Salada Verde

Valorizando a floresta

Um do meios para se pagar pela manutenção das matas é apontando o valor dos muitos serviços que prestam, como circulação de água, depósito de carbono (quando liberado, é convertido em CO2, um gás de efeito estufa), equilíbrio térmico, alimentos, materiais para a indústria e muitos outros. Para a Amazônia, a retenção de CO2 foi estimada entre R$ 113 e R$ 226 por hectare/ano; a prevenção da erosão poderia valer por volta de R$ 537 por hectare/ano; enquanto a dispersão do pólen nas plantações de café no Equador (feita pelos insetos das florestas tropicais), valeria R$ 110 por hectare/ano. Além disso, produtos como mel, frutos e cogumelos representariam um valor aproximado de R$ 113 a R$ 226 por hectare/ano. Recreação e turismo somariam entre R$ 7,8 e R$ 15,8 por hectare/ano. A pecuária extensiva gera de R$ 70 a R$ 202 por hectare anualmente e, a soja, de R$ 405 a R$ 828. Esses e outros indicadores da importância das florestas estão no estudo Mantendo a floresta amazônica em pé: uma questão de valores, encomendado pela WWF e realizado pelo Instituto Copérnico da Universidade de Utrecht, na Holanda. O documento lembra que, quem desmata, pode ter benefício "econômico de curto prazo, mas a sociedade perde um valor econômico mais alto, e ainda paga os custos das enchentes e das secas - decorrentes do desequilíbrio climático, por exemplo".  O  relatório está disponível (PDF, em inglês) aqui.

Salada Verde ·
10 de fevereiro de 2009 · 16 anos atrás
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