Em fevereiro de 2004, a Associação Pro Teste avaliou 11 marcas de sabão em pó e concluiu que 8 delas continham perigosas quantidades de fósforo em suas fórmulas. O ingrediente deteriora o meio ambiente, por levar muito tempo para se decompor e provocar a eutrofização de rios e lagos, ou seja, o crescimento exagerado de algas, que diminui o oxigênio na água e compromete a biodiversidade. Segundo a companhia de saneamento de São Paulo, Cetesb, os detergentes em pó são responsáveis por até 40% do total do fósforo contido nos esgotos da região metropolitana. Na época, a ong encaminhou denúncia ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Alegou que as multinacionais Procter&Gamble (das marcas Ariel e Ace) e Unilever (Omo, Brilhante e Minerva) já tinham abolido o poluente na Europa. Depois de muitas reuniões, o Conama finalmente divulgou, semana passada, uma resolução restringindo o uso de fósforo nesses produtos. Agora, o que está na mira da Pro Teste são os amaciantes. Em abril, foram analisadas 15 marcas e a conclusão é de que todas elas degradam o meio ambiente. Seu ingrediente básico, o quaternário de amônio, não é biodegradável e “tem o poder de matar a vida aquática que encontrar pela frente”. A denúncia já chegou ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério Público.
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