De: Kiko
Para: O Eco
Não sei por que me voluntariei para começar essa conversa. A idéia de selecionar o melhor desses seis meses de O Eco foi do Marcos. Foi dele também a sugestão de ecoarmos cada um nossas escolhas publicamente. Portanto, nada mais justo que ele assumisse a responsabilidade da primeira lista. Mas o cara não pára. O que pedem o bicho topa, de palestra para empresário a reportagem para jornal. Não ia tão cedo prestar atenção na sua própria idéia. E a gente é que ia se dar mal, virando madrugada para fechar a edição de fim de ano. Prefiro correr o risco de ser injusto ou idiota primeiro.
Vou começar minha lista do melhor pela eleição do pior de O Eco este ano. É justamente este Ouça o Eco. Não fizemos certo. Pensamos em vários formatos, a rigor só praticamos um, o pior, em arquivo Word, e não fomos diligentes com sua renovação. O resultado é que ficou lá uma coisa estática, com discussões meio sem sentido. É uma pena. Confesso que tinha grandes esperanças para esta sessão. Imaginava que ela fosse render comentários inteligentes e uma forma mais dinâmica de discussão, inclusive com intervenção de leitor. Como vocês sabem, gostaria que isso virasse o blog de O Eco. Por enquanto, não é nada e não sei direito o que fazer com isso. É provável que se decida pela sua morte. Ficarei triste.
Eu daria o prêmio O Eco de jornalismo ao Marcos Sá Correa com a reportagem sobre a usina hidrelétrica de Barra Grande. Foi a melhor coisa que publicamos. Era um tremendo furo e contava uma tremenda história que ia pela contramão do senso comum que anda culpando o meio ambiente pela falta de desenvolvimento econômico no país. Mostrou, ao contrário, como a tese do desenvolvimento a qualquer preço justifica práticas predatórias cujos benefícios, exceto para as empresas donas do projeto, são duvidosos.
Entre outras reportagens que merecem releitura, eu incluo a de Roselena Nicolau, sobre o saneamento do rio da Velha, em Belo Horizonte, comprovando que rios que cortam metrópoles podem ser saneados e limpos, e a da decisão judicial de tribunal em Petrópolis, no Estado do Rio, legalizando a invasão das margens do rio Piabanha. Ela registra um grande momento da miopia judicial brasileira em relação ao tema do meio ambiente. Bem, puxando a sardinha para o meu lado, recomendarei também a releitura de duas reportagens que fiz na Amazônia sobre o uso da legislação ambiental para disciplinar o uso do solo na região. São o retrato da bagunça fundiária nacional, que recorre a leis que em teoria deveriam proteger a biodiversidade para definir o direito à propriedade.
Sobre a produção dos colunistas, vou recomendar um texto de cada um. Assim ninguém briga comigo. Do Sérgio Abranches, escolho a que ele mandou de Nova Iorque depois de fazer um café da manhã com produtos orgânicos. O texto não é apenas bem escrito, bom de ler. Está cheio de informações e marca, na minha opinião, uma mudança radical na carreira intelectual do autor, de quem nos acostumamos a ler coisas falando de grandes questões institucionais do país. Na coluna, temos um Sérgio preocupado com um detalhe da vida humana, a refeição, e utilizando-se dela para tocar em mudanças de hábito e criação de mercados.
Silvia Pilz, dona do manto de colunista mais popular de O Eco, escreveu uma de suas melhores colunas falando sobre as pombas da cidade grande. É um elogio à predação como forma de evitar que espécies se transformem em praga. Maria Tereza Pádua, além de ter se revelado excelente repórter – não há coluna sua que não traga uma notícia quente -, ensinou num texto em que discute audiências públicas para criação de unidades de conservação como o processo virou refém de interesses locais, nem todos eles confessáveis. Do Marc Dourojeanni, minha coluna preferida foi a primeira que publicamos dele, sobre os abusos a que o Brasil vem submetendo o conceito de sustentável.
Flavia Velloso e João Teixeira da Costa estão entre nossos colunistas de maior consistência. Nesses 6 meses, mostraram como o meio ambiente, apesar da falta de clareza com que o termo às vezes é empregado, passou a ser parte importante das decisões de investimento. Tenho especial predileção pela coluna “Petróleo bom é petróleo caro”, onde discutem se preço alto é necessariamente ruim para a economia. Não é, principalmente porque pode ter efeito positivo sobre a questão ambiental. Paulo Bessa, que anda sempre na contramão da opinião geral do site, produziu em outubro, no auge da discussão sobre caça na Europa, coluna onde explica como os caçadores foram responsáveis pela criação de unidades de conservação no continente, mas nem por isso tornaram-se dignos da admiração dos ambientalistas.
Do Rafael Corrêa, principalmente por causa de sua descoberta de que a cor verde nem sempre é sinal de respeito à natureza, recomendo a releitura da coluna sobre o uso do fogo para derrubar o mato. É ilegal, mas o pessoal que faz queimadas não está nem aí. O governo também não. Pedro da Cunha e Menezes, do alto de sua experiência como diretor do Parque da Tijuca, no Rio, conta que a violência em trilhas urbanas não é uma exclusividade carioca e que aqui mesmo em terras cariocas, certa feita se conseguiu reduzir a zero o número de ocorrências policiais nos parques da cidade. Dá trabalho, mas é possível.
Termino minha lista com as primeiras colunas do Frederico Brandini, essencial para entender a importância do mar para o Brasil, e do Truda, o homem das baleias francas que é também um jardineiro de mão cheia. Nela, ele ensina como plantar um jardim ecológico e explica que nos dias de hoje, em que a estética domina amplamente o paisagismo, pensar nas plantas abstraindo suas formas é um ato de subversão. Eduardo Pegurier, em uma de suas colunas iniciais, também tocou num assunto subversivo: dissecou o uso de instrumentos econômicos, inclusive a privatização, como incentivo à preservação ambiental. José Augusto Pádua merece lembrança por seu texto recordando os dez anos de lançamento de “A Ferro e Fogo”, de Warren Dean. Quem não leu o livro, lendo a coluna, terá excelente medida da importância deste trabalho para entender o que aconteceu com o meio ambiente no Brasil.
Da seção de fotografia, meu eleito é o trabalho que a Luciana Withaker produziu no Alaska sobre esquimós e a caça da baleia. As imagens são dignas de National Geographic e tê-las em O Eco foi um dos principais feitos do Alexandre Sant’Anna desde que ele assumiu a edição da seção. Das entrevistas, separo as do Truda e do Adelmar Coimbra Filho, tanto pela qualidade das respostas como pela inteligência dos entrevistados. Trata-se de dois iconoclastas que toda a vez que foram instados a decidir entre a humanidade e a conservação da natureza, ficaram do lado desta última.
Bem, é isso. Pode não ser a lista mais inteligente ou justa, mas quem disse que sou inteligente ou justo? Também não sei se era isso que o Marcos queria. Vamos aguardar as esculhambações de praxe.
De: Sérgio
Para: O Eco
Sem dúvida, a melhor matéria e mais importante pela repercussão, foi Barra Grande. A trilogia do Kiko sobre a Amazônia (Cidadela do mato, Choque de ordem e Canetada de ouro) vem a seguir. A coluna da Maria Tereza sobre a moda da desafetação botou o dedo na mais nova ferida ambiental brasileira: gente como Maggi, que usa a democracia para meter a mão – e o trator – em áreas de preservação.
A coluna de Maria Tereza e a matéria sobre a serra Ricardo Franco me falam diretamente ao coração. Eu nem sabia onde ficava a serra de Ricardo Franco e depois descobri que ela já era famosa na Europa, no século XIX. Um conhecido expedicionário inglês, Fawcett, visitou a serra pelo menos duas vezes e desapareceu na sua última expedição em direção à nascente do rio Verde. Sobre esta serra, Fawcett escreveu, em seu livro, Explorations, em 1924: “Sobre nós se agigantava a serra de Ricardo Franco, com seu topo plano e seus flancos marcados por profundas quebradas. O tempo e a pegada do ser humano não tocaram aqueles cumes. Eles apareciam como um mundo perdido, florestado no seu topo, e a imaginação podia vislumbrar os últimos vestígios ali, de uma era há muito desaparecida”. Nenhuma surpresa que ele tenha subido aquelas montanhas, onde, segundo ele, não se conseguia fazer animal chegar, a não ser com muita dificuldade. E que o fascínio dessas serras o levasse a uma busca infrutífera e fatal pelo Eldorado.
A melhor entrevista foi com o Truda. Menção honrosa para as entrevistas com Adelmar Coimbra e CarlosYoung.
Fotografia, sem dúvida, Luciana Withaker. Foto de capa, a onça, de Marcos Sá Corrêa, e o golfinho. Infelizmente, não estamos permitindo a nossos leitores revisitá-las.
Em matéria de texto, sobretudo de textos da ala mais jovem, acho que a Carol Mourão vem quebrando a aridez com textos criativos e ousados, desde a primeira matéria, sobre o Cerrado. Sou daqueles que acha que jornalismo também é literatura e fico injuriado com o texto burocrático e rasteiro do grande jornalismo brasileiro contemporâneo. Lá, jornalismo também é sub-literatura.
De resto, eu daria o Repórter Eco ao próprio O Eco, que está pautando a grande imprensa, sobretudo pelo teclado do MSC, trazendo Barra Grande para as folhas e, agora, Corupá. Mas formamos um conjunto de peso e, pelo conjunto, já começamos a fazer diferença, em menos de 6 meses de vida. Dona Dilma que se cuide, em 2005 vamos botar prá quebrar.
De: Kiko
Para: O Eco
Ué, nenhuma reclamação do que fiz?
De: Lorenzo
Para: O Eco
De fato, esse papo está muito gentil e auto-laudatório. Vá lá que a idéia é fazer um Best Of, mas esta seção Ouça O Eco deveria revelar também bastidores, reclamações, problemas e pinimbas. Se o máximo que conseguimos criticar é a própria seção, só fica comprovado que ainda não chegamos à espontaneidade sonhada para este canto.
E se os sábios doutores não tomam a iniciativa, o pessoal do porão fica meio sem jeito. E aí fica parecendo que este é um site dirigido por sisudos, comandando uma trupe de jovens ordeiros e obedientes. Perde o visitante o gostinho de saber que por alguns minutos o Kiko, voltando de uma semana na Disney, já apareceu publicado no site com orelhas de Mickey. Que a Carol, logo em sua primeira viagem, deu um jeito de estragar a câmera submarina do Marcos e provavelmente vai ganhar sua carcaça de Natal em cima de uma plaquinha escrito “Lembrança de Abrolhos”. Que nossa produção é estimulada por chocolates trazidos pelo Marcos do posto da esquina e por isso quando ele viaja temos síndrome de abstinência, ou seja, quase o tempo todo. Que a Cris é muito sensível a histórias de animais sofrendo, o que dificulta a publicação de certos textos e imagens, e que ela já foi responsável por verdadeiros transplantes e cirurgias plásticas no Photoshop (não acredite em todas as imagens publicadas aqui). Que o pessoal da redação já foi demitido várias vezes, mas como continuamos aqui já nem damos muita bola. Que já colocamos o som de um coração batendo na capa do site, mas ninguém percebeu porque era muito baixo. Felizmente.
Enfim, essas coisas que deveriam ter estado no Ouça O Eco, assim como nossas discussões cotidianas sobre pautas, andamento das matérias, erros, acertos e consertos, fechamentos de edição entrando pela madrugada, as cartas recebidas, as muitas idéias represadas por falta de equipe, tempo e organização.
Tanta saliva na tentativa de reanimar em dois parágrafos esta seção que ficou moribunda por meses, e acabei longe do propósito inicial. Editem-me, por favor! Daqui para frente serei breve. O escrete dos colunistas merece um prêmio pelo Conjunto da Obra: informação e qualidade literária em todas as áreas e para todo gosto. Me vem à mente, de cara, uma coluna do Rafa sobre as indefensáveis rinhas de galo, em que ele cita o Duda Mendonça muito antes da prisão do publicitário do PT. A coluna inaugural da Maria Tereza, sobre “o impacto ambiental do governo Lula”, é inesquecível, assim como a indignação do Truda contra a toda-poderosa Dilma Roussef. Quem não gosta de uma boa briga? Aliás, o Troféu Saco de Pancadas em 2004 vai para as ministras Marina Silva e Dilma Roussef, a primeira pela fraqueza política, a segunda pelo estilo “tatcheriano” (outra contribuição valiosa da Maria Tereza, pela analogia perfeita) com que atropela o meio ambiente. Seguidas de perto pelo governador Blairo Maggi.
Outras brigas boas de comprar foram a de Barra Grande e a das árvores marcadas para tombar na via Dutra, esta em reportagem do Francisco Noel que ajudou a salvá-las, por ordem do Ministério Público.
Gosto das matérias que nasceram de nossas viagens. As do Kiko na Amazônia (preferência pessoal pelo assunto do ciclo econômico das madeireiras), as da Carol em Abrolhos e no Tocantins, a minha em Trindade, a série do Marcos sobre o IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, em Curitiba. Viajar faz bem a O Eco!
Do mesmo jeito, gosto das matérias dos colaboradores que nos permitem viajar pelo interior do Brasil e sua diversidade ambiental, como a história da lagosta sustentável no Ceará, do Rodrigo Squizato, a das bananas orgânicas em Guaraqueçaba (PR), do Romeu de Bruns Neto, a da Chapada dos Veadeiros, da Carol Mourão, a do Parque Nacional da Serra do Itajaí (SC), da Eunice Venturi, e a das grutas descobertas na região de Pains (MG), da Roselena Nicolau, entre outras.
Roselena também foi responsável por uma longa e esclarecedora entrevista com o presidente-executivo do Comitê da Bacia do Rio São Francisco (CBHSF), Luiz Carlos Fontes, que coloca em xeque as verdadeiras intenções que levam o governo a querer tanto transpor o Velho Chico.
Para não deixar passar a chance, registre-se que o Eco.Net é das melhores coisas do site. Todo dia tem novidade, os temas são os mais variados possíveis, em notas curtas, leves e agradáveis. Exemplo para o Salada Verde, que ainda não encontrou sua fórmula.
Por fim, para quem aprecia literatura sugiro a coluna do Marcos sobre a vida de um beija-flor abreviada por uma parede branca.
E chega, senão eu lembro de mais coisa.
De: Cristina
Para: O Eco
Gostei muito da coluna do Marcos sobre os beija-flores. Foi triste e, ao mesmo tempo, comovente. Falando no Marcos, adoro as Fotos de Capa dele, que são sempre surpreendentes, tanto pela beleza quanto pela paciência que ele deve ter para tirá-las.
Aliás, a seção de Fotografias que está no ar, do Luiz Carlos Marigo, é muito bonita. Muito melhor e menos chocante do que a de Luciana Whitaker, que para mim foi difícil até de publicar… e como!
Também achei ótima a entrevista de Adelmar Coimbra Filho. Um senhor rápido e rasteiro, e, como diz na introdução, sem papas na língua.
Acho que é isso…
Ah, e eu não altero tanto assim as fotos que publicamos, só dou uma “melhoradinha” quando precisa… e sou muito sensível mesmo a tudo o que diz respeito aos bichinhos…
De: Meire
Para: O Eco
Seria bom reler no Eco a matéria do Helio Muniz, publicada em 20/08 com título de “A arte de salvar baleias”.
Quando lembro do episódio ocorrido em Niterói penso como um animal tão grande se torna tão pequeno quando está em uma situação difícil como aquela. A agonia dela foi uma cena triste de se ver e saber que a falta de preparo e equipamentos necessários para salvá-la contribuíram para sua morte é mais triste ainda. Imagino que os bombeiros que participaram desta operação se sentiram impotentes ao verem que não havia mais o que fazer.
Quando estão fazendo suas evoluções em alto mar, apesar de pesarem toneladas, parecem tão leves e quando, infelizmente, acontece um fato como este, mais parecem um bebê que não sabe andar e precisa de alguém para tirá-lo do lugar. Foi desta forma que vi aquela baleia se debatendo na beira da praia tentando se libertar. E as orientações da Liliana Loddi, de que como proceder nestes casos, são, no mínimo, enriquecedoras.
De: Marcos
Para: O Eco
Bem, pelo menos a equipe da casa parece gostar do Eco. Já é alguma coisa. Só falta descobrir um jeito de abrir esta seção aos leitores, para ouvir o que eles dizem, como quer o Kiko desde o primeiro dia. Ele acha que isto tem que sair da conversinha fiada de redação e virar um blog. Concordo com ele. Para falarmos uns com os outros não precisamos da internet. Basta virar para a mesa ao lado. Mas, como ainda não sei muito bem o que vem a ser um blog, muito menos como se faz um blog, trato de responder com vagas palavras de aprovação sempre que ele puxa o assunto. Blog para mim é crise de estômago.
A lista de indicações para o Prêmio Eco que li aí em cima chegou tarde. Quem levou o prêmio este ano foi a jornalista Míriam Leitão, não só por tudo que ela é, mas por tudo o que ela está fazendo questão de ser, desde que nos instalamos há quase seis meses ao lado de sua oficina de trabalho, onde ela atravessa diariamente o carrascal da economia brasileira. Sua trilha é mais árdua e menos divertida do que a nossa.
Além de tudo, ela deu para escrever, falar e – o que é pior – perguntar ultimamente sobre uma das maiores dívidas da sociedade brasileira, a que contraímos pela malversação de nossa natureza. A turma do Eco gosta de pensar que o interesse de Míriam pelo assunto veio por contágio. Se veio, essa é certamente a maior contribuição do site ao jornalismo ambiental no país.
Mas ela não ganhou o Prêmio Eco – um sapo de madeira, feito por artesãos que o biólogo Cláudio Pádua descobriu nos cafundós da Amazônia – incursionando pelo jornalismo ambiental, e sim pelo que fez pelo ambiente destes jornalistas que se meteram no mato sem cachorro. Com o troféu fora da disputa, sinto-me dispensado de indicar as reportagens e colunas que poderiam brigar por ele.
Voto em outra coisa. Voto no conjunto das candidaturas que vocês – tardiamente, diga-se de passagem – inscreveram. E não é só para tirar o corpo fora, não. Mas porque, em quase todas elas, encontro o traço comum do interesse pelas histórias que em geral a imprensa brasileira ignora ou nem considera notícia. Podemos errar muito. Mas erramos com os nossos assuntos. Não como os assuntos alheios.
Para mim, o melhor do Eco é começar o dia lendo os jornais para ter o direito de passar o resto do dia sem pensar no que eles disseram. Nosso caso é com as notícias que eles não publicam, os lugares onde eles não pisam, as pessoas que eles não entrevistam e as opiniões que eles não têm. É um refresco trabalhar numa redação em que ninguém discute a eleição para a presidência da Câmara ou o tamanho do mandato ideal para o presidente Lula. Aliás, alguém já entrou num elevador onde os passageiros estivessem falando disso? Mudar de assunto é o que, aos trancos e barrancos, estamos aprendendo. Afinal, foi para isso que viemos parar aqui. Para nos divertirmos. Ou não foi?
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