A polêmica sobre 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), especificamente no que diz respeito à suscetibilidade da floresta amazônica à redução de chuvas, foi refutada pelo pesquisador Daniel Nepstad, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). A dúvida sobre a precisão das informações que embasaram o relatório, revisadas pelos autores Rowell e Moore, foi levantada na semana passada pelo jornal Sunday Times. Para Nepstad, a declaração do IPCC é correta, e artigos científicos publicados nos anos 90 mostram que 630 mil km2 de florestas foram afetadas pela seca de 1998 (15% da área da Amazônia brasileira). E que critérios menos conservadores permitiram estimar que metade da floresta teve sua umidade no solo empobrecida durante seca sazonal ou episódica.
O pesquisador lembra que surgiram em 2004 novas evidências sobre a extensão total da seca na Amazônia. Sua equipe, por exemplo, estimou que metade da floresta na bacia amazônica havia chegado a um estágio muito próximo ao nível crítico de umidade do solo quando as árvores começaram a morrer em 1998.
Leia também
Ministros de Lula têm 60 dias para iniciar construção de roteiro para fim dos fósseis no país
Ao final do prazo, autoridades devem apresentar diretrizes para elaboração do Mapa do Caminho para a transição energética justa e planejada →
Reportagem sobre compostagem é a grande vencedora do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2025
Matéria de Elizabeth Oliveira, em ((o))eco, ganhou a categoria nacional texto. Premiação ocorreu em cerimônia realizada nesta quinta-feira (4) →
Conama incorpora justiça climática e combate ao racismo ambiental em nova diretriz
Resolução inédita reconhece desigualdades ambientais e cria diretrizes para políticas mais justas; Princípios foram aprovados durante 148ª reunião do colegiado →






