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Supermercados vão barrar carne advinda de área desmatada

Acordo assinado pela Associação Brasileira de Supermercados vai rastrear origem da carne. Regra é não comprar boi de má procedência.

Redação ((o))eco ·
26 de março de 2013 · 13 anos atrás
Cerimônia de assinatura do acordo, realizada ontem em Brasília. Foto: Leonardo Prado - Secom/MPF.
Cerimônia de assinatura do acordo, realizada ontem em Brasília. Foto: Leonardo Prado – Secom/MPF.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) assinou um acordo com o Ministério Público Federal para informar a origem da carne que vende. Na prática, os supermercados irão orientar as empresas do setor sobre como evitar a compra de fornecedores que praticam crimes ambientais, fundiários ou trabalhistas. Segundo estudo do Imazon, em 2009, 75% da área de floresta desmatada na Amazônia Legal era ocupada pela pecuária.

O documento foi assinado na manhã dessa segunda-feira (25), em Brasília.  Fernando Yamada, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou a primeira versão do plano de ação da associação. Entretanto, o termo de cooperação técnica não tem prazo para implementação.

Por exemplo, o plano incentiva os supermercados a divulgarem no ponto de venda a origem da carne.

O portal da Abras divulgará a relação de produtores que já são parceiros do Ministério Público Federal e os nomes das 92 cidades que participam do programa Municípios Verdes. O portal também publicará a lista de embargos do Ibama.

“Por um lado, isso aumenta o controle e, por outro, fortalece o compromisso das lojas de banir das prateleiras itens de produtores que estejam descumprindo a legislação”, disse o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal.

Segundo o Ministério Público Federal, o acordo amplia os resultados do Programa Municípios Verdes, lançado há dois anos, que reúne um pacote de incentivos aos proprietários rurais e aos municípios que se comprometerem a atuar pela regularização fundiária e ambiental no campo.

Agentes do Ibama apreendem gados em área desmatada ilegalmente no municipio de Redenção, no Pará. Foto:  Nelson Feitosa/Ibama.
Agentes do Ibama apreendem gados em área desmatada ilegalmente no municipio de Redenção, no Pará. Foto: Nelson Feitosa/Ibama.

Esforço antigo

As primeiras iniciativas em rastrear o boi que chegava às prateleiras vieram da exigência do próprio mercado, principalmente o Europeu. Em 2009, o Ministério Público Federal começou a cobrar dos frigoríficos de vários estados que deixassem de comercializar carne oriunda de propriedades envolvidas com desmatamento ilegal.

Em 2010, o pedido chegou aos consumidores através da campanha “Carne Legal”, que pedia para as pessoas não comprarem carne de origem desconhecida.

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