Salada Verde

O apocalipse não veio, mas a multa pela infração ambiental virá

Dupla que foi deixada de helicóptero e acampou sem autorização no cume do Dedo de Deus desde 02/09 finalmente desce com apoio de escalador

Duda Menegassi ·
13 de setembro de 2021 · 3 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

A saga dos dois homens que ganharam as manchetes na última semana por terem sido deixados sem autorização por um helicóptero no cume do Dedo de Deus, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, e acampado por lá, contra as regras do parque, durante 9 dias, finalmente acabou. E o fim não veio com o apocalipse que os dois previam ao tocar suas trombetas ao longo da última semana, mas sim com uma multa que será dada pelo ICMBio por descumprir as regras estabelecidas em unidades de conservação que pode custar de R$500,00 a R$10.000,00. Os dois ficaram “ilhados” no cume, a 1.692 metros de altitude, desde o dia 02/09, quando um helicóptero os deixou lá sem autorização do parque e, desde então, montaram acampamento no Dedo de Deus, também de forma irregular, uma vez que a atividade não é permitida no local. Sem equipamento de escalada e sem resgate de helicóptero, de acordo com uma fonte local ouvida por ((o))eco, os dois teriam finalmente descido no sábado (11) com apoio de um escalador.

Em nota, o ICMBio confirmou que “as duas pessoas identificadas no cume do Dedo de Deus, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, já deixaram o local” e que “adotará as medidas legais em relação aos responsáveis”, mas não especificou qual será o valor da multa para os infratores ou deu detalhes sobre como foi a descida dos dois.

Anteriormente, o ICMBio já havia informado que não faria uma retirada forçada da dupla, no cume desde o dia 02/09, porque a ação demandaria equipes altamente treinadas e equipamentos próprios, e traria um grave risco à segurança das equipes e dos próprios infratores. Além dos dois homens, a empresa aérea responsável pelo helicóptero que deixou os dois no cume já foi autuada pelo ICMBio no valor de R$2.100,00.

  • Duda Menegassi

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

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Comentários 1

  1. Damiana diz:

    Se fosse do candomblé o ICMBio levaria o pessoal de helicóptero e ainda forneceria todo recurso para ficarem lá.