O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou a realização de concursos públicos com total de 814 vagas, sendo 676 em 17 unidades de pesquisa e 138 no próprio Ministério. Para as unidades de pesquisa, estão previstas 253 vagas para o cargo de Pesquisador, 265 para o de Tecnologista e 158 para o de Analista em Ciência e Tecnologia. A quantidade de vagas de Analista poderá variar em 10% para mais ou para menos, segundo a publicação. Já para o Ministério, todas as vagas são de Analista em Ciência e Tecnologia. Os candidatos deverão ter ensino superior completo. O anúncio ocorreu em portarias publicadas na última quinta (13).
As instituições de pesquisa com mais vagas previstas são o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com 132; o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com 75; e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), com 53. O quadro completo pode ser conferido na portaria. A diretoria de cada instituto ficará responsável pela realização do concurso para sua unidade, podendo formar consórcio com outras. Cada concurso terá seu edital publicado até o dia 10 de setembro.
Os concursos serão os primeiros para o ministério desde 2012, segundo a própria pasta. Nesse cenário, o déficit de servidores vem se agravando. Um levantamento feito pelo site R7, em março, mostrou que o Ministério da Ciência e Tecnologia está com praticamente metade de seus cargos vagos: 2.840, contra 2.844 cargos preenchidos. No INPE, por exemplo, que no ano passado atingiu seu menor número registrado de servidores (707), o número deveria ser no mínimo o dobro: 1,4 mil, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT).
Leia também
Governo autoriza novo concurso público para o Ministério do Meio Ambiente
Portaria foi publicada hoje no Diário Oficial. Serão 98 vagas para Analista Ambiental. MMA deve lançar edital do concurso em até seis meses →
“O INPE está abandonado”, diz Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto
Segundo cientista, mesmo que os investimentos voltem, vai demorar de dois a três anos para órgão de pesquisa se recompor →
Servidores do INPE repudiam tentativa do governo de excluir instituto da “requalificação” do desmatamento
Na última semana, governo criou “Câmara Consultiva” para qualificar o que pode ou ser ser enquadrado como desmatamento e queimada. INPE não está no grupo →