países na COP16 da Biodiversidade. Dinheiro pode chegar a outros ecossistemas →

Mirando o desmatamento zero, Brasil avança em novo fundo de preservação
Na COP29, coalizão de países com grandes porções florestais dá mais um passo na formulação de entendimento comum sobre o que querem para o futuro →

Brasil precisa fortalecer ações de proteção de florestas para cumprir metas internacionais, aponta estudo
Em artigo publicado em Perspectives in Ecology and Conservation, pesquisadores do Inpe e do Cemaden discutem desafios e soluções para a redução das emissões de CO2 do país →