Um estudo da organização não governamental canadense Canadian Boreal Initiative lançado ontem chamou mais uma vez atenção para a capacidade de estocagem de carbono que têm as florestas boreais e as áreas úmidas, que compõem boa parte de seu território. Essas florestas, aliás, cobrem 11% do planeta e podem armazenar 22% do carbono da superfície. Um carbono “esquecido”, e que não deve ser liberado para a atmosfera com desmatamento e distúrbios no solo. De acordo com o estudo, estima-se que 208 bilhões de toneladas de carbono estejam estocados só nas florestas canadenses e áreas úmidas. Isso equivale a 26 anos de emissões de combustíveis fósseis no mundo nos mesmos níveis de 2006. A organização ainda não obteve uma resposta do governo canadense sobre o uso do estudo para persuadir negociadores em Copenhagen, mas insiste que a preservação dessas áreas e investimentos na recuperação de outras degradadas é uma contribuição ao resfriamento do planeta.
Leia também
COP da Desertificação avança em financiamento, mas não consegue mecanismo contra secas
Reunião não teve acordo por arcabouço global e vinculante de medidas contra secas; participação de indígenas e financiamento bilionário a 80 países vulneráveis a secas foram aprovados →
Refinaria da Petrobras funciona há 40 dias sem licença para operação comercial
Inea diz que usina de processamento de gás natural (UPGN) no antigo Comperj ainda se encontra na fase de pré-operação, diferentemente do que anunciou a empresa →
Trilha que percorre os antigos caminhos dos Incas une história, conservação e arqueologia
Com 30 mil km que ligam seis países, a grande Rota dos Incas, ou Qapac Ñan, rememora um passado que ainda está presente na paisagem e cultura local →