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Biodiversidade | Clima | Politica Ambiental

Mês: setembro 2008

Semeadura nuclear

O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, proclamou ontem que o Brasil retomará seu programa nuclear com força total, com planos para construir até 60 usinas desse tipo nos próximos cinqüenta anos. Ele soltou essa durante visita ao canteiro de obras de Angra 3, no Rio de Janeiro. Estados nordestinos teriam manifestado interesse em receber essas polêmicas geradoras. De fontes alternativas e mais seguras, inclusive no descarte de rejeitos, nada se comenta. As informações são da Agência Brasil. Coincidência ou não, esta mesma semana, entidades civis de seis países criticaram as agendas nucleares do Brasil e da Argentina, que prometem uma dobradinha empresarial no setor. →

13 de setembro de 2008

Polícia para os gaviões do Méier?

Um casal de gaviões-carijó, donos de indiscutível beleza, mudou-se para uma árvore no Méier (RJ) há cerca de um mês. Em vez apreciá-los e lutar por sua preservação, moradores só temem ataques. →

Redação ((o))eco

12 de setembro de 2008

Mercúrio, chumbo e cádmio

O Conselho Nacional do Meio Ambiente aprovou esta semana novas regras para produção, descarte e coleta de pilhas e baterias. Foram reduzidos os teores dos poluentes mercúrio (55%), cádmio (87%) e chumbo (50%) para itens fabricados no Brasil e importados. A maioria dos fabricantes já usa esses índices, diz o governo. Além disso, todos os pontos de venda deverão ter, dentro de dois anos, postos de coleta para produtos descartados por consumidores. Ao comércio caberá encaminhar o material a fabricantes e importadores. Esses serão responsáveis por sua reciclagem ou pelo descarte final. As regras serão regulamentadas por instrução normativa do Ibama. →

12 de setembro de 2008

Proteção tardia ao Cerrado

O governo de São Paulo publicou, na última quinta (11), uma resolução suspendendo por 180 dias as autorizações de corte de vegetação em áreas de Cerrado. Um dia antes, chegou às mãos do governador José Serra um projeto de lei estabelecendo normas de proteção para áreas paulistas do bioma. Já não era sem tempo! Dos mais de três milhões de hectares de Cerrado que existiam originalmente no estado, resta pouca coisa. A cobertura original correspondia a 14% da área paulista. Hoje, são míseros 0,84%. →

12 de setembro de 2008

Ameaçadas de São Paulo

A nova lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo já está pronta. Ela foi encaminhada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a previsão é de que seja divulgada no início de outubro. Segundo alguns pesquisadores, a relação promete polêmica. →

12 de setembro de 2008

Parque da Tijuca em debate

Nesta sexta-feira, um evento no Parque Lage do Rio de Janeiro lançou a Rede de Proteção ao Parque Nacional da Tijuca. O projeto, capitaneado pelo Instituto Terrazul em parceria com a chefia da unidade de conservação, prevê a mobilização da sociedade para trabalhar em conjunto em busca de captação de recursos financeiros, técnicos e humanos para recuperar e conservar a reserva ambiental, fundamental para o fornecimento de água à região. A Petrobrás patrocina a iniciativa. Confira também artigo sobre pesquisa em parques nacionais, de Pedro Cunha e Menezes. →

12 de setembro de 2008

Ganhamos bolsa da Avina

O projeto A Trajetória da Fumaça: conseqüências locais e globais das queimadas na Amazônia brasileira e sua contribuição para as mudanças climática, proposto pela equipe do site O Eco, foi um dos vencedores do concurso promovido pela Avina de bolsas de investigação jornalística para o desenvolvimento sustentável. Com isso, tem-se caminho livre para o trabalho que dará origem a uma série de cinco reportagens. Elas serão produzidas em 2009. No total, o concurso recebeu 510 inscrições de 36 países. →

12 de setembro de 2008

Uma artista do Cerrado

Aquarelista científica do Distrito Federal retrata como poucos os traços e cores surpreendentes de um Cerrado que encolhe a cada dia. Ivani Coutinho inspirou seu trabalho na obra da britânica Margareth Mee. →

Redação ((o))eco

12 de setembro de 2008

Hábeas primata

Não bastasse o sofrimento da captura e da vida forçada em ambientes estranhos e distantes de seu hábitat natural, os chimpanzés estão agora enredados com a Justiça. Há poucos dias o ministro Herman Benjamin, do Supremo Tribunal de Justiça, interrompeu para análise o julgamento do hábeas corpus das chimpanzés (Pan troglodyte) Lili e Megh, que vivem com o fiel depositário Rubens Forte, em São Paulo. As primatas nasceram no zoológico privado Paraíso Perdido Park, em Fortaleza (CE), fechado pelo Ibama em 2006 pelas más condições de funcionamento. Nesse processo, elas foram transferidas para a propriedade de Forte, agora alvo de processos e recursos judiciais. Uma decisão do Tribunal Regional da 3ª Região havia determinado que os animais fossem retirados do cativeiro e reintroduzidos na natureza, ou seja, na África. O caso segue nas mãos da Justiça, onde alguns magistrados defendem que não cabe a impetração de habeas-corpus em favor de animais, por mais próximos dos humanos que sejam. →

12 de setembro de 2008

Precedente

Por mais curioso e polêmico que possa parecer, o caso de Lili e Megh não é o primeiro a ser registrado no Brasil. Há três anos o promotor Heron Santana, ladeado por professores e estudantes de Direito, ingressou com pedido de hábeas corpus em favor da chimpanzé Suíça, de 23 anos, que vivia no zoológico de Salvador (BA). Após a morte do companheiro Geron, ela adotou um comportamento estranho, demonstrando que precisaria ser solta. A causa foi ganha, infelizmente logo após sua morte em cativeiro. Segundo o Projeto GAP Brasil, foi o primeiro animal no globo a ser reconhecido como sujeito jurídico de uma ação. →

12 de setembro de 2008