Análises
A expulsão do paraíso, segundo Audubon II
De Paraguassú ÉleresPrezado amigo Marcos Sá Corrêa,Parabéns pelo artigo publicado em O Liberal e em O Eco, sobre o retratista de aves nos EUA, John James Audubon, pessoa que tanto contribuiu para a posteridade, registrando o que havia pelas matas, campos e campinas na América do Norte. Pena que a posteridade se lembre mais de Bufallo Bill que de Audubon.Minhas andanças como agrimensor pelas matas da Amazônia me permitiu ver muita coisa que não existe mais, como os castanhais da mesopotâmia Araguaia-Xingú, e outras que felizmente foram preservadas como os catitús da Ilha de Maracá, hoje Unidade de Conservação das Natureza, no rio Uraricoera. Ali pesquei e cacei em 1961, como repórter (em verdade mero escriba) de expedição feita pelo Comando da Primeira Zona Aérea, atual Primeiro COMAR, até à serra do Parima, limite com Venezuela, numa campanha em que se usou bomba de napalm para queimar campos naturais para pousar e fazer contato com os Yanomams (que à época assim não se chamavam, mas Waicá, Parrarures, Xirianás do Norte...). Estou selecionando fotografias e ordenando o relato dessas lembranças num livro que chamarei “Contrafortes do Eldorado”. Peço seu endereço para mandar-lhe “Intervenção Territorial Federal na Amazônia”, com base em minha monografia de mestrado em Direito Agrário, na Universidade Federal do Pará, que em especial trata dos 100 km para cada margem das rodovias federais, verdadeiro saque da União cometeu nas terras dos estados da Amazônia Legal, que de resto também saqueou as margens dos rios e litorais em todo o país, onde a água toca a terra, matéria sobre a qual tratei no livro “Terrenos de Marinha e Terrenos Marginais”, que está sendo prefaciado pelo professor Benedito Nunes.Sobre o “Intervenção” há notas na Internet.Mais uma vez, parabéns pelo artigo sobre o desenhista de pássaros.Cordialmente.