Unidades de Conservação que preveem a ocupação de comunidades tradicionais vivem um eterno dilema: conservação versus desenvolvimento social. Para superar essa dicotomia, o projeto Floresta de Valor, do IMAFLORA, acredita que fomentar atividades produtivas são um caminho para a consolidação de áreas protegidas, conservação de recursos naturais e valorização populações tradicionais e agricultores familiares.
Quando uma empresa opta por comprar produtos de dentro de UCs, obtém benefícios como garantir a origem do produto, gerar riqueza com uma produção sustentável e, de bandeja, garantir que sua imagem não esteja atrelada a destruição da floresta. Segundo Roberto Palmieri, Secretário Adjunto do Imaflora, “as empresas que procuram unidades de conservação e populações tradicionais para trabalhar no longo prazo com cadeias de fornecimento sustentáveis está possibilitando que se mantenha a floresta em pé além de gerar retorno financeiro para que as comunidades possam acessar bens de consumos e serviços”.
O desafio do IMAFLORA é envolver mais o setor privado e alinhar a produção com políticas públicas e uma gestão completa da unidade de conservação, com Plano de Manejo que defina a forma e limites do manejo dos recursos. “As comunidades já fazem o manejo dos recursos e podem oferecer e garantir um produto de origem sustentável, inclusive com rastreabilidade”, conclui Palmieri.
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