Sem dinheiro e sem gente

De Mauricio MercadanteDiretor de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente “Assinar decretos [de criação de unidades de conservação] é, às vezes, fácil.” Esta frase, para perplexidade dos que militam na área ambiental, foi dita por nada mais nada menos do que Maria Tereza Jorge Pádua. Qualquer pessoa, sem exceção, poderia, no Brasil, ter dito esta frase. Menos Maria Tereza Jorge Pádua. Dita por qualquer pessoa, seria desculpável, por ignorância. Dito por Maria Tereza Jorge Pádua, é imperdoável. Criar unidades de conservação não é e nunca foi fácil. E Maria Tereza o sabe muito bem. Maria Tereza se orgulha, com razão, de ter comandado, em tempos idos, o processo de criação de 9 milhões de hectares de parques nacionais e reservas biológicas no País. Em livros e artigos descreveu a heróica luta de uma geração de ambientalistas, dentro e fora do governo, pela criação dessas unidades. Por causa dessa luta, foi premiada e celebrada, com justiça, aqui e no exterior. Seria de se esperar que o sucesso, o reconhecimento, a experiência, tivessem conduzido Maria Tereza a um nível mais elevado de sabedoria, equilíbrio e, por que não, de generosidade. Infelizmente, o conjunto dos artigos publicados em O Eco demonstram à larga que coerência e honestidade intelectual não estão entre os traços mais marcantes da personalidade de Maria Tereza.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

Por Redação ((o))eco
3 de agosto de 2006

Os esquentados

De Paulo Moutinho Coordenador de Pesquisa - IPAM/Sucursal BrasíliaPrezado Sérgio Ótima matéria - “Os esquentados” – publicada em O Eco. São análises, digamos, históricas como esta que trazem a tona os meandros das negociações sobre o clima mundial e coloca em perspectiva as decisões brasileiras (nem sempre acertadas) neste meio. [Vários de nossos] trabalhos relatam a necessidade urgente de se incluir na conta do clima a questão dos desmatamentos tropicais – coisa que o governo brasileiro, como sabes, o maior emissor neste setor, se arrepia só em falar. Neste sentido, estamos batalhando nos últimos anos pelo conceito de “redução compensada do desmatamento”.

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1 de agosto de 2006

Visão do Paraíso, modelo 2006 II

De CarlosExcelente o artigo do Marcos sobre um empreendimento imobiliário na serra fluminense (Visão do Paraíso, modelo 2006). Uma paisagem degradada, que mal abriga uma capoeira, é vendida como um paraíso ecológico. Mas, na verdade, a 'distinta' classe média não está interessada em ecossistemas preservados, mas sim em castelos e outras besteiras que lhe confiram uma aura nobre e sofisticada (ainda não descobriram o Gotha Almanach...). É assustador, mas é tão comum, hoje em dia, a existência de resorts (êta nome chique!) em locais privilegiados que mantêm os hóspedes em atividades intramuros. São boates, shows, jogos, competições, bares, restaurantes (é impressionante como comem!) e outras atividades que ocupam as pessoas o dia inteiro. Praticamente ninguém sai do hotel para conhecer o entorno. Estive em um desses na Costa do Sauípe que se fosse em Nova Iguaçú, ninguém teria notado...Perfeita também a ironia sobre os "melhores climas do mundo". Ninguém sabe explicar o que é exatamente um bom clima (sob que critério? Bom para quem ou para o que?), mas repetem essa besteira nauseabundamente em relação a vários lugares.

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1 de agosto de 2006

Visão do Paraíso, modelo 2006

De Liana OlivierCaro Marcos,Há 22 anos(!), fugi da violência do Rio de Janeiro e mudei-me, com marido e dois filhos, para Teresópolis. Nesse tempo, só vi a degradação da Natureza e da cidade...Péssimos governantes, péssimos vereadores, ruas esburacadas, favelas crescendo da noite para o dia, mendigos aumentando, cachorros abandonados pelos donos que vendem suas casas de campo e soltam os bichos nas ruas, comércio de província com os vereadores impedindo a entrada de indústrias e empresas de grande porte, subempregos (aqui, todo mundo tem o salário mínimo na carteira; e o resto por fora, se quiser trabalhar...), enfim, em 22 anos, Teresópolis desceu um tobogã, regrediu. E não há esperança de melhora! Toda a Região Serrana do RJ está regredindo, com pequenos focos de progresso resistindo.Abraços e parabéns pelo seu texto. É isso aí!

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31 de julho de 2006

O Jaú e a derrota amazônica

De Carlos César Durigan Coordenador Executivo/Executive Coordinator FVA - Fundação Vitória Amazônica Prezado Sr. Marcos Sá Corrêa, Indignação é a palavra para expressar o sentimento que suas mal escritas e mal intencionadas linhas causou entre as pessoas que têm dado sua vida pela construção de um cenário positivo para a conservação da biodiversidade no Rio Negro. Nunca, em seus 16 anos de trabalho árduo, a Fundação Vitória Amazônica (FVA) recebeu tão mal alinhavadas e mesquinhas críticas, cunhadas para denegrir um trabalho sério, ético e reconhecido nacional e internacionalmente. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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25 de julho de 2006

Governo Lula põe e tira

De Mauricio MercadanteDiretor de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente Quem te viu e quem te vê: Maria Tereza elogiando Marina Silva. Há dois anos atrás, neste mesmo site, Maria Tereza dizia que Marina Silva não tinha competência para ser ministra, estava “destruindo tudo o que de bom foi feito por ministros sem nenhuma experiência ambiental prévia, como Krause e Sarney Filho, além, claro, de José Carlos Carvalho, que tinha vasta experiência anterior", e devia voltar para o Congresso onde era o seu lugar. Como se vê, uma mudança e tanto. O que explica a mudança? É simples: não dá para falar hoje sobre unidade de conservação sem fazer menção, por ligeira que seja, ao desempenho do Governo Lula em matéria de criação de unidades de conservação. Está todo mundo vendo, está na cara, é óbvio. Os leitores de O Eco estão acompanhando pari passu os avanços nessa área. Não dá para fingir que não está acontecendo, muito menos ficar metendo o pau o tempo todo. Pega mal. Os leitores de O Eco não são estúpidos.Mas é claro que, para não perder o hábito, no mesmo passo em que elogia (e eu imagino a dificuldade que Maria Tereza deve ter sentido para escrever “Parabéns Marina!”, Maria Tereza prossegue fazendo críticas gratuitas e sem fundamento. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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24 de julho de 2006

Legislar não é brincadeira II

De Mauricio MercadanteDiretor de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio AmbientePrezado Marc,Grato por sua cordial e sincera resposta. Todavia, peço licença para discordar de algumas afirmações suas. Você diz que a Lei do SNUC é um "mostrengo que nada tem a ver com a proposta original". Na minha modesta opinião, a Lei do SNUC preserva rigorosamente a estrutura e o conteúdo básico da proposta original e, como já afirmei, as modificações introduzidas no Congresso melhoraram a Lei, não o contrário. Entendo também que seria necessário demonstrar sua afirmação de que a Lei do SNUC "favorece, no seu próprio texto, os elementos chaves da sua destruição" e, na seqüência, demonstrar que isso "resulta na situação desastrosa das unidades de conservação e da biodiversidade no país."Finalmente, discordo da afirmação de que a Lei do SNUC não funciona, o que não significa dizer, como já disse, que as leis ambientais não tem defeitos ou que não temos problemas para colocá-las em prática. Basta dizer que se não existisse lei instituindo o instrumento ou fundamentando legalmente a criação das unidades de conservação essas áreas simplesmente não existiriam no País. E a despeito de todos os problemas enfrentados para assegurar a efetiva gestão dessas áreas, nenhum de nós negaria o fato de que elas desempenham um papel fundamental na conservação da nossa biodiversidade.Cordialmente,

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2006

Macabro

De Cláudio T. J. Padua Caro Editor,Não tenho nenhuma dúvida de que uma sucuri (Eunectes sp.) possa engolir um homem. Na verdade acho que acontece com frequência maior do que possamos imaginar.No entanto a reportagem exarada na "Salada Verde", datada de 21/07/06 e denominada de Macabro, está mais para reportagem do Show da Xuxa do que para um furo jornalístico com a correta verificação da fonte, o que, espera-se deste sempre imparcial e louvável veículo informativo. Parece que algum "cadete" do tal acampamento de fuzileiros pregou uma peça no reporter responsável. Não sei se por brincadeira ou para denegrir a imagem de O ECO.Na verdade esta cobra trata-se de uma piton e não de uma sucuri. Portanto, provavelmente este fato ocorreu na Asia ou Africa e não aqui.Feito os esclarecimentos, despeço-me.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2006

Dá para acreditar?

De Assessoria de ComunicaçãoSecretaria do Verde e do Meio AmbienteEm resposta à nota da Seção Salada Verde, 06/07/2006, sob o título "Dá para acreditar?", esclarecemos que compete à Prefeitura de São Paulo, através das Subprefeituras, atuar na fiscalização de uso e ocupação de solo.O empreendedor de natureza residencial, comercial ou outra, que consegue o Alvará, preenche os requisitos da Lei. Tecnicamente o aumento do numero de alvarás significa o aumento da fiscalização e a aplicação de parâmetros contidos nas leis que incidem sobre a área.A maioria das ocupações na Área de Proteção aos Mananciais são realizadas à margem da lei e dos padrões urbanísticos e ambientais mínimos. A gestão dessas áreas é compartilhada entre Estado e Município e tem obtido sucesso em seu trabalho de proteção aos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida da população.A preocupação e a ação principal da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo incidem, pois, sobre os processos ilegais. Embora a expansão urbana na área de Mananciais continue, a fiscalização vem se ampliando gradativamente impedindo ocupações e, por vezes, procedendo a desocupação de áreas. Esta pressão do poder público, decerto, também obriga proprietários a buscar a legalização e nesse sentido realizar o uso sustentável dessas áreas.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2006

Legislar não é brincadeira

De Mauricio MercadanteDiretor de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente Marc Dourojeanni, em geral, escreve bons artigos. Chama a atenção para questões importantes, fundamenta suas críticas, contribui para o debate. São artigos consistentes, equilibrados, relevantes. Infelizmente, não se pode dizer o mesmo do artigo “Legislar não é brincadeira”. Ao ler o artigo, eu me perguntei se o Marc tem algum compromisso com O Eco de produzir artigos periodicamente. Colunistas obrigados a produzir artigos periodicamente não raro são vítimas da falta de inspiração. Eu penso que quando uma pessoa não tem algo realmente relevante para dizer, deve optar por não escrever. Assim não perde tempo e, melhor, não toma o tempo do leitor. Marc gasta metade do seu artigo tecendo longos comentários sobre duas questões irrelevantes: o registro de moto-serras e o registro de usuários de tinta spray. Quem sabe por que se irritou na hora de comprar uma moto-serra para podar árvores no sítio ou na hora de comprar uma tinta spray para pintar a geladeira.Clique aqui para ler esta carta na íntegra e a resposta do autor.

Por Redação ((o))eco
18 de julho de 2006