Reportagens
5 de novembro de 2004

Entrou areia

Força-tarefa multa em 500 mil reais um loteamento às margens de lagoa em Resende, no estado do Rio. Dezessete casas terão que ser demolidas e a área recuperada.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Reportagens
5 de novembro de 2004

De catador a empresário

Cooperativas mobilizam milhares de catadores de lixo em todo o país, aproveitando a onda favorável do mercado de reciclados e o apoio de projetos sociais.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Notícias
5 de novembro de 2004

A volta do caso Duda

Nesta sexta-feira, 5 de novembro, volta à cena o caso Duda Mendonça e seu gosto por rinhas de galo. Às 10 da manhã, em manifestações simultâneas no Rio e em São Paulo, entidades de defesa dos animais divulgam uma moção de apoio ao Ministério Público e à Polícia Federal pela ação que fechou uma rinha em Jacarepaguá e resultou na prisão do publicitário. Organizado no Rio pela Sociedade Mundial para a Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês), e em São Paulo pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal, o ato acontece em frente às sedes do Ministério Público Federal nas duas cidades.

Por Lorenzo Aldé
5 de novembro de 2004
Notícias
4 de novembro de 2004

Túnel do tempo

O que as plantas e pólens fossilizados têm a ver com o aquecimento global? Paleobotânicos e palinólogos têm várias teorias a respeito da importância dos registros fósseis para compreender as mudanças climáticas e as transformações ambientais. Entre os dias 7 e 11 de novembro, alguns dos maiores especialistas do mundo vão se encontrar em Gramado (RS) para esmiuçar o tema "Passado, Chave para o Futuro". É a XI Reunião de Paleobotânicos e Palinólogos (RPP), que vai ter debates, palestras, excursões de campo e a presença de gente como David Dilcher, da Universidade de Gainesville, Flórida, responsável pela descoberta dos mais antigos restos de plantas com flores, na China. Vêm também o americano Scott Wing, um dos mais importantes paleobotânicos em atividade, o mexicano Javier Helénes e a francesa Edwige Masure, ambos especialistas em dinoflagelados (organismo unicelulares aquáticos) do Cretáceo, entre outros pesquisadores estrangeiros. Receberá uma homenagem especial a brasileira Orthrud Monika Barth Schatzmayr, que estuda a palinologia do mel (melissopalinologia). Realizado pela Unisinos e Universidade Federal do Rio Grande do Sul com patrocínio da Petrobras, o evento tem cerca de 150 trabalhos inscritos e vai reunir as mais importantes instituições científicas do país.

Por Lorenzo Aldé
4 de novembro de 2004
Análises
27 de outubro de 2004

Parabéns

De André UraniDiretor Executivo do IETSInstituto de Estudos de Trabalho e SociedadeAcabo de dar uma navegada no site de vocês. Parabéns: ficou realmente muito bom!Um abraço,

Por Lorenzo Aldé
27 de outubro de 2004
Notícias
26 de outubro de 2004

Usina mortal

O Ministério Público Federal abriu uma ação contra a Tractebel, empresa belga responsável pela Usina Jorge Lacerda, em Santa Catarina. Apenas em 1986 foi feito o primeiro Estudo de Impacto Ambiental (EIA) sobre as atividades da empresa, inaugurada em 1957. O resultado foi alarmante: a região apresentava um índice médio de mortalidade por câncer e doenças respiratórias superior aos do estado e do país, além de registrar taxas altas de anomalias congênitas no sistema nervoso, incluindo anencefalia (fetos sem cérebro), e de mortalidade de crianças menores de 1 ano por doenças respiratórias. Ainda assim, a maior termoelétrica da América Latina continuou funcionando normalmente e sem fiscalização. Em 1997, inaugurou sua quarta unidade de geração de energia. Estima-se que a queima de carvão pela Usina, sem contar o desmatamento que já foi objeto de outro processo nos anos 90, despejou na atmosfera, em 10 anos, um total de 22 toneladas de arsênio, 53 de bário, 100 de chumbo, 3.380 de flúor, 40 de selênio e 500 quilos do radioativo urânio, além das 156 mil toneladas de dióxido de enxofre que emite... por ano! Entre outros elementos nocivos. A ação civil pública pede uma Auditoria Ambiental para detalhar a poluição produzida e seus efeitos, e a indenização às pessoas vitimadas por doenças ligadas às emissões, além de impor a adequação dos níveis de poluição. Por sua omissão durante todos esses anos, estarão no banco dos réus ao lado da empresa a União, o Ibama, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a FATMA (órgão ambiental do estado).

Por Lorenzo Aldé
26 de outubro de 2004
Análises
26 de outubro de 2004

RPPNs

De Beto MesquitaInstituto BioAtlânticaPrezado Marcos,Foi um prazer ouvi-lo durante o jantar que reuniu trainees e tutores em meio ambiente, técnicos da Fundação O Boticário e alguns líderes Avina, como você, na semana passada, em Curitiba. Sentado na mesa dos "tutores" e entretido com a rica troca de experiências interpessoais e interinstitucionais que marcou este quase um ano de programa, acabei não tomando a iniciativa de apresentar-me, embora este não tenha sido nosso primeiro contato.O primeiro creio que foi em 1996 ou 97, quando eu vivia em Olivença, próximo a Ilhéus, e trabalhava para o Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia (IESB), e você labutava na redação da Veja. Havia acabado de ler o A Ferro e Fogo e foi um prazer colaborar - em duas conversas ao telefone - com um jornalista que havia se inspirado neste livro para elaborar uma reportagem sobre a destruição da Mata Atlântica daquele pedaço especial do planeta, de onde saí no ano passado em busca de outros desafios, mas pelo qual continuo dedicando boa parte de minha "carga horária" de trabalho.Bom, mas não te escrevo na intenção de lembrar de algo que se passou há tantos anos. O assunto é outro, e bem mais atual! Li sua coluna n' O Eco sobre o IV CBUC, focada no grande número de estudantes presentes neste evento, e achei que deveria lhe contar sobre um outro grupo muito especial, que também se fez presente neste congresso. Falo das proprietárias e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - ou "simplesmente" RPPN - que, embora não fossem numerosos neste evento, foram contados em mais de uma centena durante o II Congresso Brasileiro de RPPN, realizado às vésperas do CBUC (14 a 16 de outubro), na mesma cidade de Curitiba.Infelizmente não sou um deles, posto que o único terreno que possuo além de minúsculo há muito está coberto por uma gramínea exótica, adornado com apenas dois coqueiros, e portanto não se prestaria para uma unidade de conservação, como o são as RPPN. Mas tenho convivido diariamente com estes cidadãos que dedicam, de maneira voluntária e quase sem nenhum apoio ou benefício, parte do seu patrimônio para a proteção da biodiversidade brasileira. Convivo com eles desde 1996, quando achei que já havia cumprido meu papel colhendo dados e informações sobre as madeireiras que ainda atuavam no sul da Bahia, para denunciá-las (hoje, finalmente, estão praticamente todas fechadas), e buscava então algo de inovador e motivador para promover a conservação dos recursos naturais. Já conhecia o que motivava o homem a desmatar, e os mecanismos e artimanhas para isso. Precisava então encontrar a motivação para a proteção. Foi então que comecei e tomar contato com as RPPN. Você sabia que existem hoje 664 RPPN, espalhadas por todos os biomas e estados brasileiros, protegendo juntas mais de 525 mil hectares?!? "Isso é muito pouco, não faz nenhuma diferença para a conservação, são áreas muito pequenas", já ouvi de alguns especialistas no assunto, alguns até amigos nossos... É, pode ser pouco mesmo, mas continuo achando que estes espaços, e as pessoas que estão por trás deles, e as histórias que estão por trás destas pessoas, constituem maravilhosos exemplos de cidadania e responsabilidade ambiental, que merecem, no mínimo, serem contados e mostrados como exemplos a serem seguidos. Na cerimônia de encerramento do IV CBUC a diretora de ecossistemas do IBAMA disse que sentiu falta, durante o congresso, dos relatos e das experiências dos "parqueiros" brasileiros, dos profissionais que ficam lá na ponta, enfrentando os problemas e os desafios da proteção do patrimônio natural brasileiro. Felizmente, e como membro da comissão organizadora digo com muito orgulho, isso foi o que não faltou no II Congresso Brasileiro de RPPN, uma vez que o ponto alto, as sessões mais concorridas nos três dias de congresso, foram as apresentações sobre 30 RPPN, feitas por seus próprios donos. Alguns deles nos brindaram com verdadeiras lições de persistência, de cidadania, de senso de missão, de pragmatismo e de sabedoria na busca, muitas vezes solitária, de soluções para seus problemas e suas dificuldades na luta do dia-a-dia protegendo a natureza. São pessoas de todas as idades, de todas as formações, de várias classes sociais. São também empresas, organizações ambientalistas, igrejas... Todos voluntária e solidariamente empenhados na proteção do patrimônio natural.Fica então a sugestão, de uma matéria/reportagem sobre as RPPN e as pessoas que as criaram, administram e protegem. Há doze associações estaduais/regionais de proprietários de RPPN e uma Confederação Nacional, que integra as doze associações. O II Congresso Brasileiro de RPPN foi um marco para o movimento, que tem se organizado e alavancado importantes parcerias e resultados. Se houver interesse, posso repassar algo de literatura e dados sobre o tema, pois tenho bastante coisa (acabaram de ser lançadas 4 publicações sobre o assunto), bem como contatos de proprietários e dirigentes de associações.Acho que o tema vale a pena! Ah, e antes que me esqueça, parabéns pel' O Eco!!Um abraço,

Por Lorenzo Aldé
26 de outubro de 2004
Notícias
25 de outubro de 2004

Ranking de altura

Os que se sentiram frustrados com a queda do Pico da Bandeira no ranking de altitude nacional, têm agora uma esperança. Desde o dia 19, uma equipe do IBGE e do Instituto Militar de Engenharia (IME) está na Serra do Caparaó, entre Minas e Espírito Santo, para refazer a medição dos picos da Bandeira e do Cristal e, pela primeira vez, medir os picos do Calçado e Calçado Mirim. É a segunda etapa do projeto "Pontos Culminantes do Brasil". Na primeira etapa, o projeto descobriu que o pico Pedra da Mina é mais alto que o das Agulhas Negras. E que o Pico da Neblina, o mais alto do país, tem 20 metros a menos do que diziam as últimas medições, feitas na década de 60. Pode haver novas surpresas, pois os dois picos que nunca foram medidos aparentemente estão na faixa dos 2.800 metros de altitude. O ranking pode sofrer novas alterações.

Por Lorenzo Aldé
25 de outubro de 2004
Notícias
22 de outubro de 2004

Cada macaco no seu galho

O Ministério do Meio Ambiente realizou um seminário no Rio de Janeiro para debater as divisões de competências e responsabilidades entre a União, os estados e os municípios quando assunto é meio ambiente. A ministra Marina Silva marcou presença e assinou uma portaria instituindo comissões chamadas de Tripartites Nacionais em 8 estados para decidir exatamente quem faz o quê. Ao todo já existem 14 comissões, mas nenhuma começou a funcionar.

Por Lorenzo Aldé
22 de outubro de 2004
Reportagens
22 de outubro de 2004

Barra Grande interditada

Moradores estão acampados nos acessos à floresta para impedir a derrubada de 4 mil hectares de Mata Atlântica por empresa que obteve licença fraudulenta.

Por Lorenzo Aldé
22 de outubro de 2004
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22 de outubro de 2004

Beija-flores

De Rose Aielo Blanco Editora do Jardim de FloresCaro colega Marcos,Meu nome é Rose Aielo Blanco, sou jornalista, como você, e editora do site www.jardimdeflores.com.br. Li o seu texto "No meio do caminho tinha uma parede" e fiquei simplesmente encantada com ele. Os internautas que visitam o Jardim de Flores são amantes da natureza, das plantas e dos pássaros. E têm uma predileção especial pelos beija-flores (sei disso pelos e-mails que recebo). Gostaria de lhe pedir algo especial: a autorização para reproduzir este texto no site Jardim de Flores. Nossos leitores, com certeza, ficarão surpresos com muitas informações que você passa nesta matéria e, certamente, passarão a pensar duas vezes antes de tranformar suas paredes em armadilhas.Vale lembrar que reproduziremos o texto citando a autoria e a fonte. Parabéns pela sensibilidade transmitida em seu texto.E abraços da colega,

Por Lorenzo Aldé
22 de outubro de 2004
Análises
22 de outubro de 2004

Pantanal

De Bruno Meireles LeiteOlá Marcos, li sua coluna sobre o pantanal outro dia e gostei muito. Sou estudante de medicina veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais e gosto muito de animais selvagens, especialmente a nossa onça-pintada, e por isso queria saber se você pode me dar algumas informações sobre como entrar em contato com as pessoas que você conheceu lá no pantanal que estão ligadas à preservação da fauna e flora. Muito obrigado.

Por Lorenzo Aldé
22 de outubro de 2004