O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, notificou o presidente Jair Bolsonaro a explicar as suas declarações de que Organizações Não-Governamentais (ONGs) poderiam estar por trás das queimadas na Amazônia.
As acusações foram feitas no dia 21 de agosto.
“O crime existe, e nós temos que fazer o possível para que não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs, repasses de fora, 40% ia para ONGs, não tem mais. De modo que esse pessoal está sentindo a falta de dinheiro. Pode estar havendo, não estou afirmando, a ação criminosa desses “ongueiros” para chamar a atenção contra minha pessoa e contra o governo do Brasil, declarou Bolsonaro, na época.
Dois dias depois às afirmações de Jair Bolsonaro, a Associação Alternativa Terrazul, com sede em Fortaleza, no Ceará, entrou no STF com um pedido de explicações ao presidente em que ele teria que responder algumas perguntas como: quais são as ONGs suspeitas de terem provocado as queimadas, quais organizações tiveram o repasse de verbas cancelado, quais as provas ou indícios que o Presidente tem, por exemplo.
Alexandre de Moraes acatou o pedido da Associação Terrazul por achar a solicitação procedente por estar prevista no artigo 144 do Código Penal, que trata de crimes contra a honra.
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