Nem morta
A Ministra do Meio Ambiente do Equador afirmou que não vai ceder à pressão do governo brasileiro para permitir a Petrobras a voltar a operar em Yasuni. →
A Ministra do Meio Ambiente do Equador afirmou que não vai ceder à pressão do governo brasileiro para permitir a Petrobras a voltar a operar em Yasuni. →
Regina Casé fala sobre suas experiências ao longo de 100 programas sobre árvores do Brasil. Para ela, nosso principal problema ambiental é a ignorância. →
Na quarta feira à noite, o avião que levava autoridades do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e dirigentes de Ongs para a reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em Cuiabá, ficou retido na pista do aeroporto de Brasília. O motivo: o aeroporto da capital do Mato Grosso, envolto no excesso de fumaça provocado pelas queimadas no estado, foi fechado para pousos e decolagens. →
O Inpe informa: nesta quarta-feira, 31 de agosto, foram detectados 2.420 focos de calor, leia-se queimadas, no Brasil. A maioria na Amazônia, sendo que o Pará foi imbatível: 972 focos. Pará e Rondônia disputam a liderança no ranking dos incêndios em florestas, inclusive nas suas Unidades de Conservação. No Tocantins ardem, respectivamente com 24 e 12 focos de calor, o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Nacional da Ilha do Bananal. →
Na sexta-feira passada, o governo celebrou a queda no desmatamento da Amazônia. Corre o risco de ver um bom pedaço do mato que foi salvo ser lambido pelas chamas. →
Marina Silva se reúne em Brasília amanhã, 1º de setembro, com os membros da Associação dos Produtores Florestais Certificados da Amazônia (PFCA) para discutir meios de tirar essa turma – gente que é considerada exemplo, até pelo próprio governo, da exploração madeireira de baixo impacto ambiental – da situação de horror em que se encontram. Algumas empresas ainda estão operando. Mas devagar, quase parando. A maioria está parada. Seus dirigentes culpam a súbita exacerbação da burocracia do Ibama, Incra e Funai para liberar seus planos de manejo florestal. Hoje, a ministra do Meio Ambiente recebeu carta assinada pela secretária-executiva da PCFA, Ilana Gorayeb, apontando para o fato de que várias empresas certificadas estão encerrando suas operações. A crise ameaça 18 mil empregos. →
No encontro com os madeireiros certificados, Marina será lembrada que a Assembléia Internacional da Forest Stewardship Council, Ong criada para certificar como ambientalmente corretas operações de extração de madeira em todo o mundo, vai acontecer em Manaus, em dezembro. Vai pegar mal se as certificadas daqui ainda estiverem passando pelo seu calvário atual. Deverão estar. Gente na cúpula do MMA admite que será difícil reverter a situação este ano. →
Marina vai ouvir dos membros da PFCA também uma informação que não deixa de ser, até certo ponto, humilhante. Em outubro, perde para a Bolívia a ponta do ranking latino americano em volume de florestas certificadas. Nós temos 1,8 milhão de hectares e esse volume deve cair porque a Ghetal, uma madeireira certificada no Amazonas, está cerrando suas portas. Os bolivianos irão para 2 milhões de hectares. →
Carlos Alberto Guerreiro, da Ghetal, oficializou hoje sua renúncia da presidência da PFCA em e-mail disparado aos membros da associação. Precisa de tempo para cuidar do estado terminal em que se encontra sua empresa, que fazia compensados e este ano, com a valorização do real, estava competindo em situação de inferioridade contra madeireiros chineses. A parálise da burocracia oficial que cuida de terras e meio ambiente na Amazônia bateu o último prego no seu caixão. →
Em intensa troca de e-mails nas horas que antecederam o encontro em Brasília, os madeireiros certificados chegaram a uma conclusão. Quem anda feliz com sua atual sorte na região são os madeireiros ilegais, que independem da burocracia oficial para trabalhar e estão, céleres, ocupando o espaço deixado pelas certificadas no mercado internacional. →