O lucro advindo do saque de recursos naturais resultou num caixa que varia de US$ 91 e 258 bilhões em 2015, um crescimento de 26% em relação ao período anterior. A estimativa vem de um relatório divulgado no sábado (04) pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA), em parceria com a Interpol.
De acordo com as autoridades, o crime ambiental, que inclui o comércio ilegal de animais selvagens, a exploração ilegal de madeira, a exploração ilegal de ouro e outros minerais, a pesca ilegal, o tráfico de resíduos perigosos e fraude de crédito de carbono, é a quarta atividade ilegal mais lucrativa do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas, falsificação e tráfico de pessoas.
Segundo o documento, as leis para coibir esse tipo de crime são fracas e as forças de segurança são mal financiadas, o que impossibilita o devido enfrentamento contra as redes criminosas internacionais e rebeldes armados que lucram com o comércio ilegal de recursos naturais. Para se ter uma ideia, a quantidade de ativos perdidos devido a crimes contra o meio ambiente é 10 mil vezes maior do que a quantidade de dinheiro gasto por agências internacionais na luta contra ele — valor estimando entre US$ 20 e 30 milhões.
O crime ambiental vez crescendo entre 5 a 7% ao ano no mundo na última década, duas a três vezes mais rapidamente que o PIB mundial.
“O resultado não é apenas devastador para o meio ambiente e as economias locais, mas para todos aqueles que são ameaçados por estas empresas criminosas. O mundo precisa se unir agora e tomar medidas nacionais e internacionais fortes para levar o crime ambiental ao fim”, afirma Achim Steiner, Diretor Executivo do PNUMA.
O relatório também analisa a forma como o dinheiro gerado a partir da exploração ilegal de fundos de recursos naturais de grupos rebeldes, redes terroristas e cartéis criminosos internacionais. Na última década, por exemplo, caçadores mataram uma média de 3 mil elefantes por ano na Tanzânia. Isso é um valor de mercado anual para os traficantes de marfim de US$ 10,5 milhões, quantia cinco vezes maior que todo o orçamento nacional da divisão de vida selvagem do país.
Ainda de acordo com o documento, empresas multinacionais utilizam o crime ambiental para lavar dinheiro do tráfico de drogas, como a mineração ilegal de ouro na Colômbia, por exemplo, considerada uma das maneiras mais fáceis de lavagem de dinheiro do tráfico do país.
Saiba Mais
The rise of environmental crime
Leia Também
Leia também
Países se unem contra tráfico de animais silvestres
Declaração assinada em Londres determina medidas para combater o tráfico de animais e produtos da caça ilegal, como chifres de rinocerontes. →
Tráfico de animais silvestres: Maldade de estimação
Transformar um animal silvestre em pet, além de crime, é maldade. Para cada um que ganha um dono, nove morrem na captura ou no transporte. →
G20: ato cobra defesa da Amazônia na pauta do encontro dos chefes de Estado
A Amazônia está de olho" reuniu mais de 100 ativistas neste domingo (17), no Rio de Janeiro, para pressionar líderes presentes no G20 a tomar ações concretas para conservação da maior floresta tropical do mundo →
Como é que esse povo sabe quanto rola de grana em atividades clandestinas? Pra mim é puro chute!
HORROR ABOMINÁVEL!