Os campos rupestres são ambientes particulares e riquíssimos em biodiversidade, mas ilustres desconhecidos da maior parte das pessoas, que dirá das crianças. Com o objetivo de apresentar a criançada as plantas e animais que ocorrem neste ecossistema dentro do Parque Estadual da Serra Negra, em Minas Gerais, pesquisadores deram luz ao livro “Colorindo os campos rupestres”. A publicação é a primeira de uma série direcionada à educação infantil e alfabetização ecológica e será distribuída na rede de ensino do município mineiro de Itamarandiba, vizinho do parque. O livro também está disponível gratuitamente online para quem quiser baixar e imprimir por conta própria.
A publicação é parte do projeto de ecologia e recuperação da coroa-de-ita (Uebelmannia buiningii), cacto raro e ameaçado com distribuição restrita aos campos rupestres do município de Itamarandiba. A iniciativa é executada pelo Instituto Jurumi em parceria com o ICMBio, Embrapa-Cenargen e o Parque Estadual Serra Negra.
“Esperamos fortalecer as escolas e as crianças em relação ao conhecimento da biodiversidade local e a fauna, mas também chamar a atenção para a proteção do Parque Estadual Serra Negra. Logo, a comunidade, nesse contexto, deve ser inserida em todo o processo de conservação dessa área”, diz Suelma Ribeiro, ecóloga e uma das autoras da obra.
Além de conhecer e colorir figuras como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o pau-santo, as crianças também terão espaço para desenhar e reproduzir as características das espécies retratadas no livro.
A obra, lançada pela Editora Mil Folhas, contou com apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) e do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).
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