Notícias

Usinas do Madeira são obrigadas a rever impactos de suas barragens

Liminar determina que hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau deem assistência às vítimas das chuvas que castigam Rondônia.

Redação ((o))eco ·
11 de março de 2014 · 11 anos atrás

No final de fevereiro, a BR-364 (acima) é interditada no trecho em Rondônia, deixando o Acre isolado do resto do país. Foto: Sérgio Vale/Secom
No final de fevereiro, a BR-364 (acima) é interditada no trecho em Rondônia, deixando o Acre isolado do resto do país. Foto: Sérgio Vale/Secom

Por causa das cheias que obrigaram mais de mil famílias a saírem de suas casas apenas em Porto Velho, a Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (10), através de liminar, que os consórcios responsáveis pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio façam novos estudos sobre os impactos de suas barragens. O Ibama, que deu a licença para a instalação e funcionamento dos empreendimentos, também é réu no processo.

Os consórcios terão 90 dias para comprovar à Justiça Federal o andamento dos estudos, que deverão ser supervisionados pelo Ibama e demais órgãos públicos responsáveis, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Caso as exigências não sejam cumpridas, as validades das licenças serão suspensas.

A liminar também obriga as usinas de Jirau e Santo Antônio a atenderem os moradores afetados pelas cheias. Os empreendimentos deverão arcar com as necessidades básicas – como moradia, alimentação, transporte, educação e saúde – enquanto durar a situação de emergência, e até que haja uma decisão definitiva sobre compensação, indenização ou realojamento.

As populações atingidas deverão ser identificadas pelas defesas civis municipal, estadual e federal. As duas hidrelétricas têm prazo de 10 dias para comprovar à Justiça Federal que estão cumprindo este item da decisão liminar.

O valor da multa em caso de desobediência é de 100 mil por dia, valor a ser pago por cada uma das usinas.

A liminar representa uma vitória do Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO), a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do Estado em Rondônia, que na última quinta-feira (06) entraram com uma Ação Civil Pública contra as usinas e o Ibama.

 

Saiba Mais
Ação Civil Pública – Decisão

Leia Também
Usinas do Madeira são obrigadas a rever impactos de suas barragens
Mudanças climáticas: chuvas alagam florestas na Bolívia
Bagres superpoderosos

 

Leia também

Notícias
16 de novembro de 2024

COP29 caminha para ser a 2ª maior na história das Conferências

Cerca de 66 mil pessoas estão credenciadas para Cúpula do Clima de Baku, sendo 1.773 lobistas do petróleo. Especialistas pedem mudança nas regras

Podcast
15 de novembro de 2024

Entrando no Clima#35 – Não há glamour nas Conferências do Clima, só (muito) trabalho

Podcast de ((o))eco conversa com especialistas em clima sobre balanço da primeira semana da COP 29

Notícias
14 de novembro de 2024

Sombra de conflitos armados se avizinha da COP29 e ameaça negociações

Manifestantes ucranianos são impedidos de usar bandeira de organização ambientalista por não estar em inglês

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.