Análises
Verde Para Sempre até quando? IV
De Marcos Sá Corrêa e Manoel Francisco BritoCaro José Augusto,Suas críticas publicadas na Caixa Postal de O Eco merecem resposta. Primeiro, por sermos amigos. Mas, também, porque sempre tentamos afinar nossas opiniões pela clareza de suas idéias e o rigor de suas análises. E, sobretudo, porque lhe devemos, e não é de hoje, uma noção mais ou menos razoável do que seria a tal rede múltipla de conservação, tecida ao redor dos constituintes de 1988 por ambientalistas sinceros, como você. O que se queria na época era complementar as clássicas unidades de uso indireto, como os parques nacionais, com reservas extrativistas e territórios indígenas. E não substituí-las. Mas não foram só os homens públicos e os partidos políticos que se corromperam no Brasil de lá para cá. Os projetos originais do regime civil, também. E isso, a nosso ver, fica notório sempre que a prioridade interesseira, conferida pelos políticos às reservas extravistas e aos territórios indígenas , serve para invadir ou mutilar parques nacionais, e não para ampliar a fronteira da conservação para dentro dos pastos e campos de soja, que devastam o país em geral e a Amazônia em particular. É o que ameaça ocorrer agora no Parque Nacional do Jaú. E aconteceu recentemente em vários exemplos relatados neste site pelo biólogo Fábio Olmos. Portanto, cabe uma pergunta: quando isso acontece, de quem lhe parece que partiram as hostilidades de um modelo de conservação contra o outro? Dos ambientalistas que subverteram a política ambiental, usando para dividir e encolher o que foi criado para somar e expandir? Ou dos jornalistas que noticiam esses atentados?Clique aqui para ler esta carta na íntegra.