Imaflora é reconhecido pela ONU por contribuição à agricultura sustentável

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) recebeu, nesta quarta-feira (15), um prêmio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) pelo trabalho de cálculo de emissões do setor agropecuário no âmbito do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). A homenagem fez parte das comemorações pelos 80 anos da FAO, que reconheceu projetos inovadores voltados à gestão sustentável da terra, do solo e da água, pilares fundamentais para a segurança alimentar global.

Criada em 1945, a FAO é a principal agência internacional dedicada à erradicação da fome e à promoção de práticas sustentáveis na produção de alimentos. No Brasil, o SEEG, coordenado pelo Observatório do Clima, é responsável por desenvolver estudos e estimativas anuais sobre emissões de gases de efeito estufa. O Imaflora atua na frente agropecuária do projeto, consolidando dados que orientam políticas públicas e ações de mitigação das mudanças climáticas.

“Esse prêmio é um marco para o Imaflora. Ele reflete nosso alinhamento com os propósitos da FAO de enfrentar os desafios da produção de alimentos de forma integrada”, afirma Gabriel Quintana, analista em Ciência do Clima do instituto. Segundo ele, a premiação reconhece o esforço contínuo da equipe em aprimorar a compreensão sobre as emissões e remoções do setor agropecuário, fornecendo subsídios técnicos para decisões mais sustentáveis.

A iniciativa busca fortalecer uma agricultura resiliente, capaz de reduzir emissões, adaptar-se às mudanças do clima e manter a produtividade sem comprometer os recursos naturais. “É um trabalho que conecta ciência, dados e políticas públicas, gerando conhecimento e autonomia para que outros atores também possam tomar melhores decisões. Esse reconhecimento pela FAO reforça que estamos no caminho certo, contribuindo não só com o Brasil, mas com outros países que se inspiram nessa experiência”, completa Quintana.