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Em meio a um dos piores incêndios da história da Austrália, autoridades do país estão alimentando os animais isolados pelas chamas com legumes que chegam via helicóptero. Desde sábado, já foram mais de 2 toneladas de legumes frescos lançados para alimentar cangurus, coalas, gambás.
O estado de Nova Gales do Sul, localizado na parte sudoeste do país, é uma das regiões mais atingidas pelas chamas. O National Parks and Wildlife Service (NPWS) – agência governamental de conservação – montou a “Operação Rock Wallaby” (wallaby é uma espécie de canguru de menor porte e estão entre as espécies mais afetadas pelos incêndios) para alimentar os animais.
Através de helicópteros, as equipes do NPWS estão lançando cenouras e batata-doces para garantir a sobrevivência dos animais.
A operação foi divulgada pelo ministro australiano da Energia e do Meio Ambiente, Matt Kean, através da sua conta oficial no Twitter.
Em entrevista ao canal de TV americana CNN, o ministro afirmou que os cangurus geralmente sobrevivem ao fogo, “mas ficam presos com número limitado de alimentos naturais, à medida que o fogo destrói a vegetação ao redor de seus habitats rochosos”.
Operation Rock Wallaby 🦘- #NPWS staff today dropped thousands of kgs of food (Mostly sweet potato and carrots) for our Brush-tailed Rock-wallaby colonies across NSW 🥕🥕 #bushfires pic.twitter.com/ZBN0MSLZei
— Matt Kean MP (@Matt_KeanMP) January 11, 2020
Desde setembro do ano passado, a Austrália sofre com um incêndio de grandes proporções que já resultou na morte de 27 pessoas e em milhares de animais mortos. A estimativa mais conhecida, do professor Chris Dickman, da Universidade de Sydney, afirma que 1 bilhão de animais foram afetados pelos incêndios. Parte desses animais foram mortos e outra parte perdeu o habitat e comida disponível para as chamas. Os dados são baseados em um relatório feito em 2007 pela ONG WWF sobre o impacto do fogo no estado de Nova Gales do Sul.
Para o combate às chamas, a Austrália conta com cerca de 3700 bombeiros, 3 mil reservistas das Forças Armadas, mais de 240 equipes de bombeiros vindas das Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá.
Temperaturas superiores a 40ºC, chuvas escassas e um longo período de seca estão entre os fatores que podem ter provocado os incêndios que assolam o país há 4 meses.
Câmeras flagram os animais se alimentando dos legumes lançados. Veja
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